Passei o fim de semana respondendo perguntas feitas pela simpática Samira Menezes, que publicou a entrevista no blog dela ontem, e fiquei pensando nas perguntas que leitores e pessoas que encontro pela vida me fazem com mais frequência. Então pensei em responder algumas delas aqui. Instalem-se confortavelmente no sofá (aceitam um café?) e vamos conversar um pouco.
Sobre veganismo e o blog
Acabo de me tornar veg(etari)ano e vivo com fome/ganhei peso/perdi peso/não sei o que comer(etc)… Você pode me ajudar?
Eu gostaria de atender todos os pedidos de conselhos sobre alimentação vegetal que vocês me enviam, mas infelizmente isso é impossível. Embora eu sonhe em ser voluntária em tempo integral, e faça planos de ganhar na loteria pra poder realizar esse sonho, por enquanto ainda preciso fazer trabalhos remunerados pra pagar as contas no final do mês. Por isso não tenho tempo de aconselhar todas as pessoas que me escrevem. Porém não deixem de me escrever. Quando a mesma pergunta é feita várias vezes sei que minhas dicas ajudarão muitas pessoas, então tento escrever um post sobre o assunto. Por isso prometi o post sobre vegs que depois da transição não conseguem mais preencher o buraco no estômago (finalmente publiquei esse post!).
Vou cozinhar pra onívoros que têm preconceito com culinária vegana/torcem o nariz pra qualquer comida sem carne e gostaria de mostrar que comida vegana pode ser deliciosa. Que pratos você sugere?
Minha receita de massa com couve-flor assada e molho de nozes. Esse prato conquista todos, vegs, onívoros e indecisos. Minha segunda opção seria ensopado marinho. Embora menos sofisticado, ele é igualmente popular entre onívoros e tem a vantagem de ser mais inclusivo (vegano e sem glúten), além de utilizar ingredientes mais baratos. E de sobremesa recomendo o pavê trufado de chocolate amargo e morango ou, se você encontrar todos os ingredientes, o creme voluptuoso de chocolate e laranja (vegano e sem glúten).
É Anne que faz as fotos que aparecem no blog?
Muita gente deduz que, por ela ser fotógrafa, as fotos que ilustram minhas receitas são dela. Mas as fotos que publico aqui são minhas, tirando algumas exceções (sempre indico quando uma foto não foi feita por mim).
As receitas que aparecem no blog são suas? Como você faz pra criar receitas?
Todas as receitas que publico aqui são minhas, com algumas exceções. Assim como as fotos, se a receita não é minha eu informo e indico o nome do autor(a). Expliquei direitinho de onde vem a inspiração pra criar receitas na entrevista que citei acima, mas vou copiar/colar aqui. Comida pra mim é quase uma obsessão, então estou constantemente pensando no assunto e criando receitas na minha mente. Eu vejo inspiração por todos os lados. Leio vários blogs/sites de culinária e adoro livros de receitas, que leio antes de dormir, como se fossem romances. Também adoro ler cardápios de restaurantes, é uma ótima fonte de inspiração. Comer em restaurantes me inspira, comer na casa dos amigos me inspira, visitar feiras e mercados me inspira… Viagens talvez seja o que mais me inspira, pois quando viajamos todos os sentidos ficam em alerta e você se abre mais facilmente pro novo. É fácil se acomodar e usar sempre as mesmas combinações de ingredientes quando estamos em casa, mas viagens me forçam a sair da minha zona de conforto e a explorar novas possibilidades, novos ingredientes. Toda essa informação se acumula em algum lugar do meu cérebro e forma uma espécie de banco de dados gastronômico, que está constantemente me mandando sinais, que são esboços de receitas. Claro que esses esboços precisam ser testados e adaptados algumas vezes antes de chegar no resultado que estou procurando.
Você acha errado comer ovos não fecundados de galinhas criadas em liberdade?
Várias pessoas me perguntam isso e estou devendo um post sobre o assunto à minha leitora-amiga Susana. Então tem mais um post no forno.
Veganos podem comer comida fermentada? Bactérias contam como animais?
Eu não tenho problema nenhum em comer comida fermentada, como iogurtes de leite vegetal, tempeh e esses legumes. Comida naturalmente fermentada é ótima pra saúde e nunca encontrei um vegano que tivesse problemas morais ingerindo bactérias. Pensar assim seria uma loucura, pois elas estão em todos os lugares e engolimos um número grande diariamente, querendo ou não. E como me disse um amigo (onívoro) um dia, você não está matando as bactérias da comida fermentada que ingere, está oferecendo um novo lar pra elas no seu estômago:)
Se você tivesse que escolher entre salvar a vida de um bebê ou de um bezerro, você salvaria o bezerro?
Não. E se tivesse que escolher entre salvar a vida do meu bebê ou do seu, salvaria o meu.
Se você estivesse presa em uma ilha deserta, comeria animais pra sobreviver?
Sim. E gente também.
Não sou vegetariano, muito menos vegano, mas adoro o seu blog.
Isso não é uma pergunta, mas li essa frase tantas vezes que gostaria de fazer um comentário. Queridos leitores onívoros, se vocês estão estranhando o fato de gostar de um blog de comida vegetal, nada temam: isso é totalmente aceitável. Esse blog é pra todos os amantes de comida vegetal gostosa, independente da raça, credo, filosofia de vida, afiliações políticas, preferências musicais, orientação sexual e gastronômica. Se você tem papilas gustativas, interesse em descobrir novos sabores e gosta de ler histórias interessantes, você está no lugar certo. Puxe a cadeira e sinta-se em casa (se eu pudesse, te ofereceria um chazinho também). Não precisa se justificar nem se desculpar por não se alimentar da mesma maneira que eu. E se você está colocando sua identidade gastronômica em dúvida, saiba que não tem nada de errado em experimentar coisas novas de vez em quando.
Posso fazer uma sugestão?
Deve! Adoro receber emails com sugestões de coisas que vocês gostariam de ver aqui no blog. Nem sempre consigo responder, mas saiba que se você me escreveu enviando uma sugestão eu li, te agradeci no meu coração (e esqueci de escrever te agradecendo de verdade) e fiz uma anotação mental. Assuntos que vocês gostariam que eu tratasse, ideias de posts, sugestões pra melhorar o blog, tudo isso é muito bem-vindo.
Sobre voluntariado e a Palestina
Gostaria de fazer um trabalho voluntário, mas não sei o quê. Alguma dica?
Dei muitas nesse post.
Que tipo de trabalho você fazia no campo de refugiados?
Contei tudo nesse post e nesse aqui.
Quero trabalhar/visitar um campo de refugiados na Palestina. O que devo fazer?
Na Palestina tem dezenas de ONGs e não é difícil trabalhar como voluntário por um tempo por lá. Porém se prepare pra pagar tudo do seu bolso, pois as organizações não tem condições financeiras de pagar um salário nem de cobrir as despesas de todos os estrangeiros que querem morar um tempo por lá. É difícil indicar organizações, pois dependendo da sua área de trabalho e dos seus talentos alguns projetos são mais indicados do que outros. Felizmente todas as ONGs têm um website então google é o seu melhor amigo aqui. Se achar algo que realmente te interesse, pode me escrever contando tudo e se eu conhecer a associação te darei minha opinião honesta sobre os projetos que ela organiza.
Você acha que a situação dos palestinos vai melhorar um dia? Como?
Tenho certeza que a situação dos palestinos vai melhorar um dia, mas acho que não estarei aqui pra ver esse dia chegar (espero sinceramente estar errada). Como? Não tenho os instrumentos nem os conhecimentos necessários pra fazer esse tipo de previsão.
Pessoal
Como você se mantinha na Palestina se era voluntária?
Eu vivi os primeiros anos com as economias que tinha. Levo uma vida muito simples, não me empolgo pra comprar nada (além de comida, claro), só uso roupa de segunda mão, não bebo, não gosto de sair à noite… Ou seja, não tenho muitas despesas (tirando as passagens de avião pra visitar a família). Depois que as economias acabaram eu comecei a fazer pequenos trabalhos: aulas de francês (particular e na Aliança Francesa de Belém), traduções, aulas de culinária. Também transformava minha casa um restaurante de vez em quando e escrevi dois e-books. Financeiramente falando minha vida é bem instável, mas até hoje nunca faltou teto sobre a minha cabeça e nunca fui dormir com o estômago vazio, então eu a considero um sucesso. Mas não tentem fazer isso em casa.
Como era ser lésbica em um país como a Palestina?
Menos difícil do que se imagina. Meus amigos palestinos mais próximos sabem e me aceitam do jeitinho que sou. Também tenho muitos amigos estrangeiros morando por lá e a gente se reunia frequentemente na casa de um ou de outro, onde o clima era de aceitação total. Eu também podia conversar livremente com os amigos israelenses (muitos deles gays). Então o meu círculo de amigos por lá era composto desses três grupos e tudo sempre ia maravilhosamente bem. O fato de não poder andar de mãos dadas na rua, beijar em público ou falar abertamente sobre relacionamentos com todas as pessoas que cruzavam o meu caminho não me incomodava tanto, pois eu tinha muitos amigos e ocasiões onde eu não precisava esconder quem eu era. Porém vale lembrar que essa é a experiência de uma estrangeira morando lá. Pra um palestino gay morando no mesmo lugar a história é completamente diferente (se quiser saber mais, leia um dos meus posts preferidos de todos os tempos, que conta a história de amor entre um palestino e um israelense)
Por que você decidiu ir morar em Bruxelas?
Por razões puramente pragmáticas. Tem muitas ONGs na cidade, o que é interessante pro trabalho de Anne. A culinária vegetal desperta bastante interesse nas pessoas daqui, o que é interessante pro meu trabalho. E estamos mais perto da Palestina do que se estivéssemos morando no Brasil, o que é importantíssimo, já que pretendemos continuar indo regularmente pra lá. E as pessoas falam Francês, uma língua que nós duas dominamos (não queria ter que aprender uma nova língua). Além disso tudo temos bons amigos aqui, a cidade é extremamente multicultural e não é muito grande, três pontos importantes pra nós.
O que aconteceu com os seus gatos?
Os gatos que vocês viam aqui não eram tecnicamente meus. Eles eram da vizinha, embora passassem a maior parte do tempo na minha casa, o que fez com que nós nos adotássemos mutualmente. Antes de ir embora a vizinha disse que criar os três gatos sozinha era demais, então uma amiga israelense adotou a fêmea e o bebê. O macho continuou morando com Violete (a vizinha).
Você não pensa em voltar pro Brasil?
Às vezes penso, mas não sei se isso vai acontecer nem quando.
Você não sente saudade de casa? ou Onde é a sua casa?
Leia esse post.
Digamos que você queira paquerar uma mulher, como é que você sabe se ela é lésbica? (pergunta sempre feita por heteros que não têm muito contato com a comunidade gay)?
Como estou procurando fontes alternativas pra ganhar dinheiro e poder passar mais tempo dando conselhos sobre alimentação vegetal pros leitores desse blog, decidi que não vou mais dar informações valiosas de graça. Quem quiser saber a resposta vai ter que pagar.
As perguntas mais hilárias
Essas perguntas não vieram de leitores, mas de crianças que encontrei vida afora. E crianças fazem as melhores perguntas de todas, originais e engraçadíssimas, por isso eu precisava inclui-las nesse post.
Foi você que morreu e ressuscitou na Palestina?
Semana passada dei uma palestra sobre a Palestina pra um grupo de crianças que está fazendo catecismo. Avisaram ao grupo que ‘uma pessoa que morou na Terra Santa’ ia conversar com eles e quando entrei na sala fui recebida com essa pergunta. Explodi de rir e falei pra menina que fez a pergunta que ela estava me confundindo com um certo galileu.
Já que você e Anne não podem fazer um bebê, se quiserem um filho o médico vai ter que pegar um bebê, abrir a sua barriga, colocar o bebê dentro e costurar?
Essa menina, filha de uma amiga de Anne, tem uma imaginação fértil e sangrenta. E aparentemente nunca ouviu falar em adoção.
Você é a mãe de Ronaldo?
Um dia, quando eu fazia babysitting em Paris, fui tomar conta de um menininho louco por futebol e mais louco ainda por Ronaldo (na época ele ainda era ‘o fenômeno’). O pai teve a brilhante ideia de dizer que eu vinha do mesmo país que Ronaldo, então o garoto se empolgou todo, me recebeu vestido com a camisa da seleção brasileira de futebol e começou a me bombardear com perguntas. “Você é a mãe de Ronaldo?”. “Não”. “Você é tia de Ronaldo?”. “Não.” “Você é prima de Ronaldo?”. “Não.” “Você é vizinha de Ronaldo?”. “Olha só, o Brasil é um país muito grande, cheio de gente e eu não sou da família de Ronaldo, não conheço Ronaldo, nunca vi Ronaldo na vida nem nunca vou ver.” O fã de Ronaldo me olhou desapontado, ficou um tempo em silêncio, mas depois da pausa começou uma nova série de perguntas:
-“Sua casa brilha?”
-“Não.”
-“Seu quarto brilha?”.
-“Não.”
-“Sua cama brilha?”
-“Acho que está na hora de você ir pra cama.”
Essa do “não sou vegetariano, muito menos vegano, mas adoro o seu blog” já comentei há um tempo atrás 🙂
hahahahaha, adorei essas perguntas de crianças. Quando estive em Belém, um grupo de crianças de Nazaré estava no hotel onde fiquei. Eles perguntavam exatamente isso: “você conhece kaka? ele mora perto de você? ele é seu primo?”
Ronaldo saiu de moda há tempos e os meninos da Palestina sempre me falavam de Kaká 🙂
Hahaha!! Ri muito!!! Obrigada!!!
Como já disse uma vez, não sou vegetariana, mas adoro seu blog. Você é uma pessoa alto astral e assim como eu fala na lata, não deixa barato. Adorei as perguntas e respostas, o povo curioso viu!
Sensacional. Adorei a coversa com o fã do Ronaldo! Vale dizer que gosto muito do seu blog, do nome dele e da característica brasileira que você deixa nele. E sim, tb comeria gente se precisasse e salvaria o MEU bebê.
🙂
Ótimo post, me diverti. É uma pena ter tanto blog fútil pela web ganhando dinheiro e um blog que ajuda tanta gente não ter isso.
Obrigada pelo apoio moral, Helen:)
Muito legal esse post. Achei hilária as perguntas das crianças hehehe. Mas de onde essa menininha tirou essa idéia de colocarem um bebê na sua barriga? rsrsrs Engraçado mesmo com muitos estrangeiros não tem a menor idéia do tamanho do Brasil. Sempre tenho que lembrar que morava no Sul, que o Brasil é um pais muito grande, que não, eu não morava na floresta Amazônica e muito menos no Rio rsrsrs
Ela me falou que eu não podia ter um filho com Anne porque eu precisava da semente de um homem (quem explicou isso pra ela, eu não sei:) Aí eu falei que um médico podia nos ajudar, só que ao invés de entender que a ajuda seria com a ‘semente’, ela achou que o médico podia colocar um bebê já nascido dentro da minha barriga. 🙂
kkkkkkk, custava você falar pro menino que era vizinha de uma amiga de uma tia de um primo de terceiro grau do Ronaldo? Nem seria mentira, porque se pensar nos “Six Degrees”. Se ajudar, eu já tive um chefe que é amigo pessoal do dito, serve? Volta lá e faz o menino feliz! rsrsrsrs… Adorei a empolgação desse moleque!
🙂 Você está certa, eu bem que podia ter feito o menino feliz com uma mentirinha de nada. Mas e se ele me pedisse pra apresentar Ronaldo pra ele? Pra conseguir uma camisa autografada ou coisa do tipo?
,s.nao como carne por opcao,por nao gostar deste tipo de alimento,mas adoro frutos do mar,peixes e ovos,e seria um desperdicio nao comer peixes neste pais onde moro,onde a vastidao maritima e peixes e frutos do mar em abundancia eheheh pensei que voce fosse gateira.so lamento pelos gatos terem sido separados,pois o que me atraiu no seu blog foram os lindos gatinhos.
Adorei a resposta sobre o bezerro e o bebê. rindo baixinho aqui… cada vez gosto mais do seu blog! e adorei a ideia dos livros sobre comida virarem livros de cabeceira… vou adotar 😉
Faz tempo que na minha cabeceira só aparece livros de receitas. Recomendo muito 🙂
Adooooooooooooooooreiiiiiiiiiiii seu texto, como sempre! E. claro, as perguntas das crianças!!!! Lindas demais, né?!
Adorei a conclusão do seu amigo sobre oferecer às bactérias da comida fermentada um novo lar no estômago. Quer dizer que além de lar para alguns animais abandonados eis que descubro que também dou abrigo pra bactérias estomacais. Kkkkk!
A gente tem mais bactérias no estômago do que células no corpo inteiro, então não estamos só dando um abrigo pras bactérias: na verdade somos mais bactérias do que gente:)
Quando você ressuscita, a Palestina brilha?
P.S.: Eu também comeria gente, e nem precisava ser numa ilha.
Só você mesmo, Carol, pra me fazer perguntas ainda mais hilárias que as crianças. Tenho certeza que quando eu ressucitar a Palestina vai brilhar 🙂 Mas vamos tentar limitar as comilanças canibalísticas a contextos improváveis.
AAAHHH… Antigamente eu perguntava a Cibele se, SE ela morresse antes de mim, eu podia fazer carpaccio dela. Claro que ela sempre ficou escandalizada, mas teve uma época que acabou desistindo de me dissuadir. Mas hoje, por uma questão de respeito, eu faria um carpaccio de melancia ou tomate em homenagem aos veganos lindos que eu conheço. Mas uma ideia não me sai da cabeça: queria muito que meu corpo fosse jogado fresco pros bichos carnívoros do zoológico (ou os do mato mesmo), por uma questão de reciprocidade.
Carol, você é uma figura 🙂
Sandra, você, novamente, adorável. Meu umbigo e eu conversávamos sobre várias coisas e uma das que perguntava sempre pra ele (e não para a Sandra, que deveria estar com outras ocupações e prioridades na cabeça) era: como ficaram os gatinhos? Beijos muitos.
Pois é, muita gente ficou com essa dúvida depois que saí da Palestina. Eu devia ter explicado tudo na época, mas mudanças são sempre caóticas e acabei esquecendo.
Muito bom seu post. Estava super cansada depois de um dia longo de trabalho e pensei em ler um pouco antes de dormir. Chequei seu blog para ver se tinha postagens novas. Acabei lendo sua entrevista no blog de Samara?, e este aqui. Curti todas as suas respostas e tenho, claro, as minhas preferidas: “comeria ate gente se fosse preciso!” e “salvaria o meu filho ao invés do seu” rsrrsrs Claro né?!!!!!! Vou dormir um pouco mais instruída hoje e mais feliz depois de dar umas boas risadinhas 🙂
E se minha mãe estivesse segurando nós duas pela mão, penduradas em cima de uma falésia e tivesse que escolher qual das duas salvar, eu soltava a mão dela pra salvar você e pra ela não ter que escolher 🙂
Eita, esqueci de dizer meu nome 🙂 É Lu!
Gente, e essa bolachinha fofa da foto? Minha lombriga desejou!
Fofa e delícia! Encontrei em uma loja de produtos orgânicos daqui e é feita com manteiga de cacau, cacau, açúcar de coco, farinha integral, aveia e pedaços de chocolate amargo. Super saborosa e amarguinha, do jeito que eu gosto. Mas tive que parar de comprar porque além de querer comer todos os dias, ela é um pouco cara pra mim.
Acabo de conhecer seu Blog, e indiquei a uma amiga…
Transcrevo na íntegra a mensagem enviada:
Bom dia…
Indo direto ao ponto, te sugiro este blog: http://www.papacapim.org/
Não tenho tido tempo para blogs, na verdade, não tenho tido muito tempo para nada…
Mas hoje, de castigo cumprindo hora, passando mal por excessos, e morrendo de vontade de estar em casa, debaixo das minhas cobertas, encontrei esse, fussando o facebook de uma amiga…
E comecei a ler, e a cada novo post eu ia me enchendo de um sentimento bom, que sempre me transborda quando penso em você: um sentimento de ternura… por isso, achei que seria um crime não te indicar a leitura, até mesmo porque Sandra Guimarães é uma pessoa que brinca com palavras…
Ela fala de culinária (vegana), de trabalhos voluntários na Palestina, de incoerências e peripécias e outras tantas coisas que ao final você percebe que o que te prende não é o assunto, mas a essência…
Tem vida nesse blog, daquelas vidas que sempre te vi buscando, vida viva sabe? Vida que pulsa!!
Te desejo boa leitura!
😉
Joanna Lopes
Ps.: Ainda te devo um capuccino!
Joanna, nem sem o que dizer (além de que estou enrubecida com as suas palavras). Perdi o meu Latim. Então vou me contentar em te agradecer a gentileza de ter deixado esse comentário aqui e de ter indicado o blog à sua amiga. Espero que ela tenha gostado tanto quanto você 🙂
Sou onívora, mas decidimos (namorido e eu) reduzir o consumo de carne em casa (pra “ocasionalmente) e seu blog tem me ajudado muito. Uma das coisas bacanas que aprendi aqui foi a importância de se reduzir/eliminar também os laticínios. Estava usando muito por não ter muitas ideias de como cozinhar e enriquecer a alimentação com proteínas, já que não sou muito fã desses derivados de soja processados. E eu tenho uma certa intolerância – se exagero nos laticínios tenho dor de cabeça, piriris e problemas no fígado, a asma/rinite piora… Eu já tinha parado de tomar leite fazia muito tempo, por causa dos problemas respiratórios, mas ainda ingeria muito queijo. Aqui aprendi sobre a proteína vegetal, e um mundo de possibilidades. Além de me deliciar com sua escrita linda. Indico muito seu blog, adoro!
Eu acho que você já tinha comentado sobre os gatinhos em um comentário, mas fiquei feliz de ter notícias deles. =)
Beijos, tudo de bom, muito sucesso! 😀
Muito obrigada, Carolina. Te desejo tudo em dobro 🙂