Antipasti

Antipasto de beringela e abobrinha com alho e hortelã

Durante o verão do ano passado, a pedido da minha amiga Lílian, fiz uma série de posts sobre pastas e patês pra servir na hora do “aperitivo”. Esse ano pensei em publicar receitas de antipasti, que também são ótimos pra essas ocasiões e que podem até servir de refeição leve quando o calor nos impede de preparar pratos mais elaborados. Confesso que essa idéia foi muito oportuna, já que ando sem tempo nem disposição pra cozinhar algo quente. Sei que teoricamente é inverno no Brasil, mas o calor no Nordeste e no Norte continua o mesmo. O pessoal que mora nas regiões mais frias pode testar as receitas mais tarde (quem quiser se esquentar com uma sopinha é só procurar na lista de receitas do  blog).

Continuar lendo “Antipasti”

Vale do Jordão

Já que estou sem tempo de cozinhar algo digno de aparecer por aqui, vou continuar falando das minhas atividades extra-gastronômicas. No fim de semana passado pude visitar, pela primeira vez, o vale do Jordão. Sem entrar nos detalhes geo-políticos, essa região fica no norte da Cijordânia, nas margens do Rio Jordão. Pra quem está se perguntando onde fica a Cijordânia aqui vai a resposta: a Palestina hoje é dividida em duas partes, a maior fica entre Israel e a Jordânia e é chamada de Cijordânia e a pequena língua de terra entre Israel e Egito é a Faixa de Gaza. O vale do Jordão é o lar de muitas tribos beduínas, que vivem essencialmente do cultivo da terra e da criação de ovelhas e cabras. A maior cidade da região é Jericó, a mais antiga cidade habitada do mundo (mais de 10 mil anos) e a mais baixa (260m abaixo do nível do mar). Há tempos que Anne trabalha nesse lugar, junto com o coletivo de fotógrafos do qual ela faz parte. Por ser uma área de difícil acesso, e por estar sempre ocupada com meu trabalho em Belém, eu nunca tinha visitado o Vale do Jordão. Temos uma amiga francesa que trabalha em uma ONG local e como eles estavam precisando de voluntários sábado, resolvi juntar a vontade de ajudar com a de visitar e acompanhei Anne (que estava indo por causa do trabalho).

Continuar lendo “Vale do Jordão”

Antes das férias… saladas

Panzanella

Todo ano vejo o mesmo fenômeno se repetir: as quatro semanas que antecedem as férias são as mais ocupadas do ano inteiro. Parece que as atividades vão se acumulando lentamente e discretamente, pra não chamar minha atenção, durante os outros onze meses do ano e um mês antes das férias, bum!, elas explodem na minha cara. Acredito que isso aconteça com a maioria das pessoas, às vezes mais de uma vez por ano (eu também estava nesse estado antes do natal). Mas eu aguento caladinha porque no final tem uma super recompensa: férias. Só eu, minhas olheiras e meus músculos doloridos sabemos o quanto preciso de descanso. Sem contar que minha cabeça cheia precisa ser esvaziada, pelo menos parcialmente, do seu conteúdo pra deixar espaço pra idéias novas se instalarem.

Continuar lendo “Antes das férias… saladas”

Depois do vídeo, a receita

Gnocchi com tomate cereja e molho de manjericão e amêndoas

Muito obrigada a todos que deixaram comentários no post anterior dizendo que tinham apreciado o vídeo. O entusiasmo de vocês me comoveu muito. Ainda não posso garantir nada, mas acho que outros vídeos virão.

Como prometido, aqui vai a receita dos gnocchi em versão escrita. Quando filmei a receita estava nervosa e acabei falando bobagem. Aproveito então pra fazer as devidas correções. Por favor, amassem as batatas quentes. De tanto refilmar a cena onde amasso as danadas das batatas (por alguma razão misteriosa, meu cérebro empacou e eu não sabia mais como falar a palavra “batata”), elas esfriaram e acho que isso acabou me confundindo. Amassem a polpa da batata quando ela ainda estiver bem quente, depois esperem esfriar completamente antes de juntar a farinha. Minha adorável irmã mais velha me mandou um email dizendo “Adorei o vídeo mas acho que seus gnocchi ficaram salgados”. Ela tinha razão: enchi demais as colherinhas de sal. Já tentaram cozinhar na frente de uma câmera? É estressante, amigos! O gnocco (singular de gnocchi) sozinho ficou salgadinho, mas misturado com o tomate cereja, que estava super doce, e o molho ficou perfeito. Mas cada um salgue a massa de acordo com suas preferências (pro meu grande espanto Anne quis colocar mais sal no seu prato, mas eu não deixei). Minha irmã também disse: “Você meteu o dedo dentro do molho duas vezes e lambeu. Quando virar Ofélia acho bom não fazer isso” , mas minha irmã nem sempre tem razão.

Continuar lendo “Depois do vídeo, a receita”

Surpresa!

Esse é o centésimo post que escrevo e ele vem com uma surpresa. Aquela surpresa da qual falei um tempo atrás. Um dia Ricardo da Vege TV deixou um comentário aqui no blog perguntando se eu não toparia fazer um vídeo pra eles e se eu morava em São Paulo. Respondi que morava na Palestina e que não queria fazer vídeo não, senhor, pois morro de vergonha dessas coisas e prefiro continuar escondidinha na minha caverna nos confins do Oriente Médio. Mas Anne estava do meu lado e me obrigou a aceitar o convite. Ela, além de ser uma fotógrafa super talentosa, trabalha com vídeo e já fez até um curta metragem que foi mostrado em vários países. Como ela se propos a fazer o vídeo, a perspectiva de trabalharmos juntas me animou e reescrevi o email dizendo “Claro, pois não, com todo o prazer.” Depois passei a noite acordada pensando na vergonha que ia passar.

Continuar lendo “Surpresa!”

Um dia…

Crackers de linhaça e aveia

Alguns dias atrás vi a lista dos 50 melhores restaurantes do mundo desse ano e fiquei muito feliz em descobrir que o paulista D.O.M. ficou em sétimo lugar (eles eram o número 18 ano passado). Se você ficou curioso pra saber quem é o número 1, a resposta é Noma, em Copenhague (lista completa aqui). Eu admiro muito o trabalho do chef Alex Atala, criador do D.O.M. Ele foi buscar inspiração na Amazônia, incorporou produtos tipicamente brasileiros, como palmito pupunha, baru, jambu, tucupi e até priprioca, nos seus pratos e sua culinária 100% tupiniquim não só provou ao mundo, e aos brasileiros, que sim, temos uma identidade gastronômica própria e digna de interesse, mas também criou um movimento de valorização dos produtos da terra que foi seguido por vários outros chefs. Só não gosto mais de Atala porque alguns anos atrás li na revista Trip uma declaração dele que me deixou chocadíssima. Ao falar do impacto da nossa alimentação na crise climática, ele disse algo como “E vegetarianismo não é a solução, já que o cultivo da soja está destruindo a Amazônia”. Eu já ouvi esse disparate da boca de algumas pessoas que nunca colocaram o pé no Brasil, mas não esperava essa ignorância de alguém que conhece a Amazônia tão bem e trabalha diretamente com nativos da região. Mas torço pra que ele tenha descoberto que a soja da Amazônia serve pra alimentar o gado que vai virar bife pro onívoro, não pra fazer tofu pro vegetariano e não pude deixar de ficar feliz pelo D.O.M. fazer parte dos sete melhores restaurantes do mundo e ter recebido o prêmio de “Melhor Restaurante da América do Sul”.

Continuar lendo “Um dia…”

A arte de fazer risotto vegano

Risotto de alecrim e limão com tomates cereja assados

Ontem comecei um projeto novo e totalmente inusitado. Passamos o dia inteiro, eu e Anne, minha parceira na crime (e na vida), realizando essa idéia maluca. Não posso contar nada por enquanto, mas vem surpresa por aí.

Enquanto isso estou curtindo as últimas noites fresquinhas, antes do calorão contínuo do verão, com jantares à luz de velas no nosso pátio e risotto primaveril. Nunca tinha comido risotto na vida quando me deparei com a receita nas costas de uma caixinha de arroz. Achei interessante e quis experimentar. Degustei meu primeiro risotto em casa, preparado no meu fogãozinho elétrico que queimava o fundo de todas as panelas. Pra ser sincera achei que aquilo era uma versão sofisticada do arroz de leite que comemos na minha terra, mas como adoro arroz de leite achei risotto muito bom. Anos depois tive o prazer de provar um autêntico risotto italiano, preparado nas regras da arte, e percebi que minha versão caseira não passava de uma pálida (e grudenta) imitação. Mas eu tratei de aprender a fazer risotto de verdade e corrigi o problema.

Continuar lendo “A arte de fazer risotto vegano”

Desculpem o entusiasmo

Crumble cru de pêssegos

Nos últimos dias a feira foi invadida por pêssegos e (ô glória!) esse ano eles estão mais saborosos do que nunca. Tomei então a decisão de me empanturrar de pêssegos até a estação acabar. Pêssego pra mim é uma das coisas mais sublimes que a natureza criou: suculento, refrescante e intensamente perfumado, quase inebriante. Alguns podem dizer que o sabor do pêssego é meio fraquinho se comparado com outras frutas, mas eu respondo que ele é simplesmente delicado. Um bom pêssego, amadurecido no pé, é um poema.

Continuar lendo “Desculpem o entusiasmo”

O pão nosso de cada dia

Pão integral com centeio e sementes

Algum tempo atrás minha amiga Mona perguntou se eu tinha uma receita de pão integral. Mona e eu estudamos juntas na finada escola técnica de Natal e desde então ela mora no meu coração e não paga aluguel. A bichinha não é muito íntima da cozinha (tremendo eufemismo), então quando ela me avisou que estava querendo aprender a cozinhar e se alimentar de maneira mais saudável me alegrei. O pão integral seria um incentivo pra ela continuar nesse caminho. Então respondi “Pois sim, pois sim. Faço um pão maravilhoso, integral e com centeio.” Esse diálogo aconteceu alguns, hum…. meses atrás e colega Mona espera a receita até hoje. Mas eu posso me explicar. Continuar lendo “O pão nosso de cada dia”

Como preparar tomate

Outro dia vi uma chef vegetariana de Nova York dizer “Qualquer um consegue preparar um hamburguer, mas deixem os legumes pros profissionais”. Já escrevi sobre o assunto aqui e como acredito que todos deveriam saber preparar vegetais de maneira a extrair o máximo de sabor de cada um deles, continuo a série de posts “Como preparar…”.

Continuar lendo “Como preparar tomate”

A verdadeira educação e mais burguers veganos

Burguer de trigo e semente de girassol

Mais um ano na Terra Santa! Agradeço às pessoas que mandaram energia positiva pro meu visto sair. Esse tipo de ajuda espontânea, de gente que não te conhece, sempre me deixa maravilhada. No meio de tanta desgraça causada pelos seres humanos, são esses pequenos gestos que me fazem ter esperança.

Alguns anos atrás descobri CouchSurfing e quase caí da cadeira. Eu sempre pensei que seria ótimo ter amigos nos quatro cantos do mundo e nunca mais pagar hotel durante as viagens e alguém tinha pensado exatamente na mesma coisa. Com Couchsurfing você encontra pessoas que queiram te hospedar no mundo inteiro e hospeda pessoas do mundo  inteiro. De certa forma é o resgate da antiga tradição de dar um teto e um prato de comida aos forasteiros que chegavam nos vilarejos. Eu acho esse projeto o máximo e encontrei europeus que viajaram o mundo inteiro sem pagar uma só noite de hotel, usando unicamente Couchsurfing. Mas pra muitas pessoas a idéia de hospedar um estranho, ou ficar hospedada na casa de um estranho, é algo perigoso e totalmente irresponsável. Sinto muito pelas pessoas que encaram o mundo (e as outras pessoas) dessa maneira, sempre esperando o pior, acreditando que ninguém é digno de confiança até que se prove o contrário. Triste.

Continuar lendo “A verdadeira educação e mais burguers veganos”

Jerusalem

Faz quase três anos e meio que sentei nas muralhas de Jerusalem e a vista da cidade antiga terminou de me convencer a tomar a decisão mais inusitada da minha vida: me mudar pra Palestina. Eu ignorei totalmente o frio na barriga que essa decisão provocou em mim e continuei adimirando a paisagem. O medo de me mudar pra um lugar totalmente desconhecido, de não me adaptar, de jogar pro alto uma vida confortável e arrumadinha na cidade luz, de me arrepender… sacudi a cabeça pra afastar os pensamentos negativos e respirei fundo aquele ar carregado de história. Eu ia começar uma vida nova, intensa, palpitante, cheia de surpresas e com um significado maior.

Continuar lendo “Jerusalem”

O que fiz pra merecer isso?

Espaguete com molho de tomate, hortelã e raspas de limão

Há dias que sofro de um mal estranho e inédito pra mim: não tenho vontade de comer quase nada e toda a comida que preparo me deixa enjoada. Como é mais fácil Macabéa (minha vaca) perguntar ao meu pai o que andei fazendo esses anos todos enquanto ela pastava tranquilamente no interior do RN do que eu estar grávida, me pergunto o que está acontecendo comigo. Ficar enjoada com comida é bastante desagradável, mas pra uma cozinheira é uma verdadeira maldição. O que fiz pra merecer isso? Eu ajudei à atraversar a rua todos os velhinhos que cruzaram meu caminho. Não dei o dedo a ninguém, nem mandei ninguém tomar naquele lugar. Outro dia eu até comprei toda a mercadoria do senhorzinho que vende sálvia na calçada de uma loja do centro, só pra ele poder voltar pra casa e descansar (os dez ramos de sálvia apodreceram na minha cozinha antes que eu pudesse usá-los todos). Eu realmente não mereço esse castigo.

Continuar lendo “O que fiz pra merecer isso?”

Makis veganos… e crus

Maki com legumes crus, pasta de gengibre e algas marinhas

Alguns meses atrás falei sobre minha paixão por comida japonesa e publiquei minha receita preferida de makis. Se aquela versão já não era lá muito tradicional, a receita de hoje é ainda menos. Eu  contemplei a idéia de fazer makis crus durante muito tempo antes de me aventurar a prepará-los. Eu gosto tanto dos meus makis que experimentar outra versão, ainda mais ousada assim, me parecia sem sentido. Meus makis já eram perfeitos (pro meu gosto), então porque fazer algo diferente? Ainda bem que minha cabeça dura acabou amolecendo e hoje não entendo porque levei tanto tempo pra experimentar essa delícia.

Continuar lendo “Makis veganos… e crus”

Eu tenho bons motivos

Creme de feijão branco com alho e alecrim

Sei que falar de creme de feijão branco somente três dias depois de ter publicado uma salada de feijão vermelho pode parecer repetitivo (pelo menos eu vario as cores!), e que alguns vão sugerir que eu troque o nome do blog pra “papafeijão”, mas tenho bons motivos pra dividir a receita de hoje com vocês. Primeiro: esse creme consegue a proeza de misturar ingredientes absolutamente banais e transformá-los em algo muitíssimo saboroso. Segundo: no Brasil não usamos muito feijão branco, mas ele é uma delícia e deveria ser consumido com mais frequência. Esqueça essa bobagem fazer dieta com extrato de feijão branco. Aproveite o grão na forma natural que faz mais sentido e é muito mais gostoso. Terceiro: receitas de cremes, pastas e patês veganos nunca são demais. Assim, da próxima vez que perguntarem “Você não come queijo?!” você pode responder “E você come queijo?! No meu pão eu passo isso, isso, mais isso, mais isso…”

Continuar lendo “Eu tenho bons motivos”

Feijão com entrevista

Salada de feijão e milho

Tem essa salada de feijão que fiz semana passada que é tão gostosa que preparei de novo dois dias depois. Mas tem também uma entrevista minha no site Vista-se. As duas coisas me deixaram muito feliz e não sei do que falar primeiro.

Comecemos pela entrevista. Em novembro a super simpática Renata Octaviani do Veg Vida perguntou se eu topava ser entrevistada por ela. Eu topei e a longa lista de perguntas que ela me enviou acabou rendendo um texto quilométrico, o que precisou de muita edição (e seis mãos pra fazer o trabalho). O resultado pode ser conferido aqui. Eu consulto o Vista-se regularmente e sempre fico impressionada com a qualidade do trabalho do pessoal, logo estou mais que honrada de aparecer por lá. Obrigada mais uma vez, Renata, e não esqueça que as portas do meu humilde lar continuam abertas, caso você queira nos visitar.

Continuar lendo “Feijão com entrevista”

E agora, creme sem creme!

Creme de milho

Terminei ontem um trabalho que tomou boa parte do meu tempo nas últimas semanas: a tradução de um livro pro Francês. Nem tive tempo de comemorar o final desse projeto que tanto me ensinou, e aproveitar o aumento do tempo livre, que um novo trabalho apareceu: mais aulas de Francês. Parece que essa língua anda me perseguindo, mas enquanto ela me trouxer uns tostões extras eu não vou reclamar.

Continuar lendo “E agora, creme sem creme!”

Intenso, cremoso, delicioso…e saudável!?

Gelato de chocolate

Aqui no blog eu prefiro publicar receitas simples, que usam ingredientes facilmente encontrados, por isso hesitei bastante antes de dividir a receita de hoje.  Mas esse gelato criado acidentalmente é tão gostoso que seria um crime guardá-lo só pra mim.

Uma noite eu queria uma sobremesa gelada. Decidi pegar meu liquidificador e ir misturando um pouco disso, um pouco daquilo… Coloquei tudo no congelador e esperei a mistura congelar parcialmente. Eu tinha feito uma porção bem pequena e meia hora depois minha sobremesa estava pronta. Provei e pensei: “Tem potencial”. Então fui adaptando a receita, juntando outros ingredientes e, três tentativas depois (tenho que agradecer minhas cobaias pelas dicas), nasceu um gelato de chocolate vegano que deixaria minha nona italiana orgulhosa, caso eu tivesse uma. A textura é perfeita: densa e ultra cremosa, como todo bom gelato. O curioso é que embora tenha uma quantidade significativa de banana, o que predomina é um sabor de chocolate ao leite, que lembra um certo picolé famoso que eu adorava quando criança (ainda existe “chica bon”?).

Continuar lendo “Intenso, cremoso, delicioso…e saudável!?”

As lições de um jantar entre amigos

Quiche de cogumelo, limão e sálvia

Semana passada tivemos o imenso prazer de receber a visita de um dos nossos maiores amigos (aquele que não sabia preparar quinoa). Eu conheci Fred aqui em Belém, onde ele morou, e trabalhou como professor de Francês, durante dois anos. Faz um ano e meio que ele voltou pra França mas ele nos visitou três vezes nesse ínterim. Na véspera da sua partida organizei um pequeno jantar de despedida aqui em casa e convidei os amigos em comum. Graças ao meu “restaurante ocasional”, que abre as portas durante o verão, ganhei uma certa prática em preparar comida pra muita gente. O que ainda não aprendi foi a controlar a ansiedade e a ser menos perfeccionista.

Continuar lendo “As lições de um jantar entre amigos”

Smoothies

Smoothie de banana e morango

Algumas semanas atrás vi os primeiros morangos do ano na feira. Cansada das frutas de inverno (o que aqui significa maçã, pera e nada mais) e feliz em poder enfim começar a degustar as suculentas frutas da primavera/verão, tratei logo de comprar um quilo. O morango custou caro, mas como é uma das minhas frutas preferidas voltei pra casa toda saltitante. Minha alegria desapareceu quando coloquei o primeiro morango na boca: a fruta era quase insípida e ainda não estava madura. Bem feito pra mim, que esqueço de vez em quando que comprar fruta fora de época não vale a pena: não tem gosto, custa caro e não é nem um pouco ecológico (esses morangos, por exemplo, vinham de uma estufa aquecida a custo de muita energia pra fazer as frutinhas crescerem em pleno inverno).

Continuar lendo “Smoothies”