Hoje a pauta é: como fortalecer o veganismo popular e se organizar dentro do movimento vegano. Bora lá.
Vocês sabiam que nos dias 27 e 28 de novembro aconteceu o segundo ENUVA, o Encontro Nacional da União Vegana de Ativismo? Foi todo on-line (a pandemia nos obrigou) e gratuito, reuniu pessoas de diferentes países e renovou nossa esperança. Bem no espírito da UVA. Se você perdeu as mesas/conversas, ou se viu e quer rever, tá tudo no nosso canal do YouTube.
E como centenas de participantes não fazem parte (ainda) de um coletivo antispecista, esse sábado (11/12) vai rolar mais uma reunião de acolhimento comigo e com outras/outros camaradas que constroem a UVA. Se você deseja fortalecer o veganismo popular e trazer sua contribuição pro movimento, esse encontro é pra você. Vamos contar como e por que a UVA foi criada, falar da estrutura dessa rede de coletivos, dos grupos de trabalhos e dos tipos de atividades que os coletivos podem fazer (mas são só sugestões, vocês podem fazer muito mais). Mais detalhes (e link pro evento) no Instagram da UVA.
Sobre coletivos, aqui está a lista (e contatos) dos coletivos antiespecistas alinhados com a UVA. Se ainda não tem um na sua cidade, aparece lá na reunião de acolhimento de sábado que também vamos falar sobre como criar um coletivo.
E falando em começar a militar… Durante o ENUVA dei uma oficina de militância, que chamei de “Desconstruir é bom, construir é melhor ainda.” Recomendo muito pra quem nunca militou e quer saber como é que funciona esse negócio, mas também pra quem já está na militância e acha importante construir espaços de luta acolhedores e saudáveis, sem perder a radicalidade e sem criar práticas opressoras dentro da nossa própria comunidade (cancelamento, estou olhando pra você!). Nessa oficina contei tintim por tintim minha trajetória de militante e as atividades que faço no momento. Como tem sempre muita gente me pedindo pra falar sobre a minha militância no dia-a-dia, acho que vai interessar vocês e talvez, talvez, inspirar e aumentar o imaginário de lutas.
E como oficinas de militância parece interessar o pessoal, no primeiro semestre de 2022 vou propor uma oficina de militância mais longa, detalhada e prática com a galera do Levanta Militante. Aguardem.
Se você apoia financeiramente o meu trabalho, saiba que o tão pedido canal Telegram Papacapim foi criado. Ele veio preencher o vazio deixado pelos stories daquela rede que não dizemos o nome, onde eu mostrava cenas do meu cotidiano e reflexões diversas relacionadas às lutas que ajudo a construir (principalmente sobre veganismo popular, mas também feminismo, vida LGBT+, movimento antiracista e anticolonial, internacionalismo…). Como é um canal, dá pra comentar o que publico por lá e ter de volta essa interação instantânea com a galera que acompanha o meu trabalho é uma delícia! Pra entrar no canal, que é privado e exclusivo pras pessoas que apoiam o Papacapim, confere o mural lá no Apoia-se que tem um anúncio explicando como fazer. E se você não apoia o meu trabalho por lá, considere a possibilidade.
E tem mais! Antes do final de 2021 a newsletter Papacapim pra apoiadoras/apoiadores vai se materializar na caixa de email das pessoas maravilhosas que possibilitam que eu siga trabalhando no fortalecimento do veganismo popular aqui e fora da internet.
(Se você não tem condições de apoiar financeiramente o trabalho que faço aqui, saiba que não te acho menos maravilhosa. E que você pode me ajudar de outras maneiras. Lendo e compartilhando o blog, por exemplo. Obrigada.)
Volto antes do final da semana com uma receita especial, porque não dá pra lutar de barriga vazia.
*Foto da ocupação nos jardins operários. Crianças do CoHab vizinho seguram a bandeira que colocamos ali pra lembrar que estávamos comemorando os 150 anos da Comuna de Paris.
Por ter voltado a trabalhar no mês passado (estou muito ocupado) e pelo meu computador ter quebrado nessa semana; estou mandando esse comentário hoje.
Por você ser uma multi-militante, você consegue dar oficinas sobre militância.
Legal saber sobre seu canal no Telegram, não consigo acessá-lo porque ainda não apoio o blog (ainda não consigo começar a apoiar o blog nesse mês), mas para você começar o ano bem, vou começar apoiar o blog no mês que vem.
Mesmo não sendo vegano, quero apoiar o blog, porque eu conheci os impactos ambientais da pecuária através do veganismo (coisa que não conheci através de ambientalistas que não são veganos); por mais que ainda coma peixe e frutos do mar, estou pensando em parar ou reduzir o consumo dessas coisas por motivos ambientais, porque nesse ano vi o documentário Seaspiracy e ele fala dos impactos ambientais do consumo de peixes e frutos do mar.
Entre os impactos ambientais que aparecem nesse documentário estão: se os peixes forem extintos do mar não vai ter algas, porque os peixes alimentam as algas e as algas absorvem gás carbônico; a pesca extensiva joga muitas redes de plástico no mar e o plástico pode acabar com a vida marinha; a coleta de camarões tem destruído mangues ao redor do mundo e os mangues são berçários da vida marinha; a aquicultura cria peixes próximos entre si e por ter muitos peixes próximos entre si, é um ambiente com muita concentração de fezes dos peixes.
O Seaspiracy é um documentário da Netflix. Caso você não consiga assistí-lo, vou deixar o site dele porque no site tem todas as obras acadêmicas presentes no conteúdo desse documentário: https://www.seaspiracy.org/facts.
Para o comentário não ficar muito longo, em um outro comentário comento mais sobre o que aprendi com o veganismo sobre os impactos ambientais da pecuária.