Eu tenho uma amiga vegana que sofre bullying da parte de um casal de amigos onívoros. Eles não só fazem piadas o tempo todo sobre a alimentação da minha amiga, como ainda incentivam os três filhos a fazer o mesmo. Minha amiga conta que já aconteceu dela levar um prato vegano quando vai jantar com essa família e quando todos sentaram à mesa os pais apontaram pra comida da minha amiga e, fazendo uma careta de nojo, disseram pras crianças: “Algum de vocês quer comida vegana? Eca!”. E as crianças repetem o “eeeeca!” em coro.
Além de ser uma tremenda falta de respeito (e de classe), essa atitude é totalmente ridícula, pois boa parte do que eles comem no dia a dia é vegano: o pão, o hummus, o arroz, o macarrão com molho de tomate e os morangos que as crianças adoram… tudo vegano! Não me surpreende o fato das crianças não comerem nenhum legume e só aceitarem dois ou três tipos de frutas. Crianças aprendem imitando os pais e se os pais tratam comida vegetal com tanto desprezo, elas farão o mesmo.
A ironia é que essa família tem um jardim lindo onde eles cultivam vários legumes. Os pais até comem alguns, mas as crianças rejeitam quase tudo. Eles acabam presenteando os legumes do jardim pros amigos e já tive a sorte de receber alguns sacos recheados dessas delícias orgânicas. A casa onde eles moram pertence a uma família palestina e eles ainda cultivam seus legumes em dois terços do jardim. O filho deles, Benji, é o expert em cultivo orgânico e acabamos ficando amigos. Pelo menos a família palestina come tudo que planta.
Minha amiga teve então uma super ideia. Pra aproveitar os legumes de inverno, que estão prontos pra serem colhidos, e pra mostrar a essa família o quanto comida vegana pode ser deliciosa, ela me pediu pra fazer um jantar orgânico pra eles usando os frutos do jardim. Também convidamos Benji, outro onívoro, mas que tem muita curiosidade em provar meus quitutes vegetais (ele me pediu várias vezes pra ensina-lo a fazer alguns pratos vegs). Então antes de ontem eu acompanhei Benji enquanto ele colhia os legumes mais bonitos do jardim, trouxe tudo pra casa e comecei a bolar um cardápio usando aquelas belezuras (um jardim cheio de legumes orgânicos é a minha Disney). E ontem nós todos (Benji, minha amiga, o casal de amigos com os três filhos e eu) nos reunimos aqui em casa pra devorar minhas criações.
Confesso que estava muito apreensiva. Eu tenho costume de preparar jantares pra onívoros e até hoje nunca ninguém saiu falando mal da minha comida. Quando cozinho pra não-vegs que nunca comeram comida vegana (na verdade que acham que nunca comeram comida vegana, pois todo mundo come pão, arroz, saladas etc.) procuro servir algo familiar, nada muito ‘exótico’ (tofu e queijo de castanha estão fora de cogitação), mas ao mesmo tempo original e interessante. Essa fórmula tem dado certo, pois o feedback é sempre positivo. Mas crianças onívoras que detestam legumes e acham que comida vegana é ‘eca’? Foi a primeira vez que recebi convidados do tipo. Pra minha grande surpresa tudo correu maravilhosamente bem.
O cardápio era composto de creme de brócolis, macarrão com couve-flor assada, tomate seco e molho cremoso de nozes, couve-de-bruxelas e cebolinhas caramelizadas e, de sobremesa, cheesecake de mação com caramelo salgado. As crianças (5, 8 e 12 anos) não estavam tão animadas quanto os adultos, claro, mas provaram tudo sem reclamar e sem fazer careta. Houve até alguns elogios da ala infantil: a menina do meio adorou a sopa e o menino mais velho disse que o macarrão estava muito bom. Certo, eles não tocaram na couve-de-bruxelas, mas esse é um legume difícil e eu conheço muito adulto que faria a mesma coisa. Mas o que mais me surpreendeu foi ver a meninada tomando… suco verde!
Benji me deu uma braçada de acelga verde e folhas de beterraba. Como o cardápio não comportaria uma salada, resolvi fazer um suco verde pra mostrar uma maneira diferente de consumir folhas verdes. Usei pepinos, bastante maçã (pra ficar mais docinho), um buquê de hortelã, suco de limão e a acelga junto com as folhas de beterraba. Pensei que os adultos diriam “Um… interessante” e que as crianças gritariam horrorizadas quando vissem aquele líquido verde, mas todos acharam uma delícia e a menina caçula pediu até pra repetir. Claro que eu só disse o que tinha no suco depois que todos os copos estavam vazios e aí sim as crianças se horrorizaram, mas era tarde demais: as barriguinhas delas já estavam cheias de vitaminas e minerais.
Minha amiga passou aqui de manhã e juntas tentamos analisar o ocorrido (ela ficou tão surpresa quanto eu). Como eu disse mais acima, crianças aprendem imitando os pais e ao vê-los comendo algo com entusiasmo acabam ficando com vontade de provar. Mas acho que minha atitude ao servir a comida pra eles também ajudou. Minha amiga contou que o casal de amigos sempre faz o maior estardalhaço quando cozinha legumes em casa, anunciando aos quatro ventos que terá X (brócolis, couve-flor…) no jantar e que as crianças terão que comer todo o conteúdo do prato. Eu entregava os pratos pras crianças de maneira natural, sem fazer alarde dos ingredientes e até usei um pouco de psicologia inversa em alguns momentos (“Eu sei que você não é fã de brócolis, então não se sinta obrigada a comer essa sopa. Aliás se você não quiser, ótimo, pois vai sobrar mais pra mim!”). Quando a caçula me pediu um copo de leite pra acompanhar a sobremesa (essa família é franco-suíça e o leite ocupa um papel enorme na dieta deles) a mãe disse “Não tem leite nessa casa”, mas eu falei “Na verdade eu tenho um restinho de leite na geladeira, sim. Você quer?” E como ela aceitou, servi um copo do meu leite de amêndoas gelado, sem dizer que aquele leite era ‘diferente’, e não é que a menina engoliu tudo sem fazer um comentário? Foi pra casa sem saber que tinha tomado leite de amêndoas…
Eu sei que o fato de ser uma ocasião única e das crianças estarem fora de casa contribuiu muito pro sucesso do jantar, mas não posso não me sentir feliz por ter conseguido fazer a turminha vegetofóbica comer, em uma noite, mais vegetais do que eles comem em um mês. (Na verdade o medo irracional de vegetais se chama ‘lachanofobia’, mas lachanofóbico é uma palavra tão esdrúxula que não consigo utiliza-la.)
E minha amiga, que pegou carona com a família pra ir pra casa depois do jantar, me contou toda animada que os pais ficaram muito impressionados com a minha comida e que falaram em comprar um liquidificador pra fazer “aquele creme de castanha delicioso que ela colocou na sopa de brócolis”. Um triunfo em todos os sentidos!
Creme de brócolis
Essa sopa extremamente simples é absolutamente deliciosa, além de ser uma entrada leve e elegante. Se você gosta de brócolis, com certeza vai adorar essa receita.
600g de brócolis, cortado em pedaços pequenos (use os buquês e o talo)
1 cebola grande, picada
3 dentes de alho, picados
Pra perfumar a sopa: 1 folha de louro + 1 talo de salsão (com as folhas)
2cs de azeite
Sal e pimenta do reino
1/2x de castanhas de caju, de molho por 8 horas
Aqueça 1cs de azeite e doure a cebola. Junte o alho e o salsão e deixe cozinhar mais 30 segundos. Acrescente 500g de brócolis picado (reserve os 100g restantes) e refogue durante 3 minutos (só o suficiente pra ele ganhar uma cor mais intensa e começar a dourar em alguns pontos). Junte o louro e 700ml de água. Quando começar a ferver, baixe o fogo e deixe cozinhar coberto até o brócolis ficar bem macio. Deixe a sopa esfriar um pouco. Transfira a sopa morna (descarte o louro) e as castanhas escorridas (descarte a água) pro liquidificador e triture até ficar bem cremoso e sem nenhum pedacinho de castanha inteiro (esfregue um pouco da sopa entre os dedos pra testar). Coloque de volta na panela onde a sopa cozinhou, tempere com um pouco de pimenta do reino (melhor se for moída na hora), prove e corrija o sal, se necessário. Na hora de servir aqueça o resto do azeite e refogue o brócolis reservado até ficar ligeiramente dourado, mas ainda crocante. Sirva esse creme em cumbucas pequenas, decoradas com o brócolis refogado. Rende 4-6 porções como entrada (dependendo do tamanho das porções).
*Pra complementar a refeição: Sirvo essa sopa como entrada, mas se quiser transforma-la em um prato principal, acompanhe de fatias de pão integral com cereais e hummus (ou outro patê à base de leguminosas, como esse aqui).
Sandra, minha admiração por você só aumenta. Eu desisti há tanto tempo de ficar cozinhando pra onívoros reclamões (tenho muitos e muitos exemplos de pessoas como esse casal por perto. Como te disse, preciso ampliar meu círculo, rs) que não sei se tenho ânimo pra fazer algo assim. Pros onívoros bonzinhos eu cozinho sempre, os lá de casa são assim. Sou a única vegana da casa – ninguém mais é sequer vegetariano – e desde que comecei e expliquei minhas razões, nunca tive problemas em casa. Talvez essa tranquilidade me deixou mais irritadiça quando estou com outras pessoas, talvez eu seja naturalmente irritadiça, vai saber.
Mas ó, meus parabéns, de novo. Pelo trabalho constante de salvar pessoas ao seu redor 🙂
Talvez eu seja um pouco masoquista, Nina:-) Mas não acho que todo mundo deveria fazer sacrifícios pra impressionar as papilas de onívoros o tempo todo. Se as pessoas não apreciam seus esforços, azar o deles que serão privados dos seus quitutes. Olha só, eu também posso ser irritadiça…
Cada legumes mais lindo que o outro…invejável!!!rs
Querida, sem dúvida o exemplo é tudo. Eu tenho dois filhos e não obrigo eles comerem nada, é lógico que viram a cara para brócolis, mas comem no molho de carne de soja (macarrão, nhoque, lasanha) e não percebem. o inhame tb comem no meio do arroz, beterraba no feijão…. os meus bolos sempre vão cenoura, beterraba, espinafre, inhame e o que mais eu tiver em casa. Eu sempre tenho legumes em creme congelado para colocar no meio de outros pratos…tamanha falta de educação dos amigos da sua amiga…e o pior é ver que estão educando crianças que serão adultos amanhã…lamentável…adorei a receita da sopa, já copiei…pq não serve salada no seu jantar? na minha casa tem salada em todos os pratos, mesmo com sopa….adorei tb o suco verde,…nunca fiz com acelga…adoro folhos de beterraba, fica uma delícia com farofa….bjs
Eu também sempre como salada (geralmente no almoço E jantar) e não vejo problema nenhum em servi-la com sopa. Mas com tantos pratos, não teria mais espaço nos nossos estômagos pra mais um. E o suco verde era uma maneira mais original de servir as folhas.
Que lindos vegetais Sandra! Estou a invejá-los, por aqui não temos tanta variedade 😉
E que história, acho muito estranha a forma como esses pais ensinam as crianças a comer vegetais… Deviam dar a mesma importância que dão aos outros alimentos. Mas infelizmente a maioria das famílias são assim, e excluem os coitados dos vegetais.
Esqueci-me de mencionar que essa sopa tem um aspecto ótimo! Ainda não adicionei castanhas de caju a uma sopa, e adorei a sugestão 🙂
Experimente, Márcia. A sopa fica deliciosamente cremosa.
Sabe o que eu faço? Simplesmente não conto para ninguém que sou vegetariana ( só os familiares e amigos mais próximo), e quando vou a casa de alguém como de tudo, menos as carnes. Aqui no Brasil é fácil, pois tem o arroz com feijão e a salada. Quando tem a famosa macarronada à bolonhesa, eu digo que estou controlando o peso e só como a salada.
Quando tenho que levar algum prato, sempre faço uma torta de palmito com pomarola, todo mundo gosta e ninguém enche o saco…hehehe! Fica a diquinha.
Parabéns pela sua página, adoro as suas receita! Abraços, Shirley.
Com certeza é mais fácil passar desperecebido quando se é vegetariano, mas pros veganos nem sempre é possível. Só depois que você para de comer ovos e laticínios é que percebe o quanto esses ingredientes são onipresentes nas comidas. Eu entendo sua posição, não condeno ninguém por querer evitar conflitos e comentários desagradáveis na hora de comer, mas, como membro de uma minoria, pra mim é importante dizer “opa! estou aqui!”, pois pra que as pessoas nos respeitem é preciso primeiro que elas saibam que existimos. Assim a próxima geração de veganos conhecerá um mundo mais tolerante (espero).
Oi, Sandra, bom dia!
Tenho acompanhado com toda atenção as matérias postadas em seu blog. Nesta, por exemplo, além do interesse passei a torcer para que tudo desse certo para todos vocês __ parece que todos ficaram alegres! Parabéns!
Tenho experimentado várias de suas receitas. Farei o mesmo com esta sopa de brócolis.
Agradeço-lhe a generosidade em divulgar material tão precioso. Tenho mostrado seu trabalho para outras pessoas.
Fique bem.
Grata,
Leoni
Leoni (que nome bacana você tem!), muito obrigada por acompanhar o blog e recomenda-los aos amigos.
Gente, ri muito com seu relato 🙂
Adorei!! É sempre gratifcante quando conseguimos quebrar preconceitos.
bjs
Susana
Einstein disse: “Época triste a nossa em que é mais difícil quebrar um preconceito do que um átomo”. Mas nesse caso é até fácil: ofereça um prato vegano delicioso e o preconceito se espatifa:-)
Gostei! Muito legal!!!
Sandra, quando comecei a ler o post me imaginei dando um DELETE nesses amigos. Afinal o que se espera de um amigo no mínimo é respeito. Mas, a medida que fui lendo, consegui entender o espirito da coisa….Na verdade quem estaria desrespeitando seria eu por náo compreender que somos diferentes. Vc foi muito sábia em aceitar fazer um jantar de maneira tão elegante e com um sortimento incrivel de pratos apetitosos.
As fotos ficaram lindas!!!
Hoje fiz um almoço rapidinho (já tinha lentilhas cozidas no freezer e arroz integral pronto) aí dei uma leve cozida em alguns legumes, cortei cebolas, azeitonas e tomate, polvilhei tudo com oregano, alecrim e azeite e deixei no forninho por 20 min. Ficou uma delicia…rs. Agora fiquei curiosa para testar o seu suco verde.
Obrigada por nos presentear com tantas receitas maravilhosas desse mundo encantado dos vegetais.
Tudo de bom prá vc !
Bjs,
Cris
O prazer é todo meu, Cris. E o casal do post é amigo da minha amiga, não meu. Não sei se conseguiria ser amiga de alguém que faz chacota de mim o tempo todo.
Que animador! É sempre gostoso quando elogiam comida vegana, ainda mais quando foi a gente que fez rs Fiquei super curiosa pra experimentar essa sopa 😀
Ela parece ser tão humildezinha, mas garanto que é o nirvana dos apreciadores de brócolis:-)
Bonjour, Sandra!! Ainda não vi as fotos do post, pois aqui no trabalho o blog abre, mas as fotos não… ;-(… Mas, pela descrição, ficou td de bom! E pelos comentários empolgados, não sobrou nenhuma dúvida!!
Permita-me sair um pouco da parte culinária do post. Não fiquei chocado com o que vc escreveu, até pq não é com surpresa que leio isso, pois venho percebendo questões assim. Infelizmente muitas crianças estão sendo criadas de uma forma estranha. Talvez porque os pais tenham sido criados assim, ou se tornaram assim em alguma época da vida. Não só no quesito alimentação, mas em todos os quesitos. A questão da alimentação só expõe os valores deturpados que são ensinados. Se essas crianças aprendem a ser preconceituosas com as preferências alimentares alheias, com certeza devem aprender a agir de forma semelhante nos outros aspectos da vida. Ou seja, se tornarão adultos infelizes, perpetuarão o círculo vicioso e não saberão nem o porquê disso. Se alimentarão mal, interagirão mal com a sociedade, com o próximo, com seu parceiro, com sua vida profissional, com sua família, e não saberão como sair disso, a menos que mudem de atitude. Culpa dos pais? Sim. Mas, a partir de um ponto, culpa própria também.
Bjs!!
Pois é, quando os pais não ensinam o respeito às diferenças aos filhos, pelo contrário, ensinam a zombar do que não é igual a eles, as crianças com certeza vão crescer preconceituosas.
Sandra, este vídeo é uma resposta para o que está acontecendo com o mundo, principalmente com as crianças e seus pais. Está muito famos por aqui, ele sechama: Muito além do peso, para mim ele poderia ganhar Oscar, prêmios… o mundo precisaria assistir isso. Se vc tiver 1 hora disponível no seu dia para ver… o link http://www.muitoalemdopeso.com.br/ o You tube tbm tem caso vc não consiga acessar! Bjo enorme e farei esse creme maravilhoso quando encontrar brócolis orgânico pelas minhas redondezas!
Obrigada pela dica, Daniella. Eu assisti a esse filme semana passada (recomendação de duas leitoras, olha que coincidência!) e fiquei impressionadíssima com o número de crianças obesas no Brasil. Não sabia que o problema da obesidade infantil era tão grave no nosso país.
O mais triste é ver índio comer miojo e falar que é saudável….
eu também fiquei muito triste com o filme.
Que sonho essa horta! E com o seu talento tudo fica gostoso. Um dia quero saber fazer todas essas maravilhas na cozinha, eu ainda estou no meu primeiro ano como vegan ( eu fui ovo lacto vegetariana por muito tempor).
Você é uma inspiração
Apesar de ser onívora, sou fã das suas receitas, Sandra! Indico prá todo mundo e é sempre sucesso, especialmente entre onívoros que não podem/querem consumir laticínios!
Muito obrigada por divulgar o Papacapim aos amigos, Ana.
Sandra, essa horta é um sonho! Esses legumes e verduras estão tão lindos *-*
Quanto à família vegetofóbica, eu acho uma pena que exista tanta gente assim, mas me surpreendi com a elegância com a qual você tratou a questão. E funcionou. Admiro muito como você foi superior. [e o sangue frio, o meu teria fervido já há 50 metros de distância deles]
Talvez eu deva aprender mais com as tuas atitudes.
Sandra, ainda não acabei de assistir, mas o documentário “Muito além do peso” tem tudo a ver com o tema desta postagem. Não é caso de ser onívoro, vegetariano, vegano ou seguidor de outras dietas, mas em qualquer lugar do mundo os pais estão falhando em educar as crianças a comer, como os amigos de sua amiga.
O filmo pode ser baixado gratuitamente aqui:
http://www.muitoalemdopeso.com.br/
PS. Deixo a seu critério editar o meu comentário. Se achar que o link não interessa, pode apagar. Abs.
Sandra, desculpe, só agora percebi que outras pessoas já indicaram o filme.
Te agradeço mesmo assim, Yoko.
Sandra, mais do que educar as crianças na alimentação, que obviamente é importante e eu sei como é porque tenho dois filhos pequenos, o que falta à dita familia é educar os filhos para a tolerância e respeito pelas opções e diferenças dos outros. Isso é que é imperdoável. Existe uma expressão aqui em Portugal curiosa “Dar pérolas a porcos”, ou seja desperdiçar algo bom em alguém ou algo que não vale a pena. Percebo a sua atitude mas sinceramente acho que as suas pérolas culinárias mereciam melhores destinatários. Bjs
Realmente, acho que todo vegano já sofreu bullying!
Agora, realmente me interessei por essa refeição que vc preparou! Adoro brocólis, e pelo que vi, deve ser maravilhoso esse creme!!! Vai postar as receitas dos outros pratos servidos? Fiquei de olho na sobremesa!!
Menina, essa sua amiga é mesmo uma santa! Eu não aguentaria tanta provocação por tanto tempo. A essa altura já teria mandado a família toda lá para aquele lugar rsrsrs
Eu acho muito engraçada a ignorância das pessoas quanto ao veganismo. A impressão que dá é que eles não comem nada além de carnes, laticínios e ovos….
Essa sopinha está com uma cara ótima, assim que der vou fazê-la!
Bjs
Quanta paciência, Sandra! A sua amiga é muito tolerante, não sei se eu teria tanta calma. Mas acho que o jantar que você fez foi uma boa lição para eles e uma boa acção da tua parte. Penso que o “X” da questão é as pessoas não saberem(ou não gostarem) de cozinhar e quando provam comida vegana bem confeccionada se surpreendem. A sopa deve ser fantástica e o sumo verde chamou-me a atenção, fiquei mesmo curiosa!
A horta de Benji é magnífica. Acho lindas aquelas acelgas com nervuras vermelhas, por aqui é rara, só encontro a verde. Também sou fascinada por hortas e mercados tradicionais. A horta dos meus pais também é linda, qualquer dia publico fotos. Felizmente aqui em Portugal as pessoas tem voltado a cultivar hortas e campos, um dos poucos benefícios desta crise económica que assola a Europa. Nada como legumes orgânicos e se forem recém colhidos então…
Concordo totalmente, Lina. A diferença de sabor é enorme. Depois de ter provados legumes orgânicos, colhidos e preparados no mesmo dia, ficou muito difícil comer os legumes de supermercado. Sonho com uma hortinha, mas por enquanto isso é impossível:-(
eeeita Sandra é dificil mesmo.. aqui em casa, todos são onívoros e quando falo: vamos fazer uma refeição sem carne hoje?! eles respondem: se não for lasanha quatro queijos to fora… hahaha oq acontece aqui é o contrário: eu tenho que convencer meus pais a comerem melhor e ao menos diminuir um pouco a carne. como já te disse faço muitos pratos do papacapim, mas a lei da casa voga: tem que ter um prato complementar com carne!!!! e sem discussão.
Neste domingo fiz sua polenta com feijões brancos que é divina, e propus uma experiencia: jurei que se eles não se sentissem totalmente satisfeitos, eu nunca mais tocaria no assunto… um misto de “eu já sabia” com “sério mesmo que ninguém vai criticar?!?!” foi o resultado do almoço… amaram, querem que repita, meu pai que detesta frango, que normalmente vai no molho da polenta da familia não poderia ter ficado mais feliz!
obrigada de novo, sandrinha! beijao
Que coisa ótima! Não sabia que minha humilde polenta tinha tanto poder;-) Mas acho que o segredo é esse, mesmo: fazer pratos veganos deliciosos. A maioria das pessoas deixa o estômago (e não a cabeça ou o coração) escolher o que entra no prato, então vamos aproveitar pra conquistar o pessoal por aí.
“…e aí sim as crianças se horrorizaram, mas era tarde demais: as barriguinhas delas já estavam cheias de vitaminas e minerais.” Hahaha, amei Sandra!!! Descobri seu blog hoje e já estou devorando-o!!!! Tornei-me vegetariana este mês e estou aprendendo tanto!!!!! Já o adicionei em favoritos para sempre acompanhar os posts!!!!
Um abraço!!!!!
Bem-vinda, Marcela:-)
Sou ovo-lacto vegetariano e uma das perguntas mais absurdas que ouço é: “Mas você come o que?” Como se a maior parte dos alimentos que todos comem não fosse ovo-lacto vegetariano. Imagino o quão difícil deve ser pra os veganos “explicarem” sua alimentação aos onívoros bitolados.
Minha primeira reação ao experimentar esse creminho, essa semana, foi de espanto e mágoa. Não acreditei que passei a vida inteira comendo brócolis cozido no vapor e não vendo graça nenhuma naquilo, enquanto existia a possibilidade de comer algo tão gostoso com exatamente o mesmo ingrediente. Obrigada por dividir com a gente as suas delícias, Sandra. Você faz as pessoas mais felizes por proporcionar a elas tantos momentos gostosos degustando suas receitas. Obrigada de verdade.
Que maravilha saber que redimi o probre do brócolis pra você:) Ele é um dos meus legumes preferidos, mas vejo tanta gente massacrando o bichinho na água fervente… E fico muito, muito feliz em saber que estou fazendo as pessoas mais felizes com minhas receitas, Marina.
Encontrei seu blog a pouco tempo, não sou vegana, porém tento manter uma alimentação saudável. Tenho lido muuuito o seu blog e tem sido super útil!
Fiz esse creme de brócolis, com um caldo de legumes caseiro congelado (só o caldo) e amei. Obrigada por disponibilizar essa receita.
Ligia, seja bem vinda por aqui. A ideia do Papacapim é essa mesma: ser uma fonte de inspiração e fazer salivar vegs e onívoros. Então pode ter certeza que você está no lugar certo.
Oi, Sandra!
Enquanto você acaricia todos os gatos que cruzam seu caminho e ouve Chico César, me tira uma dúvida? Fiz o mirepoix do jeito que você falou, apesar da dúvida que já rondava minha cabeça… Ficou bem cheiroso, mas ele fica sem caldo? Na receita pede para acrescentar 1/3x de vinho branco e no final do cozimento, estavam só os legumes já quase secos, mesmo cozinhando com o fogo baixinho. Aí coloquei um pouquinho de água fervendo e distribuí depois nas forminhas de gelo, mas fiquei sem saber sobre a quantidade de líquido.
Outra coisa é: fico sem graça de admitir que não curto muito brócolis. Como meio obrigada. Eis que fiz sua sopa e nossa senhora! Já repeti mais de dez vezes essa receita e ainda não enjoamos…
(e continuo doida pra ver como você faz leite de coco). Pronto, chega, já misturei muita coisa! Aquele abraço e muita paz!
Fernanda
Nossa eu estou encantada com tanta informação bacana que você coloca no blog, está de parabéns!!!
No momento sou ovolactovegetariana e algumas vezes passos semanas como lactovegetariana, aos poucos vou tirando assim como fiz com carne vermelha, branca e etc.
Gosto de inovar quando cozinho e este blog só faz meus olhos brilharem!
Obrigada!!!
Att.Amanda Silva
Fiz a sopa, mas ao invés das castanhas, usei amendoim e também acrescentei uma colher de sopa de farinha de aveia. Ficou ótima, muito cremosa e saborosa. Obrigada pela receita, Sandra!
Disponha, Bárbara 🙂 Imagino que o sabor deve ter ficado super interessante com o amendoim.