Beba a minha terra

Quando a busca por pertencimento passa por ervas selvagens ou a história de refugiadas palestinas conectando-se às suas terras ancestrais por meio de um xícara de chá de ervas.

Para refugiados e refugiadas palestinas, o chá de ervas representa mais, muito mais, do que uma mistura de plantas e água quente. Elas bebem o “Balad”, a terra ancestral da qual foram expulsas. Elas bebem as lembranças da infância, as canções e as histórias das gerações que vieram antes delas. Elas bebem as colinas e vales proibidos que aparecem nos olhos úmidos de suas avós. E no caso de Sidra* e sua família, também bebem o suor, a ansiedade e o sorriso cauteloso de um camponês que atravessa muros, fronteiras e o poder colonial que entrincheira o povo palestino para trazer-lhes um pedaço daquela terra proibida, presente em um punhado de ervas.

Tudo começou no dia em que Sidra, uma refugiada palestina da terceira geração, me disse que tinha encontrado salsinha do seu povoado natal na feira, mas que não tinha podido trazer a erva para casa porque ela era mais cara do que as ervas cultivadas localmente e não cabia no seu orçamento.

Conheci Sidra que mora em um dos 19 campos de refugiados da Cisjordânia1 ocupada, quando me mudei para a Palestina em 2008. Criamos juntas um projeto para mulheres refugiadas, colaboramos durante alguns anos e nos tornamos amigas. Seus avôs e avós foram expulsas de seu povoado natal por milícias sionistas em 1948. A maior parte das terras desse povoado foi colonizada por residentes do recém-criado Estado de Israel, mas uma área permanece inabitada e as ruínas de algumas casas de pedra, antigo lar das habitantes nativas, são testemunhas da vibrante comunidade que um dia viveu naquele lugar. A salsinha que Sidra tinha visto na feira vinha das plantações próximas da colônia israelense que fica no topo das terras antes habitadas pela sua família. Lembro da dor na sua voz quando ela anunciou: “Não consigo nem sequer comprar as ervas que crescem nas nossas terras.”

Sidra cresceu ouvindo as histórias de sua avó materna. Histórias que descreviam o que a anciã considerava como lar. Um lugar onde as uvas tinham um sabor que não podia ser comparado a nada que crescia perto do campo de refugiados onde elas moram. Onde os pepinos tinham um gosto e cheiro deliciosos, enquanto os vendidos na feira local eram insípidos e inodoros. A avó falava das amendoeiras, dos pés de damascos e das oliveiras no pomar familiar e do quanto ela sentia falta de seus frutos. Por isso Sidra sonhava, desde muito pequena, em comer aquelas frutas e verduras. Ela nunca conseguiu visitar o povoado de seus avôs e avós, apesar do lugar estar a apenas 30 km de distância de onde ela mora hoje. Um muro de concreto, construído por Israel, bem como soldados israelenses e postos de controle militar, separam os dois lugares. Mas esses não são os únicos obstáculos entre Sidra e a terra de sua família. Como acontece com qualquer pessoa palestina da Cisjordânia ou da Faixa de Gaza ocupadas, ela precisa de uma autorização israelense2 para cruzar a Linha Verde (fronteira entre Israel e a Cisjordânia, reconhecida pela comunidade internacional), um documento que não é fácil de obter. Aquela salsa que ela não pôde comprar era o mais perto que ela conseguiria chegar de sua terra natal. Uma passagem comestível que a levaria, através do paladar, até lá.

Depois da minha conversa com Sidra sobre a salsinha comecei a perceber que essa saudade de frutas, legumes e ervas que crescem no lado proibido da Linha Verde era um fio condutor que unia palestinos e palestinas desenraizadas. Isso ficou evidente durante as entrevistas que fiz mais tarde com sobreviventes da Nakba, a “catástrofe” de 1948, quando as milícias sionistas expulsaram dois terços do povo palestino da Palestina histórica, que se tornaria em seguida o maior grupo de refugiados e refugiadas no mundo. Estes palestinos e palestinas eram adolescentes ou jovens adultas durante a Nakba. Sempre que eu lhes perguntava como era a vida em suas cidades e vilarejos de origem, elas falavam sobre a comida que crescia na terra e sobre o quanto elas sentiram falta dela.

Isso passou a me intrigar. Refugiados e refugiadas palestinas que vivem na Cisjordânia ocupada ainda têm acesso ao tipo de alimento que comiam em seus povoados de origem. A Palestina histórica é um território pequeno e você encontra mais ou menos os mesmos produtos alimentares onde quer que vá. Apesar de acreditar na sinceridade da avó de Sidra e das outras sobreviventes da Nakba com quem conversei quando elas elogiavam o sabor superior de qualquer coisa que crescia em suas terras, acho pouco provável que as frutas e legumes colhidos a apenas alguns quilômetros de distância de onde vivem hoje sejam significativamente superiores em termos gustativos. 

Os métodos agrícolas modernos, com suas sementes híbridas e agrotóxicos, empurrados para as agricultoras palestinas pelo agronegócio israelense ao longo dos anos, são provavelmente os verdadeiros culpados pela falta de sabor dos vegetais vendidos nos mercados palestinos hoje. É importante acrescentar aqui que muitas agricultoras e agricultores nunca pararam de usar sementes crioulas e ainda cultivam a terra da maneira tradicional, por isso é possível encontrar vegetais incrivelmente saborosos na maioria das cidades e povoados palestinos. Então comecei a desconfiar que, no fundo, não era exatamente do sabor dos vegetais que as sobreviventes da Nakba sentiam falta, mas sim de algo muito mais profundo.

Como antiespecista, me chamou a atenção o fato de as refugiadas que entrevistei nunca falaram sobre os alimentos de origem animal que comiam em seus vilarejos e povoados de origem. Por não estarem fisicamente conectados à terra, como é o caso das plantas, animais são atravessadores entre a comedora humana e o território. O mais perto que você pode chegar de comer uma terra sem realmente colocá-la na boca é comendo os vegetais que crescem nela. Para as sobreviventes da Nakba, alimentos vegetais representavam a conexão perdida com sua terra de origem. E era isso que as refugiadas palestinas nascidas no exílio desejavam: sentir o gosto do pertencimento.

Alguns anos atrás eu fui almoçar na casa de Sidra, no campo de refugiados em Belém, como eu fazia com frequência. Depois dos cumprimentos e beijos da chegada, ela disse que queria me mostrar algo. Sidra me levou para o pequeno pátio atrás de sua casa e apontou para uma bandeja de metal redonda, onde ervas de um verde pálido secavam. Vendo meu olhar de incompreensão, ela disse com uma voz cheia de alegria:

“São ervas do meu povoado!”

Enquanto preparava o chá com um punhado dessas ervas aromáticas, chamadas ‘corniyeh’ em Árabe, ela explicou como as obteve.

“Tem esse homem que vem ao campo de refugiados de vez em quando e vende corniyeh, za’atar3 e sálvia de nossos povoados em 48 (48 é o nome que palestinos e palestinas usam para se referirem às suas terras ancestrais, terras que hoje são consideradas parte do Estado de Israel, em referência ao ano em que a colonização sionista começou). Eu o conheci quando era criança. Minha avó estava conversando com uma vizinha na rua e de repente ela disse ‘Estou sentindo o cheiro do meu povoado!’ Alguns segundos depois ele apareceu na esquina da rua, empurrando um carrinho cheio de ervas frescas do nosso povoado.”

No dia em que descobri que havia um palestino levando ervas selvagens para refugiadas palestinas, ervas que tinham crescido em seus povoados de origem, também aprendi a visitar um lugar sem sair do sofá. Sidra colocou uma xícara da infusão feita com as ervas da aldeia de suas avós na minha mão e disse: “Esta é a minha terra. Beba a minha terra.”

Sidra também falou sobre como era importante que seus filhos e filhas consumissem essas ervas. “Minhas crianças não gostam de beber chá de sálvia, mas é bom para o estômago, então quando eles têm dor de estômago eu faço chá de sálvia. Elas sempre reclamam do sabor se estou usando sálvia normal, mas quando a sálvia é do nosso povoado eu aviso, então elas bebem o chá felizes. ”

Demorou anos até que eu finalmente pudesse encontrar o vendedor de ervas. Nunca sabemos quando ele vai aparecer e, por fazer um trabalho extremamente arriscado – ele foi detido por soldados israelenses e colocado na prisão várias vezes – ele pode desaparecer por meses. Além disso, por razões compreensíveis, ele estava relutante em falar com uma estrangeira. Cruzar a Linha Verde sem autorização não era a única lei israelense ele estava quebrando.

Em 1977, o Ministério do Meio Ambiente de Israel listou za’atar, sálvia e akoub4 como “espécies protegidas” pela lei. A justificativa foi que essas plantas estavam ameaçadas de extinção. Como resultado, tornou-se crime colher, possuir ou comercializar essas plantas e muitos palestinos e palestinas foram indiciadas e condenadas por não respeito a essa lei. A proibição de colher essas plantas não se baseia em uma base factual confiável. Qualquer pessoa que tenha visitar a Palestina pode observar que za’atar e sálvia crescem abundantemente pelas colinas. Por isso em 2019 a organização Adalah – Centro Legal de Direitos de minorias Árabes em Israel – entrou com uma ação na justiça israelense para exigir a descriminalização da colheita de za’atar, sálvia e akoub e o fim da perseguição a coletores e coletoras de ervas palestinas. Em resposta, as autoridades israelense declararam que “iriam rever as leis de proibição para permitir a colheita para o uso pessoal”.

Proibir palestinas de acessar alguns dos ingredientes mais importantes da sua culinária é mais uma tentativa israelense de destruir a identidade palestina, atacando sua cultura alimentar e abrindo caminho para a limpeza étnica contínua do povo palestino. Como a escritora palestina Mariam Bargouti disse: “Nós, palestinos e palestinas, não estamos sendo expulsas de nossas cidades e terras ancestrais apenas por meio de demolições de habitações, colônias ilegais, revogações arbitrárias de residência ou balas. Nós também estamos sendo expulsas pela impossibilidade, fruto de um esforço sistemático, de exercer nosso modo de vida próprio dentro do nosso próprio país.”

Foi quando fiquei sabendo do que acontecia em Al-Araqib que pude ter a dimensão da importância do za’atar para o povo palestino. Al-Araqib é um vilarejo beduíno palestino no deserto do Naqab, tristemente famoso por ter sido destruído mais de 170 vezes pelas autoridades israelenses desde 2010. Enquanto as escavadeiras israelenses demoliam, mais uma vez, habitações e tanques de água, as pessoas que fazem parte dessa comunidade cantavam: “Permaneceremos / Permaneceremos / Enquanto houver za’atar e azeitona.” 

Colher za’atar selvagem é um ato de resistência, assim como beber erva-mate em 1616, quando o governador do Paraguai proibiu seu consumo, descrevendo-o como um vício. Que força, eu me pergunto, reside nessas ervas para obrigar os colonos a bani-las e a tratá-las como uma ameaça à segurança?

Ciente do risco que aquele palestino corria para realizar um ato de resistência tão carregado de simbolismo, eu seguia decidida a conhecer o “traficante de ervas”, como passei a me referir a ele. Até que em uma manhã de primavera em 2019 Sidra me ligou dizendo que não só o vendedor de ervas tinha sido libertado da prisão israelense, mas que ele estava no campo de refugiados naquele momento e tinha finalmente concordado em falar comigo. Corri para a casa da minha amiga, onde tive que esperar algumas horas, com uma ansiedade que as muitas xícaras de chá oferecidas por ela não conseguia aliviar, até que ele terminasse de vender a carga de ervas daquele dia.

Ele finalmente apareceu acompanhado por um de seus filhos, os últimos ramos de cornyieh no fundo de seu carrinho. Depois do café e da baklava, doce típico recheado com nozes ou amêndoas, oferecidos por Sidra, ele aceitou responder as minhas perguntas.

“Comecei a fazer esse trabalho com meu pai, no início dos anos 80, quando era muito mais fácil cruzar a Linha Verde. Eu não sou a única pessoa trazendo ervas selvagens de aldeias palestinas despovoadas em 48 para seus habitantes originais, agora morando em campos de refugiados. O exército israelense me prendeu algumas vezes, sim. Da última vez, eles invadiram minha casa durante a noite e atiraram no meu filho”. O filho dele levantou a camisa e nos mostrou as cicatrizes.

“Naquela noite fui preso com outro filho meu, que ainda está na prisão. Eu continuo fazendo esse trabalho porque conseguir um emprego é muito difícil na Palestina. Tenho poucas opções. É colhendo e vendendo essas ervas que consigo colocar comida na mesa da minha família. ”

Seu filho tirou o telefone do bolso e nos mostrou fotos dos povoados onde eles colhem ervas. A família da minha amiga nunca tinha visto fotos dopovoado de origem dos seus avôs e avós e foi um momento de muita emoção. “Você poderia nos enviar essas fotos, por favor? ” pediu o marido de Sidra.

Esperei anos por este encontro e confesso que imaginei que seria algo mais espetacular, com histórias sobre caminhos complicados para chegar às aldeias destruídas e maneiras astutas de evitar ser pego por soldados israelenses. Mas na minha frente estava um camponês humilde que, além de conduzir o arriscado negócio de ervas, também cultivava um pequeno pedaço de terra ao lado de sua casa, apesar de todas as restrições ao acesso à água, impostas pelo governo israelense às agricultoras e agricultores palestinos. Ele não via heroísmo nenhum em suas ações.

“Você não tem medo de continuar atravessando a fronteira depois de ter sido preso tantas vezes? ” perguntei. Ele se contentou em balançar negativamente a cabeça e seu filho, se dirigindo a mim pela primeira vez, acrescentou: “É a nossa terra. Por que deveríamos ter medo de andar na nossa própria terra? ”

Quando eu disse a Sidra que gostaria de escrever sobre a história do vendedor de ervas, ela quis compartilhar comigo algo extraordinário que aconteceu há muitos anos. Um dia a avó de Sidra foi visitar seu filho, um combatente da liberdade (pessoa que participa da resistência armada à colonização israelense da Palestina) servindo uma pena de 30 anos em uma prisão israelense. Essas visitas só são possíveis com uma autorização israelense e a logística é controlada pelo exército. As pessoas palestinas indo visitar seus familiares presos se reúnem em um posto de controle militar israelense e um ônibus especial as leva diretamente para a prisão, no deserto do Naqab, dentro da Linha Verde. Elas não podem ir a nenhum outro lugar do lado de lá da fronteira e o ônibus nem sequer tem autorização para parar no caminho. Mas naquele dia o ônibus onde se encontrava a avó de Sidra quebrou enquanto voltava da prisão e o motorista foi obrigado a parar em uma movimentada estrada israelense, que passa do lado de uma floresta. As passageiras, quase todas mulheres e idosas, desceram do ônibus para esperar do lado de fora enquanto o motorista tentava consertar o motor. A avó de Sidra reconheceu o lugar onde tinham parado: “Estamos perto do meu povoado”, ela disse às outras mulheres. Então algo extraordinário aconteceu. As mulheres, lideradas pela avó de Sidra, começaram a caminhar na direção da floresta, enquanto o motorista gritava, desesperado: “Voltem! Você não têm autorização para pisar aí! ” Ignorando os gritos do motorista e a lei imposta pelo poder colonial, elas atravessaram a floresta e caminharam até o povoado palestina despovoado em 1948, que elas não tinham visitado desde então. Chegando lá elas sentaram-se sob as árvores, ao lado das ruínas das casas, e choraram. E, claro, elas não foram embora sem antes colher as ervas silvestres que nascem ali, que elas carregaram consigo de volta ao campo de refugiados.

Epílogo

Depois do encontro com o vendedor de ervas visitei o povoado da família de Sidra. Como estrangeira, posso cruzar a Linha Verde sempre que quiser e, graças a um aplicativo desenvolvido por palestinas residentes em Israel, consegui encontrar sua localização exata. Depois de caminhar um pouco pelo local avistei as ruínas de algumas casas de pedra e um poço. Todo o resto tinha sido destruído, mas as oliveiras e as amendoeiras ainda estavam lá. Sentei-me debaixo de uma árvore, assim como a avó de Sidra tinha feito, e liguei para a minha amiga.

“Minha querida, adivinha onde estou?” perguntei.

Sidra não teve dificuldades em adivinhar e perguntou, brincando, se eu tinha encontrado a casa da sua avó. Sem surpresa, ela encerrou a conversa com um pedido: ”Por favor, colha za’atar ou qualquer outra erva que você encontrar aí e traga para mim.” E foi o que fiz. Escondi um enorme buquê de za’atar e alguns ramos de sálvia na minha mochila e no caminho de volta, enquanto atravessava um posto de controle militar israelense, não pude deixar de rir do fato de que eu também tinha passado a traficar ervas.

Za’atar.

*Os nomes foram modificados no artigo.

1- “Cisjordânia” faz referência à parte da Palestina histórica que fica entre a Jordânia e o que é conhecido hoje como Israel. A Cisjordânia é lar de mais de 3 milhões de palestinos e palestinas, das quais quase 900 mil são refugiadas (de acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio). A população palestina na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental vive sob o controle total do exercito israelense, num regime de ocupação militar, desde 1967. 

2- Pessoas palestinas vivendo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza precisam de uma autorização do governo israelense para entrar no resto da Palestina histórica. Essa autorização não é fácil de conseguir, por isso muitas pessoas palestinas nunca saíram dos enclaves onde estão confinados pela colonização israelense. 

3- Za’atar é uma erva da família do orégano (Origanum syriacum), que é a alma da culinária palestina (e dos países vizinhos). 

4- O nome botânico dessa planta é gundelia. Ela cresce de maneira selvagem nas montanhas e no início do ano palestinas colhem o akoub jovem, que é considerado uma iguaria na culinária palestina. Seu sabor delicado lembra aspargos e alcachofra. 

(Escrevi esse texto como parte do projeto Baladi, que documenta iniciativas palestinas de resistência ao colonialismo israelense através da agricultura. Baladi é um projeto multimídia, feito por uma equipe de 4 pessoas: Anne Paq, fotógrafa francesa, Craig Redmond, cinegrafista britânico, Ahmad Al-Bazz, fotógrafo palestino e Sandra Guimarães, escritora – no caso, eu mesma;) O texto foi publicado em setembro de 2021 nos Cadernos do Observatório Brasileiro de Hábitos Alimentares (Obha), da Fiocruz, mas eu queria muito que ele fizesse parte do blog também.)

3 comentários em “Beba a minha terra

  1. Sempre dou uma olhadinha no blog pra ver alguma dica de receita nova, quando vi que era sobre a Palestina, pensei em deixar pra ler quando estivesse com mais tempo, mas não consegui parar e me emocionei muito. Suas palavras sempre carregam delicadeza, mesmo contando histórias tão fortes. Obrigada por compatilhar =*

  2. Quanta saudade, quanta memória ervas, chás, temperos carregam…
    Ser expulsos da sua terra, sua casa!…
    ..e ser proibida de até mesmo visitar!
    É muita violência e injustiça!

  3. Me aperta o peito de indignação e emoção saber da situação do povo palestino, refugiados em sua própria terra. Obrigada por compartilhar conosco essas histórias, Sandra.

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