A verdadeira educação e mais burguers veganos

Burguer de trigo e semente de girassol

Mais um ano na Terra Santa! Agradeço às pessoas que mandaram energia positiva pro meu visto sair. Esse tipo de ajuda espontânea, de gente que não te conhece, sempre me deixa maravilhada. No meio de tanta desgraça causada pelos seres humanos, são esses pequenos gestos que me fazem ter esperança.

Alguns anos atrás descobri CouchSurfing e quase caí da cadeira. Eu sempre pensei que seria ótimo ter amigos nos quatro cantos do mundo e nunca mais pagar hotel durante as viagens e alguém tinha pensado exatamente na mesma coisa. Com Couchsurfing você encontra pessoas que queiram te hospedar no mundo inteiro e hospeda pessoas do mundo  inteiro. De certa forma é o resgate da antiga tradição de dar um teto e um prato de comida aos forasteiros que chegavam nos vilarejos. Eu acho esse projeto o máximo e encontrei europeus que viajaram o mundo inteiro sem pagar uma só noite de hotel, usando unicamente Couchsurfing. Mas pra muitas pessoas a idéia de hospedar um estranho, ou ficar hospedada na casa de um estranho, é algo perigoso e totalmente irresponsável. Sinto muito pelas pessoas que encaram o mundo (e as outras pessoas) dessa maneira, sempre esperando o pior, acreditando que ninguém é digno de confiança até que se prove o contrário. Triste.

Hospedamos um casal de alemãos essa semana e, embora eles não tenham chegado aqui atraves de CouchSufing, acabamos conversando bastante sobre o assunto. Eles são amigos do irmão da minha grande amiga Johanna e quando ela me perguntou se eles podiam dormir aqui durante alguns dias respondi “sim” sem hesitar. O que importava se eu não os conhecia? Eles chegaram com suas mochilas pesadas e um grande sorriso no rosto. Durante dois dias tivemos discussões profundas sobre os movimentos sociais ao redor do mundo e resistência popular. Fiz um curso intensivo sobre o movimento ativista em Hamburgo e aprendi muita coisa sobre o anarquismo. Em troca, expliquei fatos sobre o conflito Israelo-Palestino e ofereci um “tour” no campo de refugiados onde trabalho. Cozinhei quiche, risotto e outros pratos veganos e, depois de uma conversa sobre veganismo, eles, que são vegetarianos, começaram a ver esse estilo de vida sob um ângulo mais amplo: não se trata somente de um regime alimentar, mas sim de uma escolha política, de uma maneira eficaz de militar por uma sociedade mais justa (e ecológica) três vezes por dia.

Pra mim essa troca de experiências é a verdadeira educação. Deveríamos passar menos tempo com o traseiro colado na cadeira da escola, tentando aprender o que o Ministério da Educação acha que deveríamos saber, e mais tempo encontrando pessoas. Na saída eles nos presentearam com uma latinha de patê vegano de cogumelo, que eles compraram na Alemanha justamente pensando nas pessoas que os hospedariam durante a viagem. Assim como eu, eles sonham com uma sociedade onde as pessoas ofereçam ajuda, não só aos familiares e amigos, mas a qualquer um, simplesmente pelo prazer de ajudar (eles já hospedaram até pessoas que encontraram na rua!). Claro que já tive algumas experiências negativas hospedando pessoas (amigos ou estranhos), mas se tudo é possível, por que não esperar o melhor?

Você deve estar se perguntando o que essa história tem a ver com burguers de trigo e girassol. Lembra quando fui atingida pela maldição dos cozinheiros semana passada e que toda comida me deixava enjoada, com excessão desse espaguete? Antes de contrair a estranha doença, eu tinha feito uns burguers deliciosos. Servi alguns em um jantar aqui em casa, mas meu estômago adoentado se recusou a prová-los então congelei o resto. Como ainda tinha vários burguers no congelador aproveitei as visitas dessa semana pra acabar com o estoque. Sempre uso nossos hóspedes como cobaias pra testar minhas receitas novas. Os alemães, além de Anne, aprovaram a receita e pensei que talvez tivesse mais gente querendo degustar um bom burguer vegetal. Sempre fiz meus burguers à base de leguminosas (feijão e lentilha) por isso quis desenvolver uma receita que usasse algum cereal como base. Usei trigo porque era o que tinha em casa, mas tenho certeza que arroz integral também dá certo. Acrescentei semente de girassol (mais proteína), legumes e tempeiros (mais sabor) e estava pronto. Essa receita é simples, nutritiva e saborosa e pode servir de “mistura” no almoço, ou se transformar em recheio de sanduíche.

Torço pra que mais pessoas escolham multiplicar a generosidade e a confiança, não o contrário. E se você me visitar por esses dias, prometo servir algo deliciosamente vegano (não esses burguers, comemos tudinho!) e te levar pra passear em Belém. E nem precisa me agradecer com uma lata de patê de cogumelo!

Burguer de trigo e semente de girassol

A receita rende 16 burguers. Se preferir, divida os ingredientes pela metade pra fazer somente 8 burguers, mas lembre-se que depois de prontos eles podem ser congelados. Os legumes e tempeiros são altamente adaptáveis: sinta-se livre pra acrescentar seu toque pessoal à receita (mas se ficar ruim eu não tenho nada a ver com isso!). Os tomates, no entanto, também acrescentam liquido à mistura então é melhor mantê-los na receita. Uso cebolinha porque é mais suave, mas você pode substituir por cebola se quiser um sabor mais intenso. Se quiser mais inspiração em matéria de burguer vegetal confira minha receita de bolinho de feijão branco e lentinha, ou meus burguers de lentilha e beringela.

 2x de trigo cozido (ou arroz integral cozido)

1x de semente de girassol

1 cenoura

2 cebolinhas (ou entre 1/3 e 1/2x de cebola, dependendo do seu gosto)

2 dentes de alho

2cs de sementes de linhaça moídas

2 tomates

2cs de shoyo

sal e pimenta do reino a gosto

Rale a cenoura no ralo grosso e pique grosseiramente as cebolinhas, alho e tomates. Despeje os ingredientes no liquidificador (ou, melhor ainda, em um processador) nessa ordem: tomate, cenoura, cebolinhas, alho, semente de girassol e por último o trigo cozido (ou arroz integral). Triture, parando o motor algumas vezes e mexendo bem antes de recomeçar, até ficar picadinho. Se seu liquidificador for pequeno (ou não for muito potente) divida os ingredientes e triture em duas vezes. Não precisa transformar a mistura em uma pasta homogênea, alguns pedacinhos inteiros são bem vindos. Transfira tudo pra um recipiente grande, junte a linhaçada moída, o shoyo, sal (usei 1cc rasa) e uma dose generosa de pimenta do reino. Prove e corrija o sal. Deixe a mistura repousar 15 minutos, assim a linhaça vai absorver um pouco da água e deixar a massa ligeiramente mais espessa. Unte duas placas com azeite e despeje colheradas da mistura, espalhando com as costas da colher pra formar os burguers. Se você só tiver uma placa (ou seu forno for pequeno), faça a operação em duas vezes. Asse em forno médio-alto até o lado em contato com a placa ficar bem dourado. Pingue algumas gotas de azeite sobre os burguers, vire-os e coloque de volta ao forno pra dourar do outro lado.  Rende 16 burgers pequenos.

23 comentários em “A verdadeira educação e mais burguers veganos

  1. Quando comecei a ler o post, na hora eu lembrei de uma professora de história que eu tive (essa, que por um acaso, olhando aquela sua foto da entrevista do Vista-se vcs são parecidas até, hehe) por causa de anarquismo, escolha política (sobre veganismo) etc. Lembrei tb do quanto eu adorava as aulas de história (e que só não fiz o curso pq sempre pensei “não consigo ser professora” acho que meio pessimismo da minha parte).

    Enfim, para não fugir do assunto:
    “Deveríamos passar menos tempo com o traseiro colado na cadeira da escola, tentando aprender o que o Ministério da Educação acha que deveríamos saber, e mais tempo encontrando pessoas.”
    Concordo plenamente.
    No Brasil mais parece que o país não quer que vc saiba, para não ter que pensar “poxa, mas eu tenho direito a X, Y e Z…” sabe?

    Não sabia da existência desse CouchSurfing, bem interessante isso. Conhecer pessoas de outras culturas é ótimo, pq a gente aprende tanto. Na verdade, conhecer pessoas já nos faz aprender. Tantas vezes que já bati um papo com gente desconhecida (em ônibus princilalmente) que me fez ficar pensando sobre tanta coisa depois!

    “…Assim como eu, eles sonham com uma sociedade onde as pessoas ofereçam ajuda, não só aos familiares e amigos, mas a qualquer um, simplesmente pelo prazer de ajudar…” Eu ganho o dia quando eu leio coisas assim, pq eu penso “Ainda há esperança” pq infelizmente, vejo mais negativismo do que o contrário, mas é tão bom ver esse tipo de atitude/pensamento.

    Os burguers parecem (pareciam né, pq já foram…rs) ótimos!

    E eu sou o tipo de pessoa que acredita nos pequenos gestos, na diferença que podemos fazer na vida das pessoas e ler esse post deu um UP no meu dia, fez eu ver coisas que fazia tempo que eu não pensava. E isso, para alguém como eu (que no momento não passa por uma situação mtooo fácil em quesitos família/saúde) e já ficou meio cansada de tudo, é o que de fato faz TODA diferença.

    🙂

    1. Leticia, é triste mas a “educação pra alienar” é a norma em quase todos os paises, não so no Brasil. Sabe como é, sair da escola e encontrar pessoas, ter experiencias realmente uteis é perigoso! Vai que a juventude começa a ter idéias e querer fazer revoluções? Muitissimo perigoso!!!

      Mas sempre ha esperanças! Apesar do negativismo dominante, tem muita gente que acredita que fazer o bem sem olhar a quem é a melhor (pra não dizer a unica) alternativa.

      Espero que seus problemas familiares/de saude se resolvam. Um abraço

  2. Parabéns Sandra e Anne … :o)
    Parabéns pelo visto e pela “força UP (como diz a Letícia)” que vossa Vida (testemunho vivo) faz a todos quanto vos “seguem” :o)
    Obrigada, da minha parte, também … :o)

  3. Sandra, essa atitude de respeito e doação perante a vida realmente alenta e dá esperanças de um mundo melhor. Nos lembra tb que fazermos o nosso mundo melhor depende de nós mesmos, a cada instante e nos menores gestos…
    Muito bacana mesmo, viu!
    Sempre venho dar uma pesquisada no seu blog, as receitas são ótimas e seus textos são ótimos de se ler…
    Ah, claro…os hamburgueres me deram água na boca, que bom que tá na hora do almoço, hahaha….vou tentar fazer essa receita 😉

    Parabéns pelo blog, pela iniciativa e pelo exemplo!

    1. Isso mesmo, Edith! O futuro sera do jeito que nos escolhermos, a responsabilidade é toda nossa. Construir um mundo melhor depende cada um de nos e começa com gestos pequenos.

      Obrigada por ler o blog.

  4. Fiquei numa expectativa “medonha” pelo seu visto e enfim quando entrei aqui e vi que havia dado tudo certo depois de alguns dias de expectativa, uau, vibrei !!! Quem disse que não lhe conheço? Cada dia um pouquinho mais. O blog aproxima e você sabe como são brasileiros, se afeiçoam, se entusiasmam, se emocionam, se compadecem; por isto posso dizer que quando gostamos de um blog gostamos ”de seu (a) dono(a)” e então passamos a ter uma participação em seus assuntos – desde que estes sejam mais ou menos divididos conosco – e mesmo que longe de um contato mais íntimo, é o suficiente para que criemos algum vínculo.

    Acredito muito no aprendizado com a vida, no conteúdo das experiências e na troca delas; ainda mais quando se trata desse ensino sistematizado aqui do Brasil –apesar de vc ter dito que isto não é só aqui, vc tem bem mais experiência neste sentido do que eu – onde passamos anos a fio na escola, estudando o que agente não entende nunca e não sabe em que vai ser utilizado, e as coisas essenciais à vida não entram no currículo.

    A idéia do CouchSurfing é muito bacana, por tudo que envolve – a hospedagem, a oportunidade de conhecer pessoas e pessoas de culturas diferentes da sua… não sei como funciona, porém creio que exista algum tipo de cadastro que te dê de qualquer forma alguma referência de quem você está hospedando. Não é desconfiar por desconfiar Sandra. Confio sempre , até demais, isto é o natural. Porém, infelizmente, vivemos no Brasil um momento de violência sem precedente e, não que vivamos apavorados, pois o ser humano tem uma adaptalidade surpreendente, mas falando por mim, ter uma referência de alguém que você vai pôr dentro da sua casa, é uma conduta também natural.

    Vamos aos burgers. A foto está muito linda!!! Olha, não posso colocar a mão no fogo por você enquanto cozinheira – afinal nunca comi algo de fato feito por suas mãos ;)) – mas como fotógrafa… fala sério! Brincadeira, o gosto deve ter o sabor da beleza. Ultimamente venho trabalhando muito – tanto na área que sou formada, Ed. Física, quanto na que inventei de me dedicar há um ano e pouco, gastronomia – e me sinto um pouquinho cansada demais  , porém logo que eu esteja um pouco mais entusiasmada para a cozinha de casa farei os burgers de trigo e girassol nham! Sirvo no Verde Bamboo – meu modesto bistrô – tanto uma salada como um sanduíche de burguer de lentinha que leva em sua composição cenoura, abobrinha, castanha de caju e a lentinha claro, fora as especiarias que compõem o burguer, uso a pimenta síria, ultimamente não a encontro aqui em fortaleza em lugar algum, então misturo uma porção de especiarias e dá certo! É delicioso, não sei se você conhece mas se não, envio-lhe a receita.

    Desejo muitas felicidades à vocês no novo período aí em Belém!

    Grande abraço levado pela brisa de Fortaleza.

    1. Claro que precaução e bom senso nunca são demais e o pessoal do CouchSurfing pensou nisso também. Você deixa referencias pras pessoas que te hospedaram, ou que você hopedeu, e todo mundo pode verificar quem é de confiança e quem não é. Eles tem uma pagina inteira falando das regras de segurança e dando dicas de como “surfar no sofa” dos outros sem riscos. Qualquer conduta suspeita e eles excluem a pessoa do projeto.

      Esse seu burguer parece otimo! O que você usa pra dar liga? Se puder, manda a receita pra mim. Pesquisei sobre seu bistrô na net e fiquei com vontade de te visitar. Mais de 70 sucos!!! Posso dormir uma semana no seu bistrô pra provar tudo? Eu lavo os pratos (copos)… ou posso fotografar seus sanduiches e saladas, ja que voce gosta tanto das minhas fotos. Depois do CouchSurfing, vamos criar o “BistrôSurfing” 🙂

      1. Será um grande prazer recebê-la aqui mas prefiro acomodá-la em casa pois o Verde Bamboo ainda não está preparado para hospedagens, porém já podemos começar a pensar … Tentarei até a data multiplicar umas receitas naturais para que vc e os meus, já alguns, clientes entusiastas da alimentação natural tenham mais opções e assim você ache que valha a pena vir lavar uns pratinhos rsrs

        Vou enviando-lhe a receita como a faço em gramas e mls.

        Burguer de lentilha

        INGREDIENTES:

        – 50 ml de azeite (ou até um pouco menos)
        – 125 g de cebola
        – 15 g de alho
        – 25 g de gengibre ralado
        – 100 g de lentilha cozida
        – 80 g de castanha picadas
        – 60 g de gergelim
        – 125 g de abobrinha ralada e espremida
        – 125 g de cenoura ralada e espremida
        – Sal e pimenta síria a gosto.

        Preparando:
        Numa panela, pequena coloque o azeite e doure a cebola,o alho e o gengibre ralado.Deixe dourando até que a cebola fique murcha e o refogado fique bem passado com a coloração marrom escuro. Deixe esfriar.
        No liquidificador, coloque metade da lentilha cozida junto com as castanhas picadas(algumas vezes ponho-as só picadinhas mesmo sem bater no liquidificador).Passe até que forme um purê e reserve.
        Numa tigela, misture o purê de lentilhas,o gergelim,a outra metade das lentilhas cozidas,o refogado,a abobrinha e a cenoura raladas e espremidas.
        Tempere com sal e pimenta síria a gosto. Misture até obter uma massa homogênea.
        Forme búrgueres e leve-os ao refrigerador por 1h antes de fritá-los com azeite na frigideira.

        Sandra, nunca tentei fazê-los no forno, não sei que resultado teria, mas nas suas investigações vc poderá fazê-lo por mim e dizer se deu certo.

        Grande abraço *)

  5. Feliz pela sua conquista, colega!
    Interesseira que eu posso ser, estou feliz tb porque vc provavelmente reabasteceu sua despensa das coisas legais que vc só encontra no país vizinho…Sei que um dia vc voltará a comer pão…. 🙂
    Dúvidas sobre esta receita: A semente de girassol vai crua? A cebolinha que vc fala é cebola pequeninha (daquelas em conserva) ou cebolinha (talos)?
    bjs

    1. Colega, eu sou malvadona porque faz dias que fui ao pais vizinho (onde me deram o visto), comprei farinha de centeio e ando comendo pão desde então… Mas assim que tiver uma foto boa (meu pão não é nem um pouco fotogênico:-( posto a receita aqui. Quanto a cebolinha, é aquela em talos, fresca, que a gente compra na feira. E a semente de girassol é crua, sim.

  6. Sandra, sério isso, vou colocar essa frase nas paredes do meu quarto.
    “não se trata somente de um regime alimentar, mas sim de uma escolha política, de uma maneira eficaz de militar por uma sociedade mais justa (e ecológica) três vezes por dia.”
    Como sendo uma das melhores definições sobre veganismo. Como é de fato uma idéia simples e efetivo.
    Adorei!!!!
    Parabéns por tudo de bom q vc faz pelo mundo!

  7. haihaiuhaiuh
    Olha q essa é minha área de atuação hein!!! Vou fazer uma linha de camisetas com as frases mais legais do papa capim, te mando as fotos e pago royalties!!
    Brincadeiras a parte, achei a frase genial mesmo e a medida q leio o blog encontro mais e mais destas.

    Bjus e Sucesso sempre!!

  8. Oi!
    E por falar em educação revolucionária…
    já ouviram falar da Pedagogia Waldorf e nas diversas correntes da Antroposofia???
    “Encontramos pessoas” lá mesmo dentro da escola. E a ação no mundo torna-se algo natural, vivencial. É desafiador, sobretudo, transformador!!
    Pais e filhos matriculados e engajados no desenvolvimento inevitável de pedagogia social.

    Muita luz e parabéns pelo blog.
    Tem me inspirado e motivado bastante a seguir politizada também na questão alimentar.

    1. Já ouvi falar, sim, mas confesso que ainda não sei direito o que ela significa. Vou me informar mais sobre o assunto. O mais bacana de ter um blog é justamente essa troca de conhecimentos e inspiração mútua. Obrigada, Renata. E espero que cada vez mais pessoas percebam a que ponto comer é um ato político.

Deixe uma resposta