…e um pedaço a pé. Foi isso que tive de enfrentar na viagem de volta, que durou dois dias. Vou precisar de mais alguns dias pra me recompor da aventura, mas prometo voltar ao ritmo normal de posts aqui no blog em breve. Enquanto isso queria dar uma palavrinha sobre… comida da Etiópia e Eritreia. Explico.
Durante a (longa) viagem de volta tive que passar uma noite em Genebra, na Suíça (na ida também). A cidade abriga imigrantes do mundo inteiro e tem ótimos restaurantes etíopes e eritreus. Esses dois países vizinhos têm muitos pratos típicos em comum, como injera (o “pão” tradicional feito com farinha de teff e longamente fermentado, que parece uma panqueca fina e ligeiramente esponjosa) e diferentes tipos de shiro (purê de leguminosas). Eu já tinha provado comida da Etiópia em um restaurante em Jerusalém, mas Anne não conhecia a culinária desse lugar. Fiquei muito feliz ao descobrir um restaurante da Eritreia, que, como expliquei, tem alguns pratos idênticos aos da Etiópia, perto do albergue onde ficamos hospedadas em Genebra. Comi lá com ela dois meses atrás, quando estávamos a caminho do Brasil, e antes de ontem voltei lá sozinha.
Pelo que vi nas duas vezes que visitei o lugar, o restaurante é frequentado quase que exclusivamente por etíopes e eritreus. Isso é um ótimo sinal quando se trata de restaurantes étnicos. A comida é excelente e barata, comparada com os preços dos restaurantes locais (se você ainda não sabe, tudo em Genebra custa os olhos da cara!). Me empolguei tanto com a comida desses países que pretendo fazer mais pesquisas sobre o assunto e me aventurar na cozinha com algumas receitas tradicionais. Além de deliciosa e nutritiva, a culinária etíope e eritreia é cheia de pratos veganos!
Por enquanto fica a foto do meu jantar de antes de ontem: shiro de ervilha amarela, servido sobre injeras, mais legumes cozidos e uma mini salada verde. Uma combinação perfeita de texturas e sabores, tudo apimentado na medida, exatamente como gosto.
Vou terminar de chegar, pois mesmo se meu corpo está em casa há vinte e quatro horas, tenho a impressão de estar chegando aos pouquinhos (deixei algumas vértebras e os ombros pelo caminho), e volto em breve com o guia vegano de Natal e mais receitas.
E pra quem estiver de passagem por Genebra e quiser visitar o restaurante, ele fica na rua da estação de trem (Gare Cornavin). Na saída da estação (de costas pra ela) vire à esquerda e caminhe alguns metros nessa direção. O restaurante, cujo nome esqueci, fica no mesmo lado da rua que a estação, ao lado de um restaurante vietnamita.
Desculpa perguntar aqui, mas não sei se você acompanha comentários feitos em posts mais antigos. Naquela receita dos crepes, é realmente 1/2kg de espinafre?
obrigada
Sim, acompanho os comentários feitos nos posts mais antigos, Nina. E na receita dos crepes realmente uso 1/2kg de espinafre. Pode parecer muito, mas quando as folhas cozinham elas diminuem consideravelmente de volume.
Colega, é bom voltar ao lar, né? Bom descanso pra vc!
Bjs
Obrigada, Mona. Estou descansando bastante pra juntar forças e começar uma nova maratona.
Viva! Que bom você de volta! Se bem que essa sua volta é pra longe, né? Vish, agora ficou confuso! rsrsrs
Querida, torço para que suas férias tenham sido revigorantes, e que você volte com força total!
Beijos cheios de carinho, meus e do Dani (que agora adora os bolinhos de aveia com passas!).
Olá Sandra! Fiquei interessada nesse pão da foto (ingera). Eu adoro pão! E que tal se explorasse e partilhasse connosco algumas receitas de pão, especialmente as oriundas da zona onde você vive? Beijinhos e bom regresso
Paula, infelizmente os ingredientes pra fazer o injera são muito difíceis de encontrar (nunca vi farinha de teff em lugar nenhum). Eu também adoro pão, mas nunca me aventurei muito por esse território. Até hoje só fiz pão com fermento natural (a receita apareceu por aqui), mas prometo que se o meu repertório de pão se expandir, dividirei as receitas com vocês.
Tantos transportes?! Mas ainda bem que já chegaste!
Esses pães achatados parecem bons, e são feitos de teff, um grão que já ouvi falar por causa das suas qualidades nutricionais 🙂 Fiquei muito curiosa em relação a este tipo de gastronomia! E, se puderes claro, publica receitas deste género de comida étnica, por favor 🙂
O injera é mesmo uma delícia. Só preciso descobrir onde comprar a danada da farinha de teff. Realmente é um grão muito nutritivo, mas parece que só é cultivado na Etiópia, por isso é tão difícil de encontrar. Mas vou testar outras receitas tradicionais, com ingredientes mais acessíveis, e pode ter certeza que publicarei os resultados aqui.
Obrigada Sandra!