Estou mais uma vez em terras potiguares. É o meu terceiro dia aqui e meu corpo ainda não se acostumou com a temperatura do nosso verão. O choque térmico foi grande e lembrarei de evitar, no futuro, passar do inverno francês pro verão brasileiro. Mas o motivo das minhas vindas ao Brasil terem se tornado mais frequentes é porque preciso cuidar da minha mãe, então passei a planejar essas viagens de acordo com as necessidades daqui e as possibilidades de lá, não com o período do ano em que a temperatura é mais agradável.

Vou ficar em Natal até o final de março, cuidando da minha mãe (que tem Alzheimer) e curtindo a família. Esse mês faz 20 anos que moro no exterior, o que significa que já vivi a metade da vida fora. E por isso aprecio cada vez mais os momentos em que posso desfrutar da companhia das minhas irmãs, sobrinhas e primas. Além disso, aqui também tem maracujá.

Assim que meus pés desincharem e voltarem à sua cor orignal (no momento estão vermelho-tijolo) e que meu cérebro sair do estado de pirão em que se encontra, volto com receitas e histórias do meu território. Não me canso de repetir: aqui é o melhor lugar do mundo pra ser vegana, pois a abundância de vegetais e de receitas que os honram fazem a gente se perguntar por que danado ainda tem quem insista em comer animais.