Logo que me mudei pra cá, tive o prazer de trabalhar durante seis meses, e morar durante algumas semanas, com uma americana chamada Janelle. Nós simpatizamos no minuto em que fomos apresentadas e somos amigas até hoje, apesar dos milhares de quilômetros que nos separam (ela mora em Seattle, EUA). O pai de Janelle é médico e ela estudou saúde pública, então seu conhecimento em matéria de nutrição é admirável. Passamos muitas horas explorando a feira de Jerusalém e a lojinha de produtos orgânicos que fica do lado. Graças à Janelle descobri que cevada não serve só pra fazer bebida, que aveia em flocos grossos é mais gostosa, e segundo ela mais nutritiva, que aveia em flocos finos e que é importante comer um punhado de oleaginosas todos os dias (conselho do seu pai). Ela é vegetariana mas vivia dizendo que se eu cozinhasse pra ela todos os dias ela se tornaria vegana sem hesitar. Um dia, pra agradecer todos os pratos que eu preparei durante as semanas que ela ficou hospedada na minha casa, ela me convidou pra lanchar na casa dela. Nesse dia ela preparou, entre outras coisas, alfarroba quente, um tipo de “chocolate” quente feito com leite de soja e alfarroba em pó no lugar do cacau. Eu não conhecia alfarroba e no início achei a bebida estranha, mas depois de alguns goles comecei a apreciar aquele sabor tão particular.
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