Chega de guardar segredo, preciso dividir uma novidade com vocês. (fecha os olhos, respira fundo e lá vai) Estou escrevendo um livro de receitas.
Continuar lendo “Novidades”Autor: papacapim
Panquecas em Berlim
Com vocês, o último vídeo gravado durante as férias na Europa em agosto. Pois é, levou quase seis meses pra ficar pronto, e Ricardo da Vege TV já devia ter perdido as esperanças de um dia vê-lo, mas valeu a pena. A receita do vídeo é a panqueca de batata alemã que aprendi com…hum, uma pessoa que passou pela minha vida. Ela já apareceu aqui no blog (a panqueca, não a pessoa), mas dessa vez resolvi testar um molho novo de inspiração alemã e aconteceu o que parecia impossível: a receita ficou ainda melhor.
Continuar lendo “Panquecas em Berlim”Só o bom senso salva
Depois de fazer furor nos States, parece que a semente de chia virou a comida saudável da moda no Brasil. Quando escrevi sobre como preparar essa sementinha, ela ainda era uma desconhecida por aí, mas depois de ter aparecido algumas vezes na telinha brasileira a chia virou estrela. Desde então muitas pessoas me escreveram querendo saber como usar essa nova maravilha da natureza. Falei tudo o que sabia sobre a chia naquele post, mas pensei em voltar ao assunto por dois motivos. Primeiro porque fico extremamente incomodada quando uma comida ganha fama de “super alimento”. Segundo porque descobri uma maneira nova de comer chia e queria dividir essa deliciosa receita com vocês. Mas comecemos pelo começo. Continuar lendo “Só o bom senso salva”
A solução é muito simples
Alguns alimentos considerados “saudáveis” pela maioria das pessoas não são muito populares aqui em casa. Eu falei de barrinhas de cereal industrializadas nesse post e o criticado da vez hoje é o suco de frutas. Estou me referindo aqui a sucos naturais, feitos com frutas frescas. Sucos industrializados são tão ruins que acho que ninguém mais pensa que é bom pra saúde, não é?
Continuar lendo “A solução é muito simples”Monsieur Carotte
Esse post vai ser curtinho, só pra avisar que o endereço do blog mudou. Agora sou a dona do meu domínio e vocês podem me encontrar no papacapim.org. Quem salvou o antigo endereço não precisa se preocupar, wordpress encaminha diretamente pro novo.
Também queria apresentar um amigo meu, Monsieur Carotte. Apesar da cabeleira rasta, Monsieur Carotte é francês, daqueles que adoram comer croissant no café da manhã. Nos conhecemos em agosto do ano passado, quando estava de férias no interior da França. Tirei essas fotos pra imortalizar o momento. (Minha cunhada Claire, que é uma artista incrível e que teve a imensa gentileza de criar o logo do blog pra mim, arrumou Monsieur Carotte pras fotos. Merci, Claire.)
Continuar lendo “Monsieur Carotte”Como preparar algas marinhas

Até algum tempo atrás eu só conhecia um tipo de alga, a nori, e uma utilização, enrolar maki. Um dia, quando eu ainda morava com minha grande amiga Johanna, ela chegou em casa com um pacote de wakame. Fiquei olhando aquilo com desconfiança, mas ela me garantiu que era uma delícia. Depois de deixar o wakame de molho, ela preparou uma salada com a alga e outros ingredientes dos quais não me lembro. Minha memória só registrou a enorme montanha de alga sobre a mesa e a impressão de estar comendo um pedaço do mar. Pra grande decepção de Johanna, não aprovei sua amada alga marinha, mas a experiência serviu pra alguma coisa. Descobri que existiam outros tipos de algas e outras maneiras de degustá-las. E decidi que eu ia gostar daquilo, pois Johanna parecia tão incrivelmente descolada comendo sua pratada de wakame com todos aqueles dreadlocks ruivos ao redor da cabeça! Eu também queria ser descolada e era mais fácil comer alga do que colocar dreads nos cabelos. Quatro anos se passaram e hoje, pra minha grande felicidade, eu adoro o sabor dos legumes do mar.
Continuar lendo “Como preparar algas marinhas”Sobre rótulos e barrinhas de cereal
Acho que todo professor de Português deveria fazer análise de texto com embalagens. Ler a lista de ingredientes dos produtos alimentícios industrializados é algo absolutamente fascinante (e apavorante). Talvez os professores achem minha ideia estranha (“Só podia ter saído da cabeça de uma cozinheira formada em linguística!”), mas quando vejo pessoas comendo porcaria pensando estar comendo algo saudável fico com muita pena. Quando adquirimos o hábito de ler a lista de ingredientes dos alimentos que ingerimos ninguém mais consegue nos enganar.
Continuar lendo “Sobre rótulos e barrinhas de cereal”Dezembro
Mês passado Celine, a irmã do meio de Anne, veio nos visitar pela primeira vez. Vivemos cercadas de belezas naturais, mas nosso ritmo de trabalho é tão intenso que só mesmo quando recebemos visitas nos “forçamos” a aproveitar. E porque hoje é segunda e o dia está frio e escuro, comecei a olhar as fotos e relembrar essas ensolaradas micro férias que tiramos quando Celine estava aqui. (Conselho: clique nas fotos menores pra aumentá-las e admirar melhor as belezas desse lugar.)
Continuar lendo “Dezembro”O prato preferido dela
Já expliquei aqui no blog que não sou muito chegada a macarrão, mas acontece que a senhora papacapim, aquela fotógrafa francesa que casou comigo, adora. Ela poderia comer macarrão todos os dias e ser feliz. A única coisa que a impede de fazer isso é que a cozinha é o meu território (ela só tem direito de entrar lá pra lavar a louça) e quem escolhe o que a gente come aqui nessa casa sou eu (e tenho dito!). Mas, pra ninguém me chamar de tirana (não que ela esteja reclamando dos meus quitutes, longe disso!), o cardápio da sexta é ela que escolhe. E adivinha o que ela escolhe s-e-m-p-r-e? Pois é, sexta é dia de macarrão aqui em casa. Por que sexta? Porque é o dia mais puxado pra ela, quando ela cobre várias ações (pense nos fotógrafos sem fronteiras) e depois de passar horas tentando fotografar dentro de nuvens de gás lacrimogêneo, desviando das bombas de som e se protegendo das balas, bem, ela merece um pratão de macarrão. E minha tirania gastronômica amansa quando a senhora papacapim precisa de reconforto.
Continuar lendo “O prato preferido dela”Parmepão
Os posts sobre cosméticos deram o que falar! Muito obrigada pelas dicas deixadas nos comentários. Essa troca de conhecimentos é uma das coisas que mais aprecio aqui no blog. Também gostaria de agradecer a Lia, que chamou minha atenção pra algumas informações erradas na parte do texto sobre os gânglios linfáticos (isso que dá escrever sobre um assunto que não domino, mas já corrigi), e a Simone, uma dentista que generosamente compartilhou um pouco de sua experiência conosco. Seguindo os conselhos de Simone, estou usando sempre a escova sozinha pra limpar os dentes (às vezes com uma gotinha do óleo essencial de hortelã) e na última escovação do dia, depois de passar o fio dental e a escova sozinha, espalho delicadamente um pouco do pó dental pra complementar a limpeza. Assim diminuo o risco de desgastar o esmalte dos dentes e aproveito os benefícios do pó dental (dentes mais claros, menos bactérias na boca e ph da saliva balanceado).
Continuar lendo “Parmepão”Cosméticos naturais
No último post dei as seguintes dicas pra diminuir o número de produtos tóxicos que entra no organismo através da pele e ajudar a acabar com o sofrimento inútil de animais em laboratórios:
1- Reavalie suas necessidades em cosméticos e use somente o necessário.
2- Não compre cosméticos que foram testados em animais.
3- Prefira produtos/cosméticos naturais, pois geralmente eles são mais seguros e éticos.
4- Fabrique seus cosméticos em casa, utilizando ingredientes naturais.
Continuar lendo “Cosméticos naturais”Tudo sobre os seus cosméticos
Faz muito tempo que estou devendo a uma amiga um post sobre as empresas de cosméticos que testam em animais. Eu queria escrever um artigo que tratasse não só da questão dos testes, mas também da necessidade de cosméticos, do perigo que eles podem representar pra saúde e oferecer algumas alternativas práticas.
Continuar lendo “Tudo sobre os seus cosméticos”Vocês merecem abraços e sorvete
Feliz ano novo a todos os leitores do papacapim! 2011 foi um ano maravilhoso pra mim e vocês são responsáveis por isso. Esse blog, que começou tão timidozinho, recebeu quase 120 mil visitas nesse ano que passou, enchendo a mãe de orgulho. Muito obrigada pela presença, pelos comentários e pelos e-mails. Eu gostaria de abraçar e cozinhar pra cada um de vocês. Vocês são fantásticos! Mas vamos voltar a falar de comida antes que eu me emocione demais.
Continuar lendo “Vocês merecem abraços e sorvete”Verdoso, mas gostoso
Aqui na Palestina o pessoal não é muito chegado a coentro. Eles colocam salsinha em todas as saladas, usam hortelã e sálvia no chá e temperam vários pratos com tomilho. Tem até um condimento típico que eles adoram chamado za’tar, uma mistura de tomilho seco e gergelim, que eles gostam de misturar com azeite e comer com pão. Mas coentro? Eles usam a semente em pó, mas nunca a erva fresca. Pelo menos nunca vi minhas amigas palestinas cozinhando com coentro e nem sequer vendem coentro na feira.
Continuar lendo “Verdoso, mas gostoso”Mais aveia na minha vida
Provavelmente a descoberta culinária mais excitante que fiz esse ano foi: aveia salgada é uma delícia. Não é engraçado como alguns cereais parecem destinados a ser salgados, enquanto outros só são consumidos em receitas doces? Aveia é uma das minhas comidas preferidas e, olha como tenho sorte, acontece de ser um dos alimentos mais saudáveis que existe. Por esses dois motivos tento comer aveia regularmente. Cansada de transformar minha aveia em papa, comecei a colocá-la em bolinhos doces e salgados, no pão… Mas eu sabia que ainda não tinha explorado todo o seu potencial. Então lembrei de uma receita indiana que foi meu café da manhã durante as semanas que passei por lá.
Continuar lendo “Mais aveia na minha vida”Natal em Belém, Palestina
Eu não sigo nenhuma religião, mas passar o natal em Belém é algo especial, mesmo pra mim. Não é a data que me emociona, mas o lugar. Segundo contam por aqui, quando Jesus nasceu a estrela de Belém guiou os três reis magos até o lugar do nascimento. O caminho que eles fizeram virou uma rua, a rua da estrela. É nessa rua que moro. No lugar do estábulo hoje está a igreja da Natividade. Se eu caminhar até o final da minha rua, chego em frente à igreja. Gosto de caminhar devagarzinho, parando de vez em quando pra tocar com as pontas dos dedos as pedras que estão aqui desde aqueles tempos antigos. A foto acima é a minha rua, iluminada pro natal. Os reis magos não precisariam mais da estrela pra guia-los se passassem por aqui hoje…
Continuar lendo “Natal em Belém, Palestina”Menu de natal 4, parte 3
Essa receita era o tema do vídeo que fizemos em Bruxelas em agosto, e que eu deveria ter publicado aqui no blog meses atrás. Acontece que durante a edição percebemos que tinha um problema com o som e o vídeo foi parar na lixeira. Mas a receita era boa demais pra acompanhá-lo e felizmente eu tinha feito algumas fotos do pavê no dia da filmagem. Desde então guardo essa delícia no meu baú de receitas, esperando um momento especial pra publicá-la. Esse momento acaba de chegar.
Continuar lendo “Menu de natal 4, parte 3”Menu de natal 4, parte 2
Antes que perguntem, a “tourte” acima não foi um erro de digitação. Eu estava procurando um nome que pudesse descrever o prato que criei especialmente pro quarto menu de natal e como não achei nada em Português que expressasse fielmente o conceito, optei pelo nome em Francês (leia “turt”). Na França, uma torta (“tarte” em Francês) é uma massa coberta com um recheio, enquanto que a “tourte” é uma torta fechada, ou seja, tem uma camada de massa, o recheio e uma segunda camada de massa cobrindo tudo. Pra ficar ainda mais complicado, minha tourte é individual, triangular e nada ortodoxa. Mas vamos deixar de lado esses problemas de nomenclatura e nos concentrar na gostosura, pois, como diria Shakespeare, se a tourte tivesse outro nome, ainda assim ela teria o mesmo sabor.
Continuar lendo “Menu de natal 4, parte 2”Menu de natal 4, parte 1
Como prometido, aqui vai a quarta sugestão de menu de natal vegano. Esse menu, todo inédito, vai chegar aos pouquinhos: hoje publico uma entrada/aperitivo, amanhã o prato principal e quinta, a sobremesa.
Tapenade é uma pasta de azeitonas (tradicionalmente pretas, mas também existe tapenade de azeitonas verdes) típica do sul da França. A receita original leva anchovas, mas essa é minha versão veganizada. Se o gosto forte da azeitona preta não te agrada, fique longe dessa receita, mas se você joga no time de Olívia Palito essa pasta vai fazer sucesso. Eu adoro tapenade e desde que aprendi a fazer em casa é difícil ficar sem um potinho dela na geladeira. E além de deliciosa, essa pasta é muito versátil. Ela casa maravilhosamente bem com uma baguete fresquinha e crocante, mas pode ser usada como condimento e incrementar uma salada de macarrão (ela desempenha um papel semelhante ao pesto), uma torta salgada, uma pizza ou um sanduíche. Mas por ter um sabor potente, é melhor usar em pequenas quantidades. Você vai precisar de azeitonas de ótima qualidade, estilo grega (aquelas conservadas no azeite), mas os outros ingredientes são fáceis de encontrar e a preparação não podia ser mais simples (e rápida). Esforço mínimo, resultado máximo. Meu tipo preferido de receita.
Continuar lendo “Menu de natal 4, parte 1”Sugestões para um natal vegano
Precisando de inspiração vegana pro natal desse ano? Vasculhei as receitas publicadas aqui no blog e formei três sugestões de menus. Você pode misturar pratos de diferentes menus, claro, ou procurar no índice de receitas pra ter mais ideias. Estou publicando a lista hoje pra você ter tempo suficiente de comprar os ingredientes antes de sábado. Também estou preparando um quarto menu com receitas inéditas, que postarei nos próximos dias.
Continuar lendo “Sugestões para um natal vegano”