Quando me mudei pra Londres, em Março, trabalhei por alguns meses em um café vegano/vegetariano. Nada indicava a ausência de carne no nome do café (Moveable Feast) e apesar de ter uma plaquinha do lado da entrada dizendo que aquele era um café vegetariano, quase ninguém se dava o trabalho de ler. Então apesar de boa parte dos clientes ser veg, muitos onívoros iam parar ali desavisados. Todo os dias aparecia gente pedindo um burrito de frango (eu cozinhava a parte de inspiração mexicana -e totalmente vegana- do menu), ou perguntando que tipo de carne nós servíamos.
Gente do céu, a reação de algumas pessoas quando eu dizia que não tinha carne nenhuma no cardápio era coisa de cinema! Tinha gente que saía correndo a toda velocidade, como se eu tivesse uma doença contagiosa. Tinha gente que caía na gargalhada, enquanto eu repetia, muito séria, que estava falando a verdade. Teve um cliente que riu tanto, enquanto repetia “Não tem carne! HAHAHAHAHAHA! Essa foi a melhor do dia!” que tenho certeza que ele pensava que tinha uma câmera escondida atrás do balcão. Tinha gente que se ofendia profundamente e eu podia ler nos olhos deles algo como: “Como vocês tiveram a AUDÁCIA de abrir um restaurante sem carne? Que despautério! Que absurdo!”
O que achei mais interessante nisso tudo é que as reações mais negativas vinham quase sempre de homens. Eles eram os mais ofendidos, os mais indignados e os que sentiam a absoluta necessidade de me dizer: “Eu PRECISO de carne”. Depois de alguns meses trabalhando no café percebi como os homens são muito mais resistentes à ideia de comer comida vegetariana/vegana do que mulheres, mesmo que seja somente uma única refeição. Trabalhar no café foi uma verdadeira experiência antropológica.
Justiça seja feita, vários homens que chegaram pedindo carne reagiram de maneira extremamente positiva ao saber que o café era vegetariano (“A comida é vegetariana? Por que não?” ou “Vou experimentar! Assim como algo diferente.”). Depois de ver tanto homem reagir de maneira negativa, confesso que eu ficava com vontade de abraçar os moços de mente aberta. E também aconteceu de algumas mulheres reagirem de maneira menos educada, exibindo um dos comportamentos citados acima. Mas a maioria das mulheres tinha uma atitude aberta e quando eu explicava que eu só cozinhava comida vegetal elas abriam um sorriso e diziam: “Nossa! Que bacana!” Elas geralmente se empolgavam com a ideia de comer algo diferente. E mesmo quando não se interessavam pela comida por ser vegetariana, elas se contentavam em dizer um: “Não, obrigada” e iam embora na maior tranquilidade.
Conclusão do meu estudo antropológico no café: mulher, mesmo onívora, é mais aberta à ideia de comer algo vegano e até se empolga com a novidade. Já 7,5 em cada 10 homens onívoros que entraram nesse café, de acordo com o meu cálculo nada científico, acham a ideia de fazer uma única refeição sem carne tão absurda (ou perigosa) quanto defender um pênalti sem proteger o entreperna com as mãos.
Apesar de ter conseguido manter a compostura sempre, de tanto ver as mesmas reações se repetirem eu acabei elaborando algumas respostas que me faziam rir muito sozinha.
Pros que escutavam a palavra “vegetariano” e saíam correndo desembestados, como se veganismo fosse uma doença contagiosa, eu queria dizer: “Você pode tentar fugir o quanto quiser, mas nós sabemos onde você mora! Nós sabemos onde você trabalha! Nós temos o endereço da sua mãe! Mais cedo ou mais tarde o veganismo vai te pegar!”
Pras pessoas que caíam na gargalhada (cínica), como se um restaurante ser vegetariano fosse a maior piada do universo, eu queria dizer: “HAAAAAAA! Pegadinha do Malandro! Você caiu direitinho, hein? HAHAHAHAHA! Claro que nós temos carne……..(incorporando Vandinha Adams) humana.”
Pro pessoal que só ia embora depois de me explicar: “Eu PRECISO de carne! PRECISO do meu bife!”, eu gostaria de dizer: “Perdoe a ignorância, eu confundi você com um humano. Claro que você faz parte de uma outra espécie, aquela que quando faz uma única refeição sem carne se desintegra instantaneamente.”
Continuo fazendo comida mexicana vegana pra mesma (micro) empresa, mas saímos do café e atualmente preparamos nossos burritos, tacos e afins em festivais de comida. Nesses locais todas as outras barracas, sem excessão, vendem carne. Muita, muita carne. De vários animais diferentes. Mesmo assim algumas pessoas se revoltam quando descobrem que nossos burritos são veganos, algumas até fazendo sugestões do tipo: “Vocês deviam oferecer mais variedade, fazer metade dos pratos vegetarianos e metade com carne.” Que absolutamente todas as outras barracas oferecem carne não parece nunca ser suficiente.
A reação mais absurda que presenciei aconteceu duas semanas atrás. Um homem chegou perguntando que tipo de carne eu cozinhava. Depois de ter explicar longamente que a comida era toda vegana, mas que era tudo preparado com muito amor e sabor e que talvez ele fosse gostar de provar algo diferente, ele acabou pedindo um burrito. Mas quando o recebeu declarou: “Eu vou comer, mas vou fingir que um porco foi abatido.”
Na hora suspirei e pensei: “Irmão, procure ajuda que isso é doença.” Mas depois de matutar com calma sobre o ocorrido fiquei foi com pena do camarada. Que triste ver a que ponto uma pessoa pode se sentir desconfortável com a ideia de se fazer uma só refeição sem causar sofrimento e morte de animais. Tão desconfortável que ele precisou fazer essa piada de mau gosto pra provocar os veganos ali presentes (já pensou como ia ficar a reputação dele se um migucho carnívoro o visse atracado com um burrito vegano???).
Pra esse pessoal que gosta de provocar e ridicularizar veganos (insegurança, tadinhos, eu sei…), eu tenho vontade de dizer: “Você tá se achando super engraçado porque tirou sarro dos veganos, né? Amigo, piadas como essa eu como com farinha! Já escutei tantas que a única coisa que você provoca em mim é pena. Onívoro fazendo piada de mau gosto com vegano é tão sem originalidade que ficou demodê. “
Felizmente na maior parte do tempo vivi momentos lindos no meu trabalho aqui, mas isso é assunto pra outro post.
Agora passemos à minha obsessão do momento. Acreditem, quando não estou ocupando o meu tempo bolando respostas imaginárias como as que descrevi acima, estou na cozinha fazendo omelete de grão de bico. Eu já publiquei uma receita de omelete de grão de bico (na verdade duas) usando o grão cru, demolhado, aqui no blog. Mas também mencionei que era possível fazer omelete usando a farinha de grão de bico. Desde então recebi vários pedidos pra publicar a receita usando a farinha.
Antes eu preferia a receita com grão de bico demolhado, mas desde que me mudei pra Londres a receita com farinha é a única que uso, então acabei aperfeiçoando a técnica até conseguir os resultados que eu procurava. E hoje eu gosto mais da receita usando a farinha!
Quatro coisas são essenciais. 1- A mistura deve ficar bem líquida. Percebi que se ela for espessa o omelete fica denso e pesado, mais parecido com uma panqueca. 2- Usar bastante azeite/óleo na hora de cozinhar o omelete e 3-não fazer omeletes nem muito grandes nem muito espessos. O óleo é essencial pra atingir a textura desejada (crocante por fora e ligeiramente cremoso por dentro). Aprendi a dica 1 e 2 na última vez que estive na Itália. 3- O omelete deve ser pequeno pra você conseguir virá-lo sem que ele se quebre e fininho pra que ele cozinhe de maneira uniforme. 4- O controle do fogo é uma das chaves do sucesso da receita. O omelete deve cozinhar por vários minutos e se o fogo tiver muito alto ele vai queimar antes de ficar cozido. Se estiver muito baixo ele vai ressecar e demorar demais pra ficar pronto.
Claro que meu omelete ficou com um sabor ainda melhor quando comecei a usar sal preto do Himalaia, aquele que tem cheiro e sabor idênticos ao ovo. Mas embora esse ingrediente seja mágico, ele não é indispensável e seu omelete ficará delicioso sem.
Na França é comum fazer omelete com cogumelos e eu sentia saudades desse prato. Não mais! Na primeira vez que usei cogumelos fiquei com medo de não dar certo (e se o omelete se quebrasse na hora de virar? E se os cogumelos, que já estavam cozidos, queimassem?), mas fiz exatamente como faria se estivesse cozinhando com ovos e o resultado foi PERFEITO.
Termino esse post com uma dica. Vegana(o)s lendo esse texto, se vocês também não aguentam mais escutar piada sem graça dos onívoros, sugiro o seguinte: respondam com uma dança interpretativa (os passinhos ficam a critério da imaginação de cada um).
Omelete de grão de bico com cogumelos (vegano, sem glúten)
Essa receita faz um omelete e foi desenvolvida pra ser usada em uma frigideira de 22cm de diâmetro. Esse tamanho faz com que o omelete fique na espessura ideal. Claro que você pode fazer o omelete sem os cogumelos ou usando as ervas que preferir. A massa tem que descansar uma noite antes de ir pra frigideira, então essa receita deve ser começada na véspera.
4 cs de farinha de grão de bico (usei uma colher medidora, rasa, pra ficar bem preciso)
150ml de água
2 cogumelos marrons frescos cortados em fatias (ou os cogumelos frescos que você preferir – um punhado depois de picados)
Duas pitadas de tomilho (seco ou fresco)
Pimenta do reino e sal a gosto (de preferência sal preto do Himalaia, que tem aroma e sabor de ovo)
Azeite
-Dissolva a farinha em um pouquinho de água até ficar cremoso e sem grumos. Acrescente o resto da água, cubra e deixe descansar na geladeira durante uma noite (12 horas).
-Na manhã seguinte aqueça, em fogo médio, uma frigideira pequena (idealmente com 22cm de diâmetro, medidos no fundo, não nas bordas) com 2cs de azeite. Refogue os cogumelos até eles amolecerem e dourarem um pouco.
-Enquanto isso tempere a mistura de grão de bico com sal e pimenta do reino a gosto, mais o tomilho. Jogue mais 2cs de azeite sobre os cogumelos refogados e despeje a mistura de grão de bico devagar, em um movimento circular do centro em direção às bordas. Imediatamente aumente o fogo e fique do lado do fogão. Espere 10 segundos e reduza o fogo pra médio. Esses 10 segundos iniciais são importantes pra criar uma crosta crocante e facilitar na hora de virar o omelete. Cozinhe em fogo médio-baixo até a parte de cima adquirir um aspecto de cozida. Use uma espátula de metal fina (essencial!!!) pra dar uma olhada na parte inferior do omelete e ter certeza que não está queimando (nesse casa baixe o fogo). Vire o omelete e deixe cozinhar até ficar bem dourado do outro lado. Às vezes aumento o fogo novamente durante os últimos segundos pra acelerar o processo e deixar o outra lado crocante, mas sempre ficando do lado pra não correr o risco de queimar. Na minha cozinha esse omelete leva, ao todo, uns 10-15 minutos pra ficar pronto. Com o tempo você vai adquirir prática e esse processo vai parecer bem menos complicado e intimidante.
-Sirva imediatamente. Rende uma porção.
Algumas observações:
-A receita fica ainda melhor com uma cebolinha verde em rodelas finas (coloque na frigideira junto com os cogumelos, depois que eles estiverem cozidos, e refogue por alguns segundos antes de despejar a massa).
-Eu sei, 4cs de azeite pra uma porção pode parecer muito, mas lembre que grão de bico não tem praticamente gordura nenhuma, então fica tudo tranquilo.
-Eu triplico a receita e guardo a mistura farinha de grão de bico + água na geladeira pra quando bater a vontade inesperada de omelete vegano (no meu caso, duas vezes por dia). A mistura se conserva muito bem durante vários dias e deixa tudo muito mais prático e rápido.
“piadas como essa eu como com farinha” kkkkk chorei de rir! Sou tua fã!
Ulaláaaaa! Tripla comemoração: Sandra + histórias + receita. Sempre uma felicidade gigante um novo post. Será que devia comentar em cada um ou ficaria muito repetitivo? Geralmente leio no celular, no trabalho. E chego ao ponto de largar o “urgente” do momento pra me esconder no banheiro e ler com calma todo post. Aí os comentários ficam na cabeça e demoram a vir pro computador ou nem chegam, dormem na cabeça mesmo (no meu trabalho os coments são bloqueados e não sou hábil pra escrever coisas mais longas no celular). Enfim, feliz de ter você de volta – cada novo posto é um novo e esperado “voltei” , e já terminando o falatório pra colocar minha farinha de grão de bico de molho.
As trufas do post passado também ficaram perfeitas, depois da terceira tentativa. Sabia que só acertei fazendo com o leite de coco industrializado?? Com o meu caseiro não consegui ponto de enrolar, nem diminuindo a quantidade de leite de coco, apesar de ser um leite concentrado. Resultado é que comi aos poucos, da panela mesmo. Mas depois funcionou. Usava abacate para dar cremosidade na trufa, experimenta, Sandra, fica óootimo. Umas três colheres de sopa bem cheias para aquele tanto de chocolate que você usou.
(TAmbém errei bastante o burguer de girassol, mas agora peguei o jeito e… nossa senhora, que coisa de louco de tão gostoso. Até mesmo desidratando vira uns crackers delícia).
Fique com todo nosso amor, Sandra! Um beijo gigante.
Por favor, Fernanda, comente sempre! Não fica repetitivo coisa nenhuma comentar em cada post, isso vai é me deixar muito feliz 🙂
Obrigada pelo toque sobre o leite de coco caseiro. Já fui corrigir a receita das trufas, explicando que só dá certo com leite de coco industrializado. E muitíssimo obrigada pela dica do abacate. Não vejo a hora de testar!
Adorei tudo que você escreveu! Hoje em dia, depois de 30 anos de macrobiótica, sem comer nada de carne, quando alguém me cutuca, eu me calo e rio por dentro. O meu irmão tirava o maior sarro da minha cara, dizia que a minha comida era de campo de concentração. E ele faleceu aos 58 anos com câncer no fígado. Só comia fast food, tomava litros de refrigerantes, um monte de embutidos e pesava 180 kg. Por isso, a melhor resposta é o silêncio!
Que triste a história do seu irmão, Daniel. Sinto muito.
Adoro a farinha de grão de bico, o omelete com ela fica realmente delicioso! Essas piadinhas fazem parte da nossa vida, né?! O negócio é ser zen e ignorá_las. Obrigada pelas dicas!
Amei o texto, ri muito!! Comentários desses também já só me dão ou pena ou vontade de rir pela tamanha ignorância e/ou estupidez. A dança parece ser a melhor resposta de todas! 😛
Já fiz algumas omelete assim, vou fazer agora para o almoço com todas essas dicas, fiquei a babar para a foto!
Beijo*
Hahaha Confesso que ri!! Também vivo criando respostas imaginárias para manifestações desagradáveis! Já fui uma vegana mais raivosa, mas acho que o tempo me ensinou que não ajuda (Até atrapalha)! Adorei a ideia da dança interpretativa! Vou ver se uso hoje em um almoço de família (claro que sempre tem piadinha sem graça né! )
E esse omelete lindo vai ter de aparecer assim que eu comprar a farinha de grão de bico!
E conte mais sobre suas aventuras!
Sandrinha, este seu pãozinho……… água na boca só de ver.! ! O omelete com farinha de grão de bico, realmente fica muito bom. Obrigada pelas dicas.
verdade eu tmb sou vegana ,, mas ja briguei muito no começo,,,hoje finjo k esta tudo bem,,,mas sei k ñ esta,,,e k eu gostaria mesmo e de gritar ñ carne ñ !!
Sandra vc é demaisssssss!!!! Amei a dancinha interpretativa e já vou começar a praticar. Adoro seu blog e ler um novo post é um imenso prazer. Muitos bjs pra vc querida!
Olá Sandra, muito obrigada pela receita, comprei a farinha de grão de bico e fui uma das que te escreveu pedindo a receita com ela! rsrsrs. Sobre as piadinhas, acho lamentável! Eu nem sou vegetariana (como peixe) mas só por não comer carne e frango já ouço todo tipo de gracinha, em festa de família nem se fala! Bjs e parabéns pelas receitas que nos ajudam a ter dias menos carnívoros.
Adorei! É uma delícia ler vc!
Grata
Oi, Sandra. Me diverti ouvindo sobre a dancinha. Parei de comer carne em 1984, quando a medicina dizia que, para ser saudável, era necessário comer 11 g de carne por kg de peso vivo, por dia. Até chegar o momento em que as pesquisas sobre câncer dizem que a ingestão máxima deve ser de 500 g por semana. Ainda jovem, precisei abandonar a profissão de veterinária, mestrado, especializações e o sucesso já alcançado. Impossível me lembrar todas as histórias, boicotes e provocações vulgares que vivi. Sobrevivi com bom humor e determinação. Mas, nunca pensei em dancinha. Adorei.
Olá, querida, adorei este post. Realmente viramos ETs quando decidimos por uma alimentação alternativa. Também já ouvi muitas piadas, mas nunca, nunquinha tive dúvidas da minha opção. Me sinto uma nova mulher, um novo ser humano e cada dia que passa, percebo que foi uma das decisões mais sábias que tomei. Parabéns pelas atitudes e palavras. O mundo agradece. 🙂
Grata, Sandra, por mais esta partilha.
Lindo texto!!!!
Grata, Sandra, pela partilha.
Lindo texto!!!
A melhor resposta para qquer tipo de comentário é o silêncio e um sorriso maroto… não tenho paciência para ignorância. ..Não mais.. ponto
Muito grata! Venha conhecer a feira orgânica de Gonçalves (sul de MG) e me avise! conheci a Conceição Trucon da Comida viva dando palestra lá….você podia fazer o mesmo!!! E em campos do Jordão breve teremos o Festival de Ideias! A minha é produção farinha de trigo orgânico para pães sem glúten! Grande Abraço!
Adoraria visitar tudo isso (nunca fui à Minas), mas como só visito o Brasil uma vez por ano aproveito as férias pra ficar com a minha família em Natal. Mas quem sabe um dia?
Sandra, obrigada por compartilhar receitas tão especiais. Não sou vegana mas procuro comer, cada vez menos, carne (sobretudo a vermelha). Suas receitas me ajudam muito! E as histórias acabam temperando os pratos! Um beijo e tenha paciência (que eu não tenho) com os pobres de espírito.
Adoro o omelete de grão de bico, e com cogumelos deve ficar divino. Mas depois de ler o post, fiquei com vontade de tacos veganos
Sandra, sua etnografia antropológica foi ótima. Vem nos visitar quando estiver de novo em Natal. Aqui, no Programa de pós graduação em Antropologia da UFRN, tem muita gente vegana ou gradações vegetarianas fazendo pesquisas antropológicas sobre veganismo, alimentação e direitos animais, seria ótimo conhecê-la e contra também as nossas peripécias de comer sem carne no RN! Bj CGuilherme
Adorei o convite, Carlos Guilherme! Estarei em Natal a partir do mês de abril do ano que vem, então pode começar a se programar que eu terei o maior prazer em te conhecer e trocar ideia com o pessoal do seu departamento.
Perfeito, Sandra! Acho que poderá ser um diálogo muito bom com você, meus colegas e os alunos da graduação e pós. Email de contato é esse aqui: no.time.waste2010@gmail.com [é assim mesmo, rs..]
Não é uma loucura como o ser humano tem uma nescessidade de impor sua opinião e agredir aqueles que não concordam com a mesma???
Adoro sua receitas, seus posts e como vai pela vida de uma forma clara e otimista.
Beijos
Adorei o post! A sua constatação sobre o preconceito dos homens em não comer carne é bastante explorado no livro “A política sexual da carne”.
Isso mesmo, Cintia! Eu tenho esse livro e foi uma das coisas mais interessantes que já li.
Oie… Adorei!!! Vc anda muito espirituosa e engracada. Esse ultimo fds e hoje ja ouvi todo o tipo de comentarios engraçadinho da minha família, isto pq como carne, mas admiro e busco evoluir no veganismo. Amo suas receitas e divulgo para todos os curiosos q ousam em querer conhecer coisas novas. Hoje recebi uma paleta de beje do meu primo, q acha as cores do meu prato e a mesma dos biscoitos integrais. Ja cedi em casa, mas ja vai fazer 60 dias q consegui o apoio da minha mais velha, a pequena de 5, e a q mais aceita as novidadesno prato. Obrigada pelas receitas e tudo mais. Bjs
Não sei se todo mundo faz isso,mas recentemente descobri uma receita de crepioca vegana: acrescentar tapioca na massa de grão de bico,água e azeite. Fica uma delícia e é super prático e rápido . Se alguém fizer,me conte como ficou,ok. ♡♥♡
Oi Sandra! Vou compartilhar no facebook, se não te opões, porque quero que muitos amigos onívoros leiam e, quem sabe, caiam na real. Óbvio que vou dizer de que cabeça saiu. Realmente acredito que ler as tuas postagens pode ser um divisor de águas na vida de algumas pessoas. Estou com uma farinha de grão de bico em casa e queria fazer alguma coisa diferente de falafel. Vou experimentar hoje!
Sinta-se à vontade pra compartilhar o link, Raquel 🙂
Aff, como preconceito é uma coisa ridicula e sem sentido. Tirar o sarro de alguem porque ele se alimenta bem e não mata os animais é o cumulo da ignorancia. Não sou vegana por opção e comodidade, mas tiro meu chapéu para os que são. Veganos são pessoas com um grau de evolução superior.
Oi, Sandra!
Já tem um tempinho que conheço seu site e adoro o mingau de aveia e chia. ^.^
Há um mês estou na transição do ovo-lacto para o veganismo e suas receitas/histórias fazem ainda mais parte da minha vida culinaresca. Grata, muito grata por tudo o que partilha. Tenho toda certeza que se não fosse pela criatividade de mentes como a sua e a internet possibilitar essas pontes… seria muuuito mais difícil para mim fazer essa escolha.
Sabe, :/ meu omelete não deu certo. Estava toda contentona porque começou a soltar da borda e no momento que preparei a espátula de metal! para virar… reparei na mini lagoa de grão de bico no meio… mas virou foi um pirão. kkkk
Aqui matutando, revendo suas fotos e seu texto… será que o vilão foi o fato da minha frigideira medir 13,5 cm (peguei a régua agora, escrevendo estas palavritas) e eu ter colocado todo o conteúdo???? Na hora que vi o líquido do grão de bico subindo intuí algo, maaas continuei.
Você faz alguma outra ideia do que pode ter dado errado?
B-joletas
Tamara, é difícil saber exatamente o que deu errado sem ter presenciado a preparação do omelete. Mas concordo que a frigideira pode ter sido a culpada, afinal a camada ficou bem mais grossa do que deveria, fazendo com que a massa não cozinhasse direito. A camada de massa deve ser bem fina pro omelete dar certo, então use uma frigideira maior da próxima vez ou simplesmente coloque menos massa na sua frigideira pequena.
Adorei a receita e também as dicas e como elas são dadas – os detalhes. Obrigada pois este nivel de detalhe é trabalhoso. 🙂
oiii gostei muito do site, e ainda mais do conteúdo. Parabéns pelo contexto todo.
tenho apenas uma duvida, essa receita consigo fazer e congelar ela?? ou melhor mesmo fazer e logo comer?? grata pelo esclarecimento.
Nunca congelei esse omelete, mas é algo tão rápido de fazer que acho que descongelar/esquentar o omelete levaria o mesmo tempo de cozinhar um fresquinho, então não vejo interesse nisso. Você com certeza perderia na textura/sabor e no final das contas nem ia economizar tempo.
Esse molho de um dia pro outro da farinha serviria para tirar o fundinho amargo que ela tem? Ótimo blog!
Sim, mas também pra cozinhar mais rápido. O gosto amargo que você está sentindo também depende da marca da farinha. Umas são mais amargas que outras.
Caramba!!! Ri muito, ta dificil parar de ler suas postagens!!! Gratidão imensa por compartilhar experiências de vida e de cozinha!!! <3
🙂
Minha mistura da farinha com a água ficou bem líquida. É assim mesmo?
Sim.
Obrigada.
Oi! Dá pra usar funghi seco ou precisa ser cogumelos frescos?
Poxa como pude… melhor q isso só desenhando.
Amei o texto, vi um filminho, comédia. Isso é arte. Love you
🙂 Um dia alguém vai ter que fazer um comédia sobre isso, mesmo.
Oi Sandra! Tudo bem?
Muito obrigada por compartilhar mais uma receita maravilhosa!
Se eu mexer a farinha de grão de bico na frigideira, ao invés de um omelete, é possível que vire um ovo mexido vegano?
Obrigada.
Mais ou menos. Mas fica interessante 😉
Simplesmente Amei demais,
Hahaha, Esse texto foi tudo pra mim.
Estamos com uma assinatura de cogumelo, será uma ótima receita para aproveitar;
Sandra, reencontrei seu blog, que bom! Você é uma inspiração. Obrigada pelas receitas (e histórias) deliciosas!