Coma comida de verdade

cerejas

Quando escrevi o ‘Guia Papacapim de alimentação saudável’ prometi explicar melhor um dos doze pontos a cada mês. E a primeira dica que dei, e a que considero a mais importante de todas, foi:

 Coma comida de verdade.

Cresci achando, como muita gente, que comida industrializada era ruim por dois motivos: ela oferecia calorias vazias (ou seja, aquela comida ia encher o meu estômago, mas não era capaz de fornecer os nutrientes que o meu corpo precisa) e engordava. Foram necessários muitos anos de pesquisas pra eu conseguir, enfim, entender toda a amplidão do estrago que esses pseudo-alimentos causam na nossa saúde.

O organismo gosta de equilíbrio. Por exemplo, se está muito quente, você sua e a temperatura do seu corpo baixa. Nosso corpo fará o necessário pra manter sempre o equilíbrio interno, mas esse sistema sofisticado de auto-regulação pode ser perturbado por escolhas alimentares ruins, estresse, falta de exercício físico… Vários fatores podem alterar esse equilíbrio, mas o objetivo desse post é tratar somente das consequências na saúde das nossas escolhas alimentares.

É importante saber o que é e como funciona o metabolismo pra entender todo o mal que comida industrializada nos causa. Metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias sofrem dentro do nosso corpo. Ele decide o que é nutricional e o que é tóxico, assimilando nutrientes e se livrando do que não é necessário. Essas reações promovem o crescimento e a reprodução das células, mantêm suas estruturas e são responsáveis pela adequação de suas respostas aos seus ambientes. Ou seja, metabolismo vai muito além de perda ou ganho de peso, ele determina a saúde ou a doença do corpo.

pêssegos2cópia

Digamos que você decide comer uma maçã. Antes mesmo de coloca-la na boca, a visão e o cheiro da maçã fazem com que você comece a salivar e a produzir secreção gástrica. Enquanto você digere a maçã seu corpo processa os nutrientes do alimento (proteína pra cá, carboidrato pra lá, vitaminas e fibras por aqui…). Os açúcares da fruta passam do seu intestino pra corrente sanguínea e, ao perceber o aumento de açúcar no sangue, o pâncreas produz insulina, que transporta os açúcares através das membranas celulares. Dentro das células os açúcares se transformam em energia. Durante todo esse processo, os hormônios liberados pela tireoide dizem às células com que rapidez usar a energia da maçã (se você estiver assistindo tv seu corpo precisará de menos energia do que se você estiver praticando um esporte, por exemplo).

Todo açúcar que não for utilizado pelas células vai pro fígado e é armazenado como gordura (no fígado ou em outras partes do corpo). Parece que a gordura corporal tem uma espécie de inteligência própria: as células de gordura liberam hormônios, como a leptina, que tem a função, entre outras, de controlar o apetite. Quando tudo funciona como deveria, quanto mais gordura corporal você tiver, maior a produção de leptina. Como resultado sua taxa metabólica basal sobe: seu corpo vai gastar mais calorias pra manter o organismo funcionando (em repouso) e você perde gordura. Inversamente, quanto menos gordura corporal você tiver, menor a produção de leptina, diminuindo a taxa metabólica basal pra que você não perca muito peso. Seu corpo trabalha constantemente pra equilibrar seu peso, seu apetite e os níveis de energia necessária pro equilíbrio metabólico.

Aqui vai uma metáfora (capitalista) pra ajudar a entender esse processo. Se sua conta bancária está cheia de dinheiro, você aumenta os gastos e logo, logo ela se esvaziará, mas se sua conta está no vermelho, você diminui os gastos na tentativa de acumular um pouquinho de dinheiro pro futuro. Agora substitua o dinheiro pela gordura e voilà!

Isso, claro, se tudo estiver funcionando perfeitamente. Mas alguns fatores impedem o metabolismo de funcionar como deveria e é aí que comida industrializada entra pra bagunçar tudo. Nosso corpo funciona como um computador. Somos dotados de um “programa” interno que precisa de dados pra trabalhar. Os dados primários aqui são comida. Durante a maior parte da História esses “dados” eram comidas integrais e naturais, como grãos, vegetais, frutas e carnes. Quando comemos um desses alimentos, nosso corpo consegue ler os dados que eles carregam (vitaminas, minerais, proteínas etc.) e é capaz de utiliza-los corretamente. Comidas integrais e naturais contêm mensagens que dizem ao seu corpo o que fazer com as calorias que elas oferecem.

legumes folhosos

Por outro lado, alimentos industrializados​​ contêm ingredientes artificiais que nosso corpo não consegue reconhecer. Alimentos industrializados causam um verdadeiro desastre metabólico, pois as calorias que eles contêm são “dados em branco” e NÃO trazem mensagens explicando ao corpo como utiliza-las.

Agora imagine que ao invés de comer uma maçã você decidiu comer um biscoito recheado, aquele que começa com ‘bo’ e termina com ‘no’, por exemplo. Depois de ter engolido o seu lanche seu corpo começa a tratar a informação oferecida por ele, ou seja, analisar o conteúdo daquelas calorias e assimilar os nutrientes que elas carregam. Imagine o espanto do seu organismo tentando decifrar a composição do biscoito: “Açúcar invertido? Corantes? Aromatizantes? Bicarbonato de amônio? Pirofosfato de sódio!?!?!” (Se você também não sabe o que é pirofosfato de sódio, ele é um composto químico levemente tóxico e medianamente irritante, usado como agente tamponador, emulsificante e espessante na indústria alimentícia.) Seu organismo, programando pra tratar comida, não sabe o que essas substâncias significam e o danado do biscoito vai causar um mini curto-circuito dentro de você.

Os ingredientes químicos, impronunciáveis e obscuros, presentes nesses produtos são substâncias tóxicas e precisam ser eliminadas. Mas o nosso pobre fígado foi biologicamente projetado pra filtrar os subprodutos naturais das reações metabólicas, não sustâncias químicas feitas em laboratórios. Esses tóxicos reduzem consideravelmente a saúde do fígado e compromete suas funções. Quanto mais comida industrializada você ingerir, mais comprometido ficará o seu fígado.

Realçadores de sabor artificiais acentuam o doce e o salgado, enquanto minimizam a acidez e a amargura, criando “comidas” com um sabor impossível de encontrar na natureza. Com o tempo você acaba desprogramando o seu paladar, que depois de ter se acostumado com os sabores artificialmente apurados da comida industrializada vai passar a achar comida natural “sem gosto”. Já perceberam como crianças que comem muito biscoito, sucos artificiais, leitinhos achocolatados e afins acabam rejeitando frutas e verduras, alegando que elas “têm um gosto ruim”? Papilas hiper estimuladas pelos realçadores de sabor e aromatizantes da comida industrializada tendem a achar comida de verdade “sem graça”. Além disso esses realçadores artificiais são altamente viciantes. Todo mundo conhece aquela pessoa que é viciada em biscoito recheado, refrigerante ou outro pseudo-alimento do tipo. O “viciada” aqui não é modo de falar, esses produtos criam realmente uma dependência química.

E os desgastes não param por aí. Você achava que podia colocar uma substância como pirofosfáto de sódio, junto com todos os produtos químicos encontrados na comida industrializada, dentro do corpo e ficar por isso mesmo? Essas sustâncias são tóxicas e causam inflamação crônica! Então seu corpo libera substâncias químicas pra combater a inflamação, mas esses anti-inflamatórios naturais entram nas células pelas mesmas ‘portas’ que a leptina (o hormônio que regula o apetite, lembram?). Quando os receptores celulares estão entupidos de anti-inflamatórios, o caminho fica bloqueado e a leptina não consegue chegar onde deveria. Seu corpo acaba se tornando resistente à leptina, ou seja, seu metabolismo nunca recebe a mensagem de desligar o apetite e você acaba comendo mais do que deveria. Então aquele sistema de auto-regulação lindo que mencionei acima (quanto mais gordura corporal, mais leptina produzimos, o que reduz o apetite pra que possamos queimar o estoque de gordura) deixa de funcionar. E essa inflamação causa outros estragos, podendo suprimir a tireoide, contribuir pra resistência à insulina (precursor de diabetes e doenças cardíacas), entre outros.

Estão acompanhando? Comida industrializada intoxica o corpo, diminui a saúde do fígado, desprograma as papilas fazendo você rejeitar comida natural, causa dependência química, provoca inflamação crônica, podendo suprimir a tireoide e provocar diabetes, e impede o seu organismo de controlar o apetite, desregulando o seu metabolismo e fazendo com que você coma muito mais do que deveria . Aquele biscoito recheado ainda parece apetitoso?

Descrever todos os malefícios causados por comida industrializada deixaria esse artigo longo demais (acreditem, ainda tem mais), então vou parar por aqui.

quiche

A solução: coma comida de verdade

Não é apenas a quantidade de comida que você coloca pra dentro que importa, a qualidade faz toda a diferença. Uma dieta saudável é rica em nutrientes, o que significa que ela é composta de alimentos com alta concentração de nutrientes (incluindo fibras) por caloria. O oposto das ‘calorias vazias’ da comida industrializada. E se você entendeu tudo direitinho até aqui, descobriu que elas não são exatamente ‘vazias’, são negativas, pois além de não levar nada benéfico pra dentro do corpo causam vários estragos lá dentro.

Estou escutando vozes dizendo: “Pra que esse radicalismo? Um pacotinho de biscoito aqui e outro acolá não vai me matar! Aliás, é impossível evitar comida industrializada. Ninguém vai querer fazer um sacrifício tão grande.” Então vamos por partes.

 –“Pra que esse radicalismo?” O conceito de ‘radical’ varia de pessoa pra pessoa. Eu, por exemplo, acho radical ingerir substâncias tóxicas que vão causar um estrago imenso, às vezes irreparável, ao meu organismo. Comer verduras, frutas, cereais integrais, leguminosas e, se você for onívoro, alguns produtos de origem animal em seu estado natural (salsicha e nuggets não entram nessa categoria, claro) não tem absolutamente nada de radical. Desde o primórdio dos tempos até algumas décadas atrás o homem se alimentou exclusivamente dessa maneira.

“Um pacotinho de biscoito aqui e outro acolá não vai me matar!” É verdade, mas por que ficar brincando de roleta russa com a sua saúde? (“Qual será a quantidade de comida industrializada que meu organismo aguenta antes de adoecer?”) Lembrem-se que esses alimentos artificiais viciam as papilas e o pacotinho de vez em quando pode começar a aparecer cada vez mais frequentemente na sua dieta.

“É impossível evitar comida industrializada.” Esse é um mito que as pessoas decidem acreditar porque falta força de vontade pra mudar. Faz vários anos que evito comida industrializada e conheço várias pessoas, que moram aqui na Palestina ou na Europa e têm estilos de vidas bem diferentes, que seguem o mesmo caminho. Se você realmente quiser mudar sua alimentação, você conseguirá.

“Ninguém vai querer fazer um sacrifício tão grande.” Trocar produtos que contêm substâncias que causam inúmeras doenças, desregulam o metabolismo e nos fazem ganhar peso por comida de verdade que vai nos nutrir e prevenir muitos dos males que afligem nossa sociedade hoje é um sacrifício? Curiosamente as pessoas que usam esse tipo de argumento é que estão fazendo um sacrifício: estão sacrificando a saúde pelo prazer fugaz de engolir um pacote de salgadinhos ou umas salsichas.

salada grão de bico

O que é comida de verdade?

Quando faço oficinas de educação nutricional aqui acontece sempre isso: depois que explico os estragos que comida industrializada causa no organismo o pessoal entra em pânico, pois não sabe mais o que deve comer. Sempre recebo uma avalanche de perguntas do tipo “Pão é saudável?”, “Essa bolacha enriquecida com 12 vitaminas é saudável?”, “Se eu der uma fatia de pão com nutela pra minha filha todos os dias eu sou uma mãe ruim?”(juro que me perguntaram isso uma vez). Com tanta informação circulando por aí, as pessoas ficam completamente perdidas e não sabem mais o que é saudável.

Como separar o joio de trigo? Aqui vão algumas regras simples e eficazes que ajudarão vocês a definir o que é comida saudável e o que não é.

-Como expliquei no guia, comida saudável é comida de verdade, feita em cozinhas, não em fábricas. A melhor comida pro seu corpo não tem embalagem nem lista de ingredientes. Você encontra comida de verdade em feiras e algumas mercearias de produtos a granel, por exemplo. Supermercados também vendem comida de verdade (procure a seção de horti-fruti, cereais e açougue, se você for onívoro), mas a grande maioria das prateleiras exibe produtos comestíveis e NÃO comida.

– Nem toda comida feita na sua cozinha é saudável (pense em batata frita e bolos açucarados), mas ainda assim a versão caseira da junk food é menos nociva do que a versão industrializada, pois ela não tem produtos químicos tóxicos. O que não significa que você deva comer esses alimentos com frequência, claro.

-Não acredite em propaganda nem nas embalagens que afirmam os supostos benefícios pra saúde do produto. Se uma empresa precisa gastar todo esse dinheiro (às vezes milhões) pra nos convencer que um determinado produto é saudável, pode ter certeza absoluta que é mentira.

-Nem toda comida industrializada é maléfica. Como diferenciar a boa da péssima? Eu tenho duas dicas simples que funcionam sempre. Primeiro: a lista de ingredientes deve ser curtíssima, com no máximo 5 ingredientes. Eu vou ainda mais longe e só tolero 3 ingredientes nos alimentos industrializados que entram aqui em casa. Segundo: esses ingredientes devem ser os mesmos que você encontraria em uma cozinha doméstica. Se você não for capaz de reconhecer algo, se um dos ingredientes for uma substância sintética feita em laboratório, descarte o produto. Alguns exemplos de comida industrializada que aceito na minha cozinha: macarrão (o meu só tem um ingrediente: sêmola de trigo), missô (grãos de soja+fungos que causam a fermentação+sal), levedo de cerveja (levedo de cerveja + malte de cevada), alguns leites vegetais (grãos de soja+água ou aveia+água), folhas de nori (alga nori desidratada), xarope de bordo (composto unicamente de xarope de bordo), tofu (grãos de soja+cloreto de magnésio+água)…

morangos

Antes de encerrar esse post queria responder ao argumento final que escuto quando termino minhas oficinas e as pessoas se sentem encurraladas, pois não podem mais ignorar o mal que estão causando a si mesmos e procuram desesperadamente uma última justificativa pra não mudar seus hábitos alimentares: “Mas é tão gostoso!”.

Prestem bem atenção no que vão ler agora: ‘gostoso’ é algo totalmente relativo. Se comida industrializada faz parte da sua vida, limpar sua alimentação pode parecer uma tarefa extremamente penosa, mas só é difícil no início, pois nosso corpo acabou desenvolvendo uma dependência física e às vezes emocional a esses produtos (culpa dos ingredientes sintéticos que perturbam o equilíbrio do nosso metabolismo). Mas garanto, amigos, que quanto mais tempo você passar longe deles, mais fácil será resistir a tentação de comê-los.

É totalmente possível programar nossas papilas pra que elas voltem a apreciar comida de verdade. Como? Basta oferecer pra elas comida saudável regularmente e com o tempo seu paladar vai mudar tanto que você se surpreenderá ao perceber que as comidas industrializadas do passado já não são mais tão saborosas pra você. E aquilo que antes você comia só porque era ‘saudável’ vai se tornar tão delicioso que você terá vontade de comer exatamente por isso: porque é delicioso. E aí, querido(a) leitor(a), ter uma dieta limpa e saudável se tornará um prazer absoluto e você não vai conseguir entender como é que tem gente enchendo a barriga de porcarias sintéticas quando tem tanta comida deliciosa disponível na natureza. Estou falando por experiência própria.

*Lembro a todos que NÃO sou nutricionista, muito menos médica. Sou uma linguista-cozinheira que leva a saúde muito a sério e decidiu aprender tudo o que puder sobre nutrição e alimentação saudável. Nunca escondi o fato de ter aprendido tudo que sei hoje em matéria de nutrição por conta própria, lendo todos os artigos e livros relacionados ao assunto que passam pela minha frente. E como acredito que conhecimento deve ser compartilhado, decidi partilhar com o maior número de pessoas possível o que descobri nesses anos de autodidatismo.  Aos nutricionistas que estão me lendo, peço desculpas se escrevi algo incorreto e, por favor, sintam-se a vontade pra me corrigir nos comentários.

**Muitos artigos serviram de base pra criação desse post, mas esse aqui, baseado nos estudos do Dr Mark Hyman (que escreveu um livro chamado “Ultrametabolism”) foi particularmente útil. Tomei até a liberdade de traduzir alguns trechos e incorpora-los ao meu post. Se você fala Inglês, não deixe de conferir o artigo na íntegra.

lentilha germinada
Muito amor e lentilhas germinadas pra vocês.

59 comentários em “Coma comida de verdade

  1. Mas Sandra você leu meus pensamentos!
    Hoje mesmo eu estava pensando em como eu achava as suas receitas alternativas.
    E hoje meu cardápio diário é composto por muitas das suas receitas, e eu AMO!
    Há um ano atras só havia lasanhas congeladas na minha geladeira, hoje nem passo perto disso…
    É assim mesmo! A gente vai se readaptando aos sabores das “comidas de verdade” e passa a rejeitar os industrializados!

  2. É fato que nossas papilas gustativas se adaptam aos hábitos alimentares. Outro dia, num ato de insanidade, comi um pedaço de chocolate branco e só senti gosto de gordura! Antigamente era meu chocolate favorito!
    Se provo um pedaço de carne, só consigo sentir gosto de sangue e gordura.
    E acho que posso me usar como exemplo porque passei minha adolescência comendo e dizendo que minhas comidas favoritas eram sorvete com marshmallow, chocolates em geral e carne muito, muito mal passada!

    1. Fernanda, eu também tive meus “atos de insanidade” e senti exatamente a mesma coisa. Lembro, por exemplo, de um caramelo de chocolate e laranja que eu amava quando morava no Brasil. Nunca fui de comer doces, mas esse caramelo era o meu ponto fraco. Quando fui morar no exterior fiquei com aquela nostalgia do caramelo, na minha memória gustativa ele ficou marcado como uma das coisas mais deliciosas do mundo. Até que um dia, anos atrás, provei o caramelo novamente e foi um choque: só tinha gosto de açúcar, muito açúcar, e nada mais! Fiquei sem entender como pude passar tantos anos apaixonada por aquilo…

  3. Também por experiência própria: quando decidi parar de tomar refrigerante, parecia difícil. Hoje eu não tomo em nenhuma circunstância, porque não consigo mais. E foi assim com tudo, ao longo do tempo…quando decidi parar de comer isso ou aquilo, é um processo e a gente precisa ter paciência. Hoje me vejo salivando no trabalho, pensando ‘quando chegar em casa vou fazer um refogado daquela couve, com alho e limão’, haha.
    A gente muda sim. E eu continuo dizendo que mais difícil que mudar nossos próprios hábitos e paladar, é lidar com as outras pessoas, as cobranças, os discursos infundados. Mas a gente consegue. Tenho lembrado sempre de você, Sandra, e tentando não alimentar a irritação.
    E ó, ler o papacapim quase todo dia ajuda muito. Acredito que pra gente mudar os hábitos, tem que se cercar de ajuda: evitar as bobagens, não ficar muito tempo com fome (porque aí a tentação é maior) e ler sobre comida saudável. Se ficarmos olhando fotos de sanduíches e batata frita, ou receitas cheias de açúcar, a gente fica com vontade dessas coisas. Então o contrário é uma outra dica.

    Estou simplesmente adorando essa série 🙂

    1. Você está certíssima, Nina. É muito difícil se alimentar de uma maneira responsável quando estamos cercados de gente que se alimenta mal. Muitas pessoas se irritam quando vê os outros fazendo o que elas sabem que deveriam fazer, mas não têm força de vontade suficiente. Acho que é essencial respirar fundo, manter um atitude positiva e ao invés de dizer coisas do tipo “Pelo menos não estou envenenando meu corpo comendo essas porcarias industrializadas como você”, dizer “Essa salada que fiz está uma delícia, você não quer provar?”. Acho que dar o exemplo é muito mais eficaz do que dar lições de moral e um prato saudável saboroso vale mais do que mil discursos.

  4. Sandra, ano passado saiu um documentário brasileiro sobre obesidade infantil, produtos industrializados, propaganda e mídia, excepcional: “Muito além do peso”. Dá prá ver de graça, no site deles ou no youtube. Vale a pena e trata exatamente do que vc conta no seu post. Beijos.

  5. Sensacional esse post, muito bom mesmo. Vou divulgar para meus amigos (muitos váo me ignorar, mas mesmo assim quero o bem deles e vou passar). Obrigada !!!!

    Sandra, vc me daria ideias de como conseguir segurar a fome qdo se está fora de casa (ex: hotel, em viagens etc) o que comer nos intervalos? É que em casa sempre faço minhas poções de leite de amendoas com frutas, mas na rua e em viagens náo sei o que comer e as vezes caio na tentaçao de comer biscoito…(depois de ler esse post digo…biscoito?…ercccc !…rs)
    Muita luz e paz prá vc !
    bjs,
    Cris

    1. Cris, tenho certeza que a Sandra pode te dar um milhão de dicas, mas uma coisa que me ajuda muito é fruta desidratada. Carrego um pacotinho de damasco na bolsa e quebra o maior galho, não precisa de refrigeração, é pequeno, leve e fácil. Só observo se a fruta foi desidrata naturalmente ou com açúcar.

    2. Cris, assim como Ana falou acima, gosto de carregar frutas secas pra comer durante viagens e caminhadas longas. Como não sou muito de comer doce, misturo as frutas secas com amêndoas, castanhas do pará e nozes, assim não fica enjoativo e as oleaginosas aumentam consideravelmente a quantidade de proteínas do lanchinho. Você pode misturar qualquer fruta seca (bananas, tâmaras, damascos, ameixas, passas, figos) com as oleaginosas que tiver em casa e fica sempre ótimo. Como Ana falou, é leve, nutritivo e não precisa de refrigeração. Depois é só tomar um copão d’água (pra que as fibras das frutas secas possam transitar livremente dentro do estômago) e pronto.

      Outras sugestões: sanduíche de pão integral com cereais e queijo de castanha fermentado (ele aguenta várias horas fora da geladeira), meus crackers de linhaça e aveia, meus bolinhos de aveia e passas, minha granola (a receita não tem açúcar)…

      Ou, a sugestão mais simples de todas e que não exige preparo: frutas frescas que podem ser transportadas sem se estragar, como maçã e mexerica. Cenoura crua e pepino também são ótimos lanchinhos pra mim.

      1. Obrigada Sandra, adorei a ideia de um copão de agua depois para dar aquela sensaçao de “agora sim…completou”…(sei que a idéia é para facilitar o transito das fibras, mas meu estomago é guloso…rs).
        Vou pesquisar as suas receitas de bolinhos e começar a prepará-los.Muito obrigada mesmo, juro que agora as viagens náo seráo motivo para me “poluir”.
        Bjs,
        Cris

  6. Sandra, que texto fantástico! Tudo aquilo que você escreveu eu já senti na pele e agora estou na fase em que o meu paladar está a ficar educado e saudável. O pior para mim está sendo me livrar do açúcar de uma vez por todas e nesse ponto estou a ser radical, cortei pela raiz, comecei 2013 sem açúcar e estou a me sentir muito bem. Mas pelo teu contexto(certíssimo!) isso não é ser radical, é gostar do nosso organismo ao não ingerirmos venenos, pelo que espero conseguir me livrar dessa peste viciante! Quanto à comida industrializada, assino em baixo, quanto menos ingredientes, melhor! Há tantas opções saudáveis e deliciosas vindas da terra, que não vale a pena gastar dinheiro e saúde com estas bobagens empacotadas. Estou a adorar esta série e fico à espera do próximo artigo! Obrigada por dividir a sua rica experiência connosco. Eu vou partilhar com os amigos!
    Beijinhos

    1. Lina, estou torcendo pra que você consiga se livrar pra todo o sempre do danado do açúcar. Em março vou tratar dessa questão e pretendo dar muitas dicas e receitas pra expulsar esse intruso das nossas dietas. Então, como você está atualmente nesse processo, adoraria saber quais são as dificuldades que você está enfrentando no momento. Me ajudaria bastante na elaboração das dicas pra quem quiser seguir o mesmo caminho que você.

  7. Sandra, uma das maiores dificuldades enquanto aspirante a nutricionista é dificuldade que eu ainda tenho em falar de certos assuntos com as outras pessoas, e às vezes até tenho medo, porque acho que não vão entender nada ou vão achar muito pouco interessante. O que conseguiste fazer foi exactamente aquilo que eu ainda não consigo. Falar da leptina, metabolismo (…) são assuntos que à partida são difíceis de explicar à população em geral, e acho que o fizeste muito bem! O artigo está brilhante! Parabéns!
    Não escreveste asneira nenhuma, não te preocupes :p Apesar que se calhar alterava o “paredes” do parágrafo a seguir à fotografia dos pêssegos bonitos, para “membranas”. É só uma pequenina correção científica, porque as células animais não tem paredes, só as vegetais 😉 Espero que não me leves a mal…

    Na minha experiência de vida, acho que a população está cada vez mais longe de deixar os produtos industrializados infelizmente… Eles estão em todo o lado, e são uma coisa comum. É preciso abrir os olhos a estas pessoas…
    E quando disseste que ao deixar os produtos industrializados as nossas papilas gustativas se abriam, achei muito curioso, porque foi exactamente isso que me aconteceu. 🙂

    Mais uma vez, parabéns pelo artigo! Beijinho

    1. Estava aguardando ansiosamente seu comentário:-) Obrigada pela correção. Claro que não te levo a mal, fico é muito agradecida. Você está contribuindo pra melhorar os meus conhecimentos em nutrição, Márcia, e te sou muito grata por isso.

      Eu queria justamente isso, transformar informações que às vezes são complicadas pra explicar em algo simples e claro pra que todos pudessem entender. Fiquei muito feliz por você ter notado meus esforços nesse sentido.

      Acho que o fato de não ser nutricionista ajuda aqui, já que nem se eu quisesse poderia usar palavras científicas complicadas e no meu processo de aprendizagem preciso simplificar bastantes as ideias pra ter certeza que entendi direitinho:-)

      1. Sandra, acho que na parte em que você fala que o açúcar da maçã é convertido em gordura no fígado, acho que o correto seria glicogênio. Eu estou tendo a matéria de Metabolismo em Bioquímica exatamente agora na faculdade e vou procurar me informar para te confirmar essa informação.

        1. Fernanda, você está certa. Eu simplifiquei muito o processo pra ficar mais claro pra todo mundo (e mais curto), por isso a confusão. É verdade que a glicose que não for utilizada se transforma em glicogênio no fígado, mas ele tem um espaço limitado, por isso quando a quantidade de glicogênio é maior do que a que ele pode estocar, o fígado quebra o excedente e o elimina na corrente sanguínea. O sangue fica então com a concentração de ácidos graxos aumentada e pra equilibrar tudo novamente, ele depositará o excesso de ácidos graxos dentro das células na forma de gordura. Esse processo se chama lipogênese. Então ao invés de explicar todas as etapas no texto, eu fui direto ao final.

  8. Ótimo post. eu sou vegana a mais de 3 anos e antes disso minha alimentação se resumia a comida de padaria, biscoitos, salgadinhos, frituras e tudo o mais. Me tornei vegana não pela saúde e sim pelos animais o que no ínicio fez com que minha alimentação fosse lotada de carboidrados, molhos prontos e batata frita. Mas aos poucos, graças ao veganismo fui ”forçada” a provar coisas novas e meu paladar foi mudando e hoje sou muito mais saudável, sei o que eu consumo e não tenho medo de provar novos sabores. Cada vez menos embalagens entram na minha casa, cada vez menos vou ao mercado e mesmo assim, cada vez mais minha comida fica mais gostosa : )

  9. Sandra, é isso! Muito bom o jeito que você usou para descrever tudo que as pessoas precisam saber sobre este tópico. Mesmo sendo necessário usar dados mais científicos, ficou fácil de assimilar e entender.

    Como algumas pessoas já disseram acima, eu fico querendo que todo mundo leia, se interesse, porque me preocupo com elas, e queria tanto que tivessem um tiquinho mais de atenção quando o assunto é seu próprio corpo, sua saúde e sua vida!

    É difícil mesmo conter a empolgação diante de pessoas que você sabe que precisam de dicas assim. Mas ser “a chata” também não é legal, então vou aprendendo a guardar meus comentários para quando me pedem muito! 🙂

    Naquele documentário aparecem muitos exemplos do que você falou nesse post. Vai desde uma criança que não sabe reconhecer uma batata (Cebola?) até uma que dis que frutas não conseguem ganhar de um salgadinho, porque eles são muito gostosos! É realmente muito triste termos chegado a esse ponto! 🙁

    Lembro que uma vez estava almoçando com o Dani num restaurante vegetariano aqui de Petrópolis, e ele de comia tudo que eu tinha colocado no prato. No final, tirei da bolsinha dele uma banana que tinha trazido de casa e uma senhora ao meu lado perguntou: “Nossa, ele come banana?”… assim, como se fosse o maior absurdo! Eu só ri, e fiquei feliz então por ser “diferente”!

    Um beijão e parabéns por saber encontrar o jeito certo de tocar as pessoas!

    Ingrid

  10. Sandra, parabéns pelo maravilhoso artigo =)

    Devo dizer que ao ler, resumi meu ultimo ano e meio de vida nas tuas palavras… rsrsrs
    Descobri ser diabética e nem preciso dizer o porque isso “apareceu” na minha vida né? As benditas tentações industrializadas. precisei começar a tomar as doses mais altas de remédios (e mesmo assim vivia com a glicemia altissima!).
    Até que já com a intenção de o fazer pelos animais, me tornei vegana. Junto com isso, passei a valorizar tudo que é natural. Troquei o mercado pela feira e mercados municipais com seus belos grãos… Concluindo: em menos de um ano já estou tomando menos da metade dos medicamentos, me sinto bem disposta e a glicemia vive sorrindo para mim =P

    Hoje me entristeço por ver o quanto as pessoas consomem inumeros pacotinhos sem saber exatamente o que aquilo possui… E o que menos entendo hoje: porque “dependemos” de industrializados se tudo aquilo que precisamos são de coisas simples que vem do solo???

    Enfim, parabens mais uma vez pelo bellisimo texto =)

  11. Sandra querida! Post Brilhante novamente.
    meu marido fala que somos ETs por levar marmita para o trabalho,porém, meu organismo nunca aceitou nenhum alimento industrializado, minha papilas decifram cada produto químico e me faz rejeitar imediatamente a comida que como que não seja natural. Minha mãe quase nunca deixou entrar comida industrializada em casa, sempre falou que molho de tomate tinha que vir do tomate e nunca da lata, e sempre para mim isso foi o real. Já fui alvo de chacotas por isso, nunca liguei e minha saúde nunca se abateu.
    Para mim (pessoal) existe uma tríade: Indústria farmacêutica, indústria alimentícia e médicos, nos tornando cada vez mais dependentes e doentes!
    Bjos no coração
    Daniella

  12. Querida Sandra,

    Demorei pra visitar seu blog e somente li seu texto hoje.
    Você está corretíssima em todas as suas colocações! E acredite minha amiga vc possue muito mais conhecimento do que muitas nutris que eu conheço!

    Um grande beijo!

  13. eu adoro seu ponto de vista.
    peço um conselho: aqui no brasil come-se muito pão francês (aquele filãozinho), e pros veganos é o pão mais acessível e a opção mais frequentemente tomada quando se trata de ‘tapar buraco’ (pelo menos é a impressão que eu venho tendo depois de me tornar vegano – o que nao faz muito tempo). Bom, eu sei que esse pão é industrializado e leva compostos com “nomes impronunciáveis” hehe, e, alem disso, açúcar refinado. Devo ser mais “radical” e cortar até o pão francês pra ter uma dieta mais saudável?

    1. Ian, tudo depende da composição do resto da sua dieta. Pão francês é realmente muito pobre, mas se você estiver fazendo refeições nutritivas e equilibradas durante o dia, um pãozinho por dia não vai ter um impacto tão negativo. Mas se você anda comendo praticamente SÓ pão francês, é o caso de repensar a sua dieta. Procure ‘tapar o buraco’ com comidas mais nutritivas, como leguminosas (feijão, grão de bico, ervilha, lentilha). Elas são baratas (principalmente os feijões) e mesmo se um quilo de grão de bico é mais caro do que um pacote de pão francês, depois de cozido rende muito, além de ser infinitamente mais nutritivo e alimentar por mais tempo. Então vale a pena.

  14. Sandra, adorei esse post, aliás adoro seu blog e venho sempre aqui, tem muita informação e receitas deliciosas. Parabéns!
    Tenho 18 anos e sou vegetariana à 5, faz bastante tempo que venho optando por alimentos integrais e evitando farinha branca, e faz uns 3 meses que diminuí (não totalmente) o consumo de leite e ovos. No entanto, há uma coisa que eu gosto bastante e ainda não consegui abandonar 🙁 Brigadeiro. Li que os produtos industrializados fazem toda essa ‘bagunça’ com o corpo, mas eis que me surgiu uma dúvida. No leite condensado, que é a base do brigadeiro, por exemplo, na composição diz que vai leite integral, açúcar e lactose. Esses componentes, mesmo o leite, são considerados nocivos, a partir da visão do post?
    Praticamente é a única coisa que ainda consumo que tem em sua composição o leite e o açúcar, mas é que gosto muito mesmo, porém ao ler tudo o que acontece no organismo fiquei um pouco pensativa e preocupada a respeito…
    Obrigada Sandra, até mais, beijos. 🙂

    1. Amanda, se a sua dúvida é “Leite condensado tem ingredientes químicos nocivos?” a resposta é não. Claro que leite e açúcar não são coisas que considero saudáveis (muuuuito longe disso), mas a saúde (ou a falta dela) depende de inúmeros fatores, não de um ingrediente isolado. O problema do leite condensado é a imensa quantidade de açúcar e a gordura saturada. Mas o impacto negativo que o brigadeiro terá no seu organismo depende da frequencia com a qual você o come (e da quantidade) e do tipo de comida que você come no resto do tempo. 4 brigadeiros uma vez por semana não fará estrago na sua saúde se você estiver comendo vários legumes, frutas, leguminosas e cereais integrais TODOS OS DIAS. Já uma panela de brigadeiro duas, três vezes por semana é outra coisa e nesse caso vai ser difícil compensar o estrago com vegetais…

  15. Muitos Parabéns.. Pelos seus posts… Sigo com bastante frequência e estou a adorar estes… sobre a Alimentação Saudável…
    No ano passado li um Livro sobre Alimentação Natural que mudou quase tanto a minha vida como tornar-me vegana.
    Recomendo a todos os que quiserem saber mais sobre ser saudável através da alimentação…
    Uma das coisas mais importantes para mim foi entender que nós somos realmente aquilo que comemos e perceber que existem compatibilidades entre alimentos, que facilitam o processo digestivo, evitando a criação de toxinas nada benéficas ao nosso organismo.
    (http://www.fnac.pt/Guia-Pratico-da-Alimentacao-Saudavel-e-da-Terapeutica-Natural-Manuel-R-C-Melo/a199347).
    Muito obrigada…
    Beijos

    Ana Carina Reis

  16. Oi Sandra, faz pouco tempo que conheci o seu blog e me apaixonei! Não sou vegetaria, ainda, pois nos finais de semana, que almoço na casa da minha sogra ou da minha mãe…fica difícil recusar o peixe que fizeram especialmente pra mim…mas um dia vou conseguir! Amo as suas receitas e tenho feito aqui em casa, um sucesso! Concordo em número, gênero e grau com você, especialmente no assunto deste post, já cansei de gente que se recusa a comer um abacate por que engorda mas não vê problema em tomar uma coca cola, mas enfim, só queria te parabenizar e dizer que você tem uma fã incondicional aqui em Joinville, Santa Catarina, abraços!

    1. Muito obrigada, Carolina. Fico feliz em saber que minhas receitas estão aparecendo na sua cozinha(espero que estejam fazendo sucesso também):)

  17. Somos onívoros aqui em casa, mas a quantidade de carne, laticínios e ovos está bem menos do que alguns anos atrás. De um modo geral só comemos comida de verdade (com pouquíssimas exceções). Gostei muito do post, imagino que vivas fora do Brasil. Fica um alerta, aqui no Brasil a soja é tratada com pesticidas (quase a totalidade, ouvido de quem faz a inspeção sanitária do produto) contrabandeados, extremamente tóxicos, além do que o problema da transgenia. Então seria interessante repensar o teu incentivo para o consumo de tofu e de leite de soja no Brasil, deixando a soja para o shoyo, desde que utilizado em pequena quantidade. Abraços

    1. Obrigada pelo aviso, Waleska. Eu só consumo regularmente produtos de soja fermentados, como o shoyo e o missô, mas gosto de comer tofu (aqui eu compro tofu orgânico, não transgênico) de vez em quando. É uma pena não ter essa opção no Brasil, pois o tofu é um alimento delicioso, versátil e muito rico em proteínas…

  18. aqui vc diz ” Durante a maior parte da História esses “dados” eram comidas integrais e naturais, como grãos, vegetais, frutas e carnes. Quando comemos um desses alimentos, nosso corpo consegue ler os dados que eles carregam (vitaminas, minerais, proteínas etc.) e é capaz de utiliza-los corretamente. ”

    no entanto é um site vegan, contra alimentos de origem animal. há uma contradição aí , não??

    1. Esse é um blog que celebra a alimentação vegetal em toda a sua abundância e ‘deliciosidade’, não um ‘site contra alimentos de origem animal’. Muitos dos meus leitores são onívoros e todos são bem-vindos por aqui. Afinal todos merecem degustar comida vegetal saborosa:)

  19. Muito bom!
    Meu marido e eu buscamos nos livrar dos industrializados (que nem consigo chamar de alimentos). Realmente é uma questão de prioridades, de enxergar o que realmente é mais importante: a saúde ou a dita “praticidade”, que também acaba sendo uma mentira, pois querem que acreditemos que cozinhar alimentos frescos e saudáveis é algo cansativo ou demorado.
    A sociedade perde até a noção de que cozinhar, é por si só, um ato de prazer!
    Tenho um filho de 4 anos que não consome praticamente nada industrializado, nunca provou refrigerante, biscoitos recheados, evitamos tudo que contém corantes, açúcares e conservantes. O resultado é uma criança que nunca tomou remédios, nunca teve uma dor de garganta e passa pelo quinto inverno de sua vidinha sem ter ficado nem mesmo resfriado. Tem um paladar invejável, aprecia frutas, legumes e comida de verdade.
    Sempre falo da importância de oferecer alimentos frescos e saudáveis para as crianças que estão ainda com o paladar em formação!
    Seu site foi um achado!
    Parabéns pelas informações, e pela escrita que flui natural, tão natural quanto comida de verdade.

  20. Olá Sandra,
    No início do seu maravilhoso texto você fala sobre a importância do exercitar-se… tenho um cotidiano um tanto “nômade” (acho que vc me entende…rs) e fico pensando sobre como escolher uma atividade física em meio a esta correria… vc faz algo nesse sentido que poderia compartilhar… ou tem alguma dica…
    Obrigada!!!
    E parabéns… sou encantada por suas criações……….
    Andrea

  21. Era tudo o que eu precisava ler hoje!!!! Me tornei vegana há poucos dias e acabei caindo na tentação de comprar vários produtos industrializados, empanado de soja, salsicha vegetal, queijo cheddar vegano, snacks etc e estava pensando no quanto isso também poderia ser prejudicial para a saúde. Agora irei me atentar mais a quantidade de ingredientes também nos produtos industrializados veganos, e é claro, continuar com a alimentação com “comida de verdade” que já é maravilhosa o suficiente. Obrigada por este texto tão sincero <3

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