Eu também não sei viver sem queijo

Queijo de castanha fermentado

Não é mistério que a pergunta que nós veganos mais escutamos dos onívoros é : “Mas você come o que?” Porém alguém sabe o que os veganos mais escutam dos vegetarianos? “Eu não conseguiria nunca viver sem queijo”. Essa frase também entra no top 5 das frases que mais escutamos dos onívoros, logo depois de “A gente precisa de carne pra viver”, “Você vai ficar doente” e “Isso é coisa de malucos irresponsáveis e você deve ter o juízo frouxo” (ok, a última geralmente é dita com os olhos enquanto a pessoa te examina da cabeça aos pés, balançando a cabeça da esquerda pra direita e dando longos suspiros de exasperação).

Verdade seja dita: abandonar o danado do queijo é o maior desafio que uma pessoa enfrenta quando decide virar vegana. É o que faz os onívoros nos acharem loucos e o que impede alguns vegetarianos bem intencionados a dar o último passo na direção de uma alimentação totalmente vegetal. Eu sempre fui louca por queijo. Durante meus anos de universitária em Paris comi tanto queijo (a França é a terra do queijo, como resistir?) que mesmo tendo um regime vegetariano na maior parte do tempo, e pesando meros 42kg, meu colesterol acabou subindo vertiginosamente. É, companheiro/a, queijo é delicioso, absolutamente viciante mas também é a MAIOR fonte de gordura saturada das nossas dietas, junto com os outros laticínios.

Mas eu consegui me livrar desse karma e meu colesterol voltou ao nível normal. Se eu ainda sinto falta de queijo? Eu não vou mentir e dizer que nunca, nunca sinto vontade de comer queijo, mas a verdade vai surpreender aqueles que acham que não conseguem viver sem ele: assim como qualquer outro vício, quanto mais tempo se passa longe dele, menos se sente falta. Hoje tenho uma razão a mais pra me manter longe de laticínios. Só depois que parei de consumí-los descobri que sou intolerante à lactose. Isso não é surpresa, alguns médicos estimam que 2/3 da população mundial tem dificuldades pra digerir a lactose. Embora no meu caso essa intolerância seja leve, foi só eu ter me tornado vegana pra minha sinusite se evaporar, as amidalites/faringites que me visitavam pelo menos uma vez por mês sumirem e a acne que tinha me tirado o sossego nos últimos anos melhorar bastante (doenças no nariz/garganta/ouvidos e infecções da pele são alguns dos sintomas mais comuns da intolerância à lactose).

Por mais que eu acredite que uma vida sem queijo seja mais saudável (principalmente se você consume grandes quantidades, como eu fazia antigamente), sei, ô como sei!, que resistir ao danado é difícil. Então resolvi publicar aqui um dos meus segredos culinários: queijo de castanha fermentado. Comecei a fermentar “queijos” de castanha há pouco mais de um ano e hoje me pergunto como consegui viver tanto tempo sem eles. Sinto (muitíssimo) comunicar que o gosto NÃO é idêntico ao dos queijos fabricados com leite de mamíferos. Alguns acham bem parecido, outros nem tanto, outros de maneira alguma. Mas isso diminue o mérito da receita? Absolutamente não! O sabor é delicioso e satisfaz perfeitamente minha vontade de queijo. Embora ele pertença à uma categoria à parte, eu prefiro meu queijo de castanha a muitos queijos que comi na vida. E esse queijo vegetal vai agradar mesmo aqueles que nunca tiverem intenção nenhuma de abandonar seu queijo feito com leite de animais. Já servi esse queijo pra dezenas de onívoros/vegetarianos e todos aprovaram com entusiasmo.

Os veganos vão adorar ter um substituto vegetal pro (amado, idolatrado) queijo que eles deixaram pra trás. Os outros vão dizer que isso não é queijo nem aqui nem na China, mas vão comer tudinho e achar uma delícia. E no final todo mundo (incluindo a Mimosa e a sua saúde) vai sair ganhando.

Queijo de castanha fermentado

Um liquidificador (ou multiprocessador) potente e um pouco de paciência são essenciais pra essa receita dar certo, mas seus esforços serão recompensados. Esse queijo é bem cremoso e tem a consistência de “cream cheese”, embora o sabor seja bem mais encorpado. Gosto de usar uma mistura de castanha de caju e do Pará pro sabor ficar mais complexo, mas você pode usar somente castanha de caju se quiser. Nesse caso o resultado será um queijo mais suave. O missô é a chave dessa receita: é ele que vai trazer as bactérias bacanas responsáveis pela fermentação do queijo vegetal.

2x de castanha de caju (não-torradas e sem sal)

20 unidades de castanha do Pará

2cc de missô (qualquer tipo)

3cc de suco de limão

1cc (rasa) de levedo de cerveja

sal marinho a gosto

Deixe as castanhas de molho por no mínimo 6 horas. Escorra e reserve a água. No liquidificador, triture as castanhas com o missô. Acrescente colheradas de água, só o suficiente pra fazer as lâminas continuarem girando (cuidado  pra não colocar água demais e transformar o creme em leite!). Você vai precisar desligar o liquidificador e mexer a pasta com uma espátula várias vezes durante o processo. Quando a mistura tiver se transformado em um creme espesso (sem pedacinhos de castanha) transfira tudo pra um recipiente de vidro, cubra com um pano limpo e deixe fermentar durante 24 horas. O queijo vai expandir ligeiramente, por isso é importante usar um recipiente que acomode a mistura com sobra (o ideal é que pelo menos 1/3 do recipiente fique vazio, deixando espaço pro queijo expandir durante a fermentação). Depois do periodo de fermentação, acrescente os outros ingredientes ao queijo e misture bem. Prove e corrija o sal. Junte um pouco mais de suco de limão se quiser um queijo mais ácido (eu uso 4cc de suco). Às vezes também junto uma pitada de pimenta do reino pra intensificar o sabor. Guarde bem tampado na geladeira. O queijo se conserva uma semana na geladeira. Rende um pouco mais de 2x.

98 comentários em “Eu também não sei viver sem queijo

  1. Aí, vc põe num potinho de vidro, a gente faz uma etiqueta bacana e vende pra quem achou uma ‘beleza’ mas que não tem o talento/disposição para preparar 🙂

    42 kgs foi pra matar, rsrs…. Eu tenho quase duas Xambra em mim.

  2. Gostei muito do blog e só aumentou minha vontade de tomar vergonha e pelo menos me transformar em uma ovo-lacto vegetariana. rs Mas eu fiquei em dúvida quanto as unidades de medida que tu usa. Por exemplo 3 cc de suco de limão seriam 3 colheres de chá? O que seria 2x de castanha de caju? Desde já agradeço. E continue com o blog. =D

    1. Emanuella, ‘cc’ significa colher de cha e ‘x’ xicara. Espero que o blog te inspire a adotar uma dieta mais vegetal. Estarei torcendo por voce e se precisar de ajuda, pode contar comigo.

    1. Misso e fermento, mesmo natural, nao tem as mesmas propriedades. O segundo é usado unicamente pra fazer crescer bolos/massas que serao assados. Misso tem micro-organismos vivos (bacterias do bem) que fermentam o queijo de castanha. Gostaria de sugerir um substituto mais facil de encontrar na sua cidade, mas infelizmente nao conheço outro produto que fermente o queijo. Se algum dia descobrir, te aviso.

      1. Olá,Sandra!

        Deixo aqui uma sugestão e indicação p/ vocês!

        Há cápsulas de probióticos vegans à venda em bons pontos de comércio!
        Eles se prestam muito bem p/ estes casos!

        Aqui aliás,nós só utilizamos deles p/ esta finalidade e você pode ficar reclicando o queijo indefinidamente,como realizado c/ massas de pão de fermentação natural!

        Se quiserem,podemos trazer e enviar sob encomenda p/ qualquer lugar também!

  3. Achei interessante seu blog… estou optando por alimentos mais saudavel, e seu blog vai me ajudar e muito…meus parabéns. Quando precisar de ajudar, agora sei onde encontrar.. srsrs

    1. Como so uso um pouquinho de levedo nessa receita, você pode usar o comum (não-maltado) encontrado facilmente no Brasil. No link que você mandou so tem leveduras pra fazer cerveja e vinho, produtos completamente diferentes do levedo que uso nas minhas receitas (que é um complemento nutricional).

  4. Preciso de um liquidificador mais potente! Bati no liquidificador, no processador, no liquidificador de novo, mas ainda não ficaram pedacinhos… Será que um mixer pode funcionar ou é ainda pior? Fiquei triste…
    Ps.: Achei o levedo do mercado! E o missô! Fiquei tão feliz! Só falta ter desse maltado, que parece ser muito bom!

  5. Eu pensei em mixer porque quando eu era criança e estava na casa dos meus avós no sul passava muita propaganda de um mixer da polishop que fazia manteiga de amendoim só triturando o amendoim, direto na lata. Sei que o mixer em geral tem função de misturar coisas menos pesadas, fazer cremes, etc. Mas como lembro desse com triturador, pensei que, se fazia pasta de amendoim, faria pasta de castanha!
    Aqui tem alguns pra vc ver: http://www.submarino.com.br/portal/buscaA?q=mixer&dep=+&x=0&y=0&WT.mc_id=busca_padrao&WT.mc_ev=click

    O “queijo” não ficou como deveria por conta dos pedacinhos, mas ainda ficou bem gostoso e vou usar nessa semana nos meus lanchinhos!

    1. Menina, se você achar uma maquina potente o suficiente pra transformar amendoim em manteiga de amendoim, pode ter certeza que vai funcionar com a castanha também. Eu faço manteiga de castanha-amendoim-amêndoas em um liquidificador bem baratinho que comprei aqui, mas que veio com um mini-processador, além do copo normal. O mini-copo, por ser pequeno e ter as lâminas em “s” faz um trabalho incrivel! Vi o link que você mandou. Foi isso que imaginei, mesmo, quando você disse “mixer”, mas meu sogro tem um desses e é impossivel triturar castanhas nele.

  6. Olá Sandra, gostaria de saber se durante o período de fermentação, devo manter em temperatura ambiente ou em geladeira?
    Obrigada pela atenção.

  7. Como disse em outro comentário, amei o seu blog. Uma das grandes dificuldades que encontro para passar a ser totalmente vegano é justamente o queijo. Como moro em Aracaju, castanha de caju aqui é barata e facilima de encontrar. O problema vai ser o missô, mas com certeza já tá na lista para testar.

  8. Olá! Muito bom o seu site, está de parabéns! Estou entre os vegetarianos que têm dificuldade em largar o queijo… Só uma informação – acho que pode ser interessante: os sintomas que vc relata ter em relação a leite e derivados (acne, sinusite, faringite…) são todos sintomas de alergia ao leite, e não intolerância à lactose. A intolerância se manifesta através de problemas digestivos, principalmente relacionados a diarreia e má digestão. A intolerância é à lactose (carboidrato encontrado no leite), já a alergia é à proteína do leite. Eu tive comprovação clara disso tomando um suplemento protéico: Whey protein. Se trata da proteína isolada do soro do leite, praticamente livre de lactose e lotado de proteínas. Minhas espinhas eclodiram no rosto e couro cabeludo como nunca, e só melhoraram quando cortei o Whey e outros derivados do leite… Um link interessante: http://www.semlactose.com/index.php/2008/02/18/alergia-ao-leite-de-vaca-x-intolerancia-a-lactose/
    Abraços!

    1. Obrigada pelas explicações, Marcos. Eu ainda confundo intolerância à lactose e alergia à proteína do leite. Seu comentário e o link foram muito úteis. Aliás o artigo do link foi escrito por Juliana Crucinsky, que é uma leitora do blog que virou amiga. Mundo pequeno…

  9. Olá sandra!
    Fiz o queijo e achei um delícia.
    Em um primeiro momento não consegi identificar muito bem o gosto, minhas papilas gustativas( como você costuma dizer) ainda estavam se acostumando com o novo sabor.
    Mas essa adptação só durou o tempo de engolir o primeiro pedaço de pão porque depois da segunda mordida me apaixonei por esta pasta de queijo vegetal.
    Ótima opção para substituir a industrializada margarina.
    Já testei também um tofupiry feito com óleo, tofum limão e polvilho azedo , mas nem se compara com o seu maravilhosos queijo de ecastanha.
    P.S: só nã pde exagerar né? É que de tão bom que é dá vontade de comer um monte mas as castanhas são bem calóricas então é bom lembrar disso na hora de lambuzar o pão rs.

    Parabéns pela receita!

    1. Fico feliz por suas papilas terem gostado do meu queijo de castanha, Susana. Sim, é calórico, mas não mais do que manteiga/queijo de leite animal. Nos dois casos é melhor consumir com moderação. Eu confesso que como meu queijinho quase diariamente (minhas manhãs não são as mesmas sem ele), mas uso só um pouquinho, talvez o equivalente a uma colher de sobremesa rasa. Como não tem muita gordura no resto da minha dieta,além de ter zero colesterol (como toda dieta vegana), não me preocupo. O problema é se além do queijo de castanha você estiver consumindo produtos ricos em gordura e colesterol. Eu também fiz um tofupiry como você descreveu acima e não gostei muito. Concordo com você: queijo de castanha é muuuuuuito melhor!

  10. è verdade. O que gostei também é que é um alimento natural, sem aromatizantes, conservantes, etc.
    Ainda não sou vegana mas pretendo me tornar, minha transiçõa para o vegetarianismo foi recente, tem dois anos que não como carne vermelha nem frango ,mas talvez por ter nascido em uma cidade de praia tive muita dificuldade para abandonar o peixe e frutos do mar.
    Só neste ano que me propus a tentar fazê-lo. Ainda é um pouco sofrido ,mas tento pensar nos animais e estou conseguindo trabalhar esta dependência psicológica.
    Quanto aos ovos e laticínios tenho diminuido bastante o consumo e tentando adotar uma técnica que voc~e ensinou em um artigo aqui no blog: ao invés de retirar coisas acresentar e está funcionando ,pois com isso já parei de consumir leite de forma direta( infelizmente ainda consumo produtos que levam leite na fórmula) e também consegui me “libertar” do iogurte ,e com esta pasta maravilhosa de queijo de castanha também estou conseguindo me “libertar” do requeijão que era minha perdição.
    Sabe Sandra, uma coisa que penso muiot é que quando viramos vegetarianos se apenas tiramos a carne realmente fica uma sensação de perda muito grande porque não deixamos apenas de comer a carne mas um a série de pratos( que mesmo que não sejam propriamente saudáveis) fazem parte da nossa memória afetiva.
    Por outro lado conhecemos uma infindade de possibilidades ,mas esse luto incila é invevitável afinal foram anos de dependência de carne.
    Quando se deixa de comer frango se deixa de comer apenas frango, se abre mão de apenas um sabor, mas quando se deixa de comer peixe , deixa-se também de comer uma série de sabores representados pelo peixe.
    Por exemplo quando deixei de peixe não deixei apenas de comer peixe mas também de comer atum, bacalhau, salmão, merluza, enfim, de uma tacada só você elimina uma série de sabores com os quais já estava acostumada e pior que gostava.
    Talvez por isso tenha tido mais dificuldade com o tal do peixe do que com o frango e a carne , mesmo entendendo o sofrimento dos bichinhos ficava tentando buscar justificattivas para ficar pelo menos no peixe, mas chega um momento em que não podemos mais usar subtefúrgios e enganar nossa consciência.
    Então, depois de ler um artigo chamado “peixe não dá em árvore” dei um ultimato a mim mesma: este seria o último ano que comeria peixe e por enquanto estou conseguindo passar bem pela “crise de abstinência”.
    Citei essa história toda do peixe porque acho que utilizamos um mecanismo parecido quando s etrata do veganismo.
    Tentamos lá no fundo encontrar justificativas para manter o consumo de alimento de origem animal porque ainda não stamos muito dispostos a abiri mão deste prazer então tentamos minimizar o sofrimento dos animais da indústria leiteira e de ovos.
    O veganismo é minha próxima meta mas reconheço que hoje ainda não consigo abrir mão do queijo principalmente, mas este dia irá chegará e com o auxílio das suas receitas sensacionais, certamente será muito mais fácil.
    Já incorporei ao meu dia a dia 5 receitas do site. O grão de bico catalão e amassado são presenças constantes na minha mesa.
    Conhecer o seu blog fez uma grande diferença na minha vida porque trouxe criatividade e alegria para o meu cardápio monótono e pouco diversificado.
    Desculpe ter escrito um livro mas achei que era importante dividir esta experiência e principalmente agradecer a você pelo tempo dedicado a facilitar a vida dos seus irmãos de caminhada.
    Suas receitas além de incrivelmente saborosas e nutritivas são práticas, funcionais possíveis de serem feitas até para q uem dispõe d epouco tempo.
    Conheço vários sites de receitas vegetarianas mas o seu é disparado o melhor.
    P.S: meu teclado não está muito bom, desculpe os eventuais erros d português

    Abraços
    Susana

    1. Susana, não se desculpe pelo comentário-livro, pois eu adorei:-) Só posso te desejar muita sorte nessa caminhada e espero que minhas receitas continuem te ajudando. E saiba que com o passar do tempo nosso corpo acaba esquecendo esses sabores que a gente tanto amava quando éramos onívoros e ser veg fica muito mais fácil. O mais difícil é o começo.

  11. Olá sandra!
    Queria saber se você já estou alguma receita de queijo vegetal em pedaço.
    Olhei algumas na internet mas parece que nenhuma é perfeita.
    Como você tem uma senisbilidade culinária muito maior do que vou deixar os links, quem sabe um dia você se anima e tentar dar uma melhorada na receita? rs
    Acho que a base deve algo entre as duas receitas ,mas sinto que ainda falta alguma coisa ou quem sabe uma melhor combinação dos ingredientes?
    Como você tem uma ótima intuição gastronômica algo me diz que você conseguirá achar a receita perfeita.
    Deixo os links:
    http://rodrigoec.blogspot.com.br/2009/10/mussarela-vegana.html
    http://www.vegvida.com.br/modules/recette/article.php?storyid=39
    Abraços
    Susana

  12. Olá Sandra! Finalmente fiz essa receita, eu estava paquerando ela há tempos e sempre esquecia/não dava tempo… Achei delicioso, não conseguia parar de comer! E achei que lembra queijo sim (ou será que já esqueci do gosto? rs…).

    1. O missô é responsável pela fermentação do queijo de castanha. Existem versões sem soja, à base de grão de bico, cevada ou uma mistura dos dois. Caso você não encontre missõ sem soja, sugiro que experimente a receita sem esse ingrediente. Não vai fermentar e o sabor ficará menos complexo, mas acho que ainda assim ficará gostoso. Se testar sem o missô conte como ficou.

    1. Não aconselho usar leite de gergelim nessa receita, Tato. Primeiro porque a consistência líquida de um leite não é adequada pra fazer queijo vegetal. Segundo porque o sabor do gergelim é muito mais forte do que o das castanhas. O resultado seria algo semi-líquido (não um creme espesso) e de sabor não muito agradável.

  13. Sandra, meu marido é alérgico à proteína da soja, por isso não come tofu. Estou procurando um queijo vegano alternativo pra ele… Essa receita é possível sem missô?
    Você tem alguma outra sugestão pra mim?

    Obrigada.

    🙂

    1. Érika, nesse caso eu procuraria um missô à base de cevada. Nem todo missô é feito com soja, mas é bom se informar direitinho porque já encontrei missô feito com uma mistura de soja e cevada. Não é possível fazer a receita sem missô pois é dele que vem as bactérias que vão fermentar o queijo. Sei que algumas pessoas usam cápsulas de probióticos (abra a cápsula antes e use só o pozinho), mas imagino que não seja fácil encontrar esse produto. Sinto não poder ajudar mais.

  14. Sandra o café da manha com aveia adoermecida e chia já se tornou uns dos meus favoritos, cada dia mais descubro novidades inteligentes e surpreendentes aqui no blog, nao saio mais! Agora vou provar o queijo vegan, espero que de certo, pra que eu nao precise mais ir até a lojinha de organicos da esquina e nao mais cair na tentacao de comprar o queijo nao-pausterizado de lá! Vc já ouviu falar de Kombucha(fungo usado para fermentar chás na ásia)? Nao sei se dá pra fermentar alimentos com kombucha, faco em casa bebidas fermentadas com ele, fica super refrescante qdo fermentado com frutas, quem sabe pode ser uma opcao para fermentar outros alimentos? Um abraco Julie (f.juli@hotmail.com)

  15. Olá, descobri seu blog esta semana e estou encantada. Não sou vegetariana (ainda), mas sempre procuro diversificar o cardápio para não deixar a carne ser protagonista. Enfim, descobri o queijo de castanhas, e queria te perguntar se o levedo tem alguma função de sabor ou na própria fermentação ou é opcional?Notei que ele está presente em muitas receitas suas. Será pela vitamina b com ele contêm?
    PS: Adoro os textos que acompanham as receitas
    Desde já abrigada
    LENA

    1. Lena, uso o levedo de cerveja maltado (nunca o comum) pra realçar o sabor. Ele tem um gostinho que lembra (de longe) o sabor de queijos fortes, como o parmesão. Claro que esse sabor você só consegue com o levedo maltado, pois o comum só tem gosto de cerveja. O fato dele ser um boa fonte de vitaminas do complexo B é um ‘plus’:) Então nessa receita ele entra pra intensificar o sabor do queijo, mas não é de maneira alguma importante no processo de fermentação.

  16. Olá! Adorei o blog, parabéns!
    Estou aqui fazendo o queijo, mas como sei se ele fermentou? Essa semana está fazendo muito frio na minha cidade, só fui me dar conta de guardá-lo no forno (desligado) para tentar isolar um pouco muitas horas depois. Deixo ele fermentar mais tempo?

  17. Gostando mto do site e das receitas. É um mundo fascinante. Como carne e não pretendo deixar de comer, mas respeito, e muito, quem pensa diferente e come diferente. Incrível é notar que as pessoas simplesmente não aceitam que uma pessoa possa levar de boa uma vida sem produtos de origem animal. É como se fosse o maior esforço do mundo e, pelo que vejo aqui e pelo que já comi, não é. Parabéns!

  18. só não entendi uma coisa, pr fazer o fondue, usa essa sua receita de queijo ou a da autora do livro, porque a diferença é que a receita dela leva esse tal de rejuvelac.
    o seu queijo fermentado de castanhas tb pode fazer o fondue, sem esse tal de rejuvelac?

  19. Precisa ser sal marinho? Estou procurando por esse levedo de cerveja maltado, o dificuldade de achar! A receita só dura uma semana na geladeira? Se for isso vou ter que fazer só metade, pois sou a unica vegetariana da família e em busca do veganismo!

    1. Até onde sei, levedo de cerveja maltado não é vendido no Brasil, então pode parar de procurar Tauany. Mas, como explico, dá pra fazer sem ele. O sal não precisa ser marinho, mas é melhor que seja. Descobri que o queijo dura mais de uma semana na geladeira (na verdade várias semanas!), mas o sabor vai ficando mais forte com o tempo. Pra mim isso é uma vantagem extra, mas prefiro avisar.

  20. Olá Sandra, tudo bem? No caso de não usar a castanha do Pará, qual a quantidade de castanha de caju para substituir a castanha do Pará? Obrigada!

  21. Olá, Sandra. Sou paraibano, mas moro em Natal. Sou muito fã das suas receitas, posso dizer que elas mudaram (diria até revolucionaram) minha vida de repente, como vegetariano. Então… acabei de fazer o queijo, passo a passo. e já está na geladeira, fermentadinho. O resultado foi surpreendente, pois realmente todo mundo aqui em casa, até os onívoros aprovaram. Agora só me restam algumas dúvidas… antes de colocar o ingrediente final, o levedo, senti o meu queijo um pouco azedo, só um pouquinho mesmo, nada que estragasse o queijo. Antes de adicionar a levedura, o azedo era mais neutro, porém depois que adicionei o levedo de cerveja o sabor melhorou muito, e o azedo se transformou em algo que lembra vagamente um queijo amarelo bem maduro, ou até mesmo um patê bem suave de gorgonzola (calma, meu queijo nao ficou verde!), o que pode até ser um ponto positivo quando eu encontrar um jeito de equilibrar esse ‘azedo’. Mas ainda assim eu gostaria de saber se isso é normal. O que pode ter acontecido? Fiz o procedimento com muita higiene, deixei 24hs fermentando em temperatura ambiente e ao final da fermentação temperei direitinho, com 2cc de limão (senti que até aí tava ok a acidez). Enfim, fiz passo a passo como você receitou. O que poderia ter levado ao sabor azedo, mesmo que suave? Pode ter sido missô demais? Qual a probabilidade de um queijo de castanha estragar quando está fermentando e o que contribui para isso? Esta Ainda é a minha primeira receita de queijo e acho que se você pudesse esclarecer essas minhas dúvidas eu ficaria extremamente grato!

  22. (Ah, desculpa, esqueci!) só mais um detalhe quanto ao meu comentário anterior: Segui muito bem os passos da sua receita, porém mudei um pouco adicionando mais castanhas do pará do que de cajú para dar um sabor mais encorpado. Ainda adicionei 1 colher de sopa de gergelim normal, “cru”. Lembrei que aqui no nordeste comemos castanhas de cajú levemente caramelizadas com gergelim e achei que combinaria se encontrado um equilibrio pro gergelim não aparecer muito. Você já experimentou mudar a receita e notou se houve algum problema? Gratidão!

    1. Diego, não ficou claro pra mim em que momento você sentiu seu queijo azedo. Vamos ver se eu entendi direito. Depois de fermentado estava ok, depois do limão continuava ok e depois do levedo ficou azedo, é isso? Então a culpa é do levedo de cerveja. Eu só uso levedo maltado, que tem um sabor totalmente diferente do levedo comum que encontramos em Natal, então acredito que se você usou levedo comum, que realmente é azedinho, foi isso que provocou o sabor ácido do seu queijo. Mas já que você disse que ainda assim ficou gostoso, então continue usando 🙂

      1. Sandra, perdão novamente pela complicação na comunicação, pois eu estava eufórico com essa receita e com outras aqui no blog, no momento. É o seguinte, o azedo era mais notável imediatamente após a fermentação – antes de adicionar os ingredientes finais. Depois ele até se tornou um ponto positivo no sabor e acredito que o levedo na verdade melhorou muito o sabor, combinando muito bem com a pimenta (adoro o sabor do levedura de cerveja, há muito tempo já utilizo em vitaminas), mas admito que no primeiro momento que exprimentei me causou um pouco de estranheza, o que me deixou em dúvida se era normal ou se tinha começado a estragar, porque achei o sabor bem forte, até mais do que esperava de um queijo de castanhas. Daqui a uns 4 dias farei outro e vou prestar mais atenção nesses detalhes. Grato pela sua atenção!

        1. Imagina, Diego, não precisa se desculpar:) O queijo fermentado realmente tem um leve sabor ácido, como tudo que é fermentado naturalmente. Quando faço o queijo somente com castanhas de caju acho que essa acidez é quase imperceptível, mas as castanhas do Pará produzem um queijo levemente mais ácido. Se você diz que fez tudo direitinho e que todos os utensílios estavam limpos, então vou arriscar dizer que tava tudo certo com o seu queijo e que a fermentação é a única culpada do sabor ácido. Sei que o calor em Natal é grande nessa época do ano, então sugiro que da próxima vez deixe seu queijo fermentando no lugar mais fresquinho da casa. Mas, como disse, a acidez é natural e se o sabor agradou, então tá tudo certo 🙂

  23. Faz muito sentido tudo que você disse agora. Aqui em Natal está muito quente mesmo e também, como disse antes, mudei um pouco a receita adicionando mais castanhas do pará e ainda um pouco de gergelim (com um certo receio por ser a primeira vez, e já ir me aventurando) – mas como você parece ser uma connoisseur na cozinha e no queijo vegan, e já teve até mais oportunidades de repetir e variar a receita, preferi chegar aqui para tirar essa dúvida. A ideia nunca foi tentar fazer algo parecido com queijo. Não me interessam coisas que “parecem” seja lá de que forma, com produtos de origem animal. Não consumo pts, pelo menos não voluntariamente. Pretendo diminuir o consumo de produtos com leite e industrializados somente, e trazer mais (muita) alquimia para a cozinha. Fico muito grato pela sua atenção! adoro cozinhar e estou de olho aqui no seu blog. (ah, quase esqueci! fiz um comentário anterior como resposta, e deu um probleminha na postagem, ficou sem meu nome e com uma coluna enorme, pode descarta-lo).

  24. Muitíssimo grata pelas dicas…fiz e adorei ! me chamou a atenção que meu queijo ficou acinzentado e na sua foto ele está branquinho…pq será? outra coisa: como só tinha uma xícara e meia de castanhas, acrescentei nozes. Gratidão ! Bujs

  25. Fiz a receita agora e adorei!!!! Bom demais! Fiz metade apenas com medo se daria certo, se o gosto seria bom, mas já sei que vou fazer muitas vezes. Obrigada pelas inspirações!

  26. PARABÉNS PELA POSTAGEM!

    FANTÁSTICA.

    UMA PERGUNTA: EXISTE QUEIJO VEGANO QUE DERRETA? ESTOU PERGUNTANDO PORQUE PRETENDO ABANDONAR O QUEIJO, JÁ QUE ABANDONEI O LEITE PROPRIAMENTE DITO. GOSTARIA DE ONSUMIR UM OUTRO TIPO DE LEITE E UM OUTRO TIPO DE QUEIJO. DESCOBRI AS OLEAGINOSAS. MAS A PERGUNTA É: OS QUEIJOS ADVINDOS DOS VEGETAIS DERRETEM? TEM ALGUM QUE DERRETA? NÃO PRECISA SER COMO MUSSARELA, MAS SE DER PARA SE DESFAZER UM POUCO, FEITO O QUEIJO MI AS COM POUCO TEOR DE GORDURA (QUE NÃO DERRETE MUITO, MAS OMSUFICIENTE), ENTÃO JÁ FICARIA HIPER SATISFEITO.

    AGUARDO RESPOSTA.

    MUITO OBRIGADO!

    ATT.: RAFAEL, UM NOVO SEGUIDOR DE SEU BLOG.

  27. Rafael,

    Sei que existe um queijo`vegetal à base de mandioca que derrete, se chama Mandiokejo. Mas o valor nutricional nem se compara às receitas maravilhosas deste blog!! Parabéns Papa Capim Veg.

  28. Olá, também gostaria de saber se há alguma receita com queijo que derreta, adoro pratos como lasanha, arroz de forno, enfim, uso sempre o mandiokejo que confere a aparência mas não o sabor e quando preparo o mandiokejo sempre acrescento levedo para que o sabor fique mais “azedinho” como o queijo. Se tiver agradeço muuuuito mesmo. bjus e sucesso sempre!

  29. Fiquei muito triste ao preparar a receita do queijo de castanhas à risca e não ficado com um gosto agradável o resultado. Ficou muito ácido o gosto e praticamente não dá para sentir o gosto das castanhas, praticamente apenas sinto o gosto do limão.
    Não coloquei nenhum ingrediente ou quantidade a mais e na minha opinião o gosto ficou ruim.
    Como descobri uma a alergia a proteína do leite há pouco mais de 1 ano e não posso comer queijo de maneira alguma, vi no queijo de castanha a possibilidade de comer algo pelo menos parecido com queijo, mas para minha decepção o sabor não ficou agradável.
    O único missô que encontrei foi o escuro, não sei se isso interferiu na coloração final, pois o queijo ficou bem mais escuro do que esse da foto.
    Também não sei dizer se foi o clima da cidade que moro, que assim como Diego Dutra é Natal. Coloquei num lugar arejado assim como foi recomendado ao Diego. Mas mesmo assim deu no que deu.
    É muito frustante isso, quantas expectativas criamos ao fazer uma receita dessas. Sandra de forma alguma tem culpa nisso, mas você poderia fazer especulações do que pode ter havido e se posso utilizar o resultada na receita em algum bolo ou coisa do tipo.
    Parabéns pelo site!

    Grata

    Mayara Costa

    1. Oi, Mayara.
      Sinto muito em saber que a receita não ficou do seu agrado. Muitas coisas podem interferir no sabor final do queijo de castanhas. O tipo de missô, claro, mas também a temperatura, a qualidade das castanhas… E é importante lembrar que cada pessoa tem um paladar diferente e o que é delicioso pra mim pode não agradar as suas papilas.

      Você disse que não alterou as quantidades dos ingredientes e se mesmo com apenas 3 colheres de chá de suco de limão achou que no final o sabor do limão ficou forte demais, você provavelmente tem uma sensibilidade maior à acidez dessa fruta (já servi esse queijo a dezenas de pessoas e vários leitores fizeram a receita em casa e essa é a primeira vez que alguém acha o sabor de limão forte demais). Se quiser tentar a receita novamente eu sugiro que você simplesmente deixe o limão de fora e veja o que acha. A acidez natural formada pela fermentação talvez seja suficiente pro seu paladar. Você também disse que, apesar de ter usado somente as 2 colheres de chá de missô indicadas na receita, o seu queijo ficou bem mais escuro do que o meu, então ou o seu missô é o mais potente do mundo ou você usou colheres de chá muito, muito cheias. Seja menos generosa na hora de encher as colheres da próxima vez ou use só metade, já que o seu missô parece ser extremamente potente. E pra te dar uma ideia do resultado que obtenho aqui na minha cozinha, o queijo pronto não tem gosto nenhum de castanha, mas tem um sabor agradável e ligeiramente ácido, como um queijo fresco à base de leite de mamífero.

      Mas é difícil pra mim tentar adivinhar o que deu errado na sua receita sem ter visto você preparando o queijo. Cada pessoa tem uma maneira única de cozinhar (colheradas e xícaras mais ou menos cheias, por exemplo) e a qualidade dos ingredientes varia enormemente. E, como expliquei acima, no final das contas pode ser simplesmente uma questão de gosto: talvez você não tenha gostado da receita por incompatibilidade de paladar.

      Você pode usar o queijo que já foi preparado como condimento, em pequenas quantidades, pra realçar sopas e deixá-las mais cremosas, por exemplo. Claro que o sabor do limão vai continuar presente, mas ele será suavizado pela presença de outros ingredientes.

  30. Oi Sandra! Eu vim aqui agradecer por mais uma receita incrível, pela indicação do livro de queijos veganos (que eu comprei e estou me aventurando e achando tudo incrível), e pedir encarecidamente sua autoriautorização para divulgar essa receita na minha página no Facebook (/PadoquinhaFlora) com os devidos créditos, obviamente! Posso?
    Gratidão eterna por me mostrar esse mundo novo!

  31. Oi, Sandra!

    Realmente o preparo de receitas variam de acordo com muitos fatores, como esses que você elencou. Ou ainda, talvez seja uma questão de paladar mesmo.

    Depois queria lhe enviar umas fotos dois dos momentos da produção do queijo para você dar uma olhada.

    Agradeço pela possibilidades de alimentação alternativa expostas em seu site.

  32. Oi, Sandra. Fiz o queijo usando castanhas do Pará frescas (junto com as de caju). Não deixei de molho e foram as duas únicas alterações que fiz na receita. O queijo ficou mais claro que o de costume o que achei razoável e o resultado ficou incrível! Muito provavelmente porque tive que adicionar menos água por causa do leite natural das castanhas. Bjs 🙂

  33. adorei, mais não tenho tempo para fazer , tem algum lugar onde posso comprar ,ou vc faz pra vender tbm ? adorei de verdade .
    bejuu

  34. Olá! Sandra! Vida longa para o papacapimveg. Adoro. Já fiz várias receitas. Tive muita dificuldade de encontrar missô em Aracaju para fazer o queijo de castanha fermentado (ficou ótimo depois de pronto). Por fim, encontrei um missô (soja, sal e arroz) macro. Isento de glutamato monossódico e gluten. Ele é do tipo marrom claro. Nas suas receitas você utiliza do tipo escuro.
    Qual é a diferença ?
    Eu posso preparar o caldo e a sopa de missô com esse tipo claro ?

    1. Também espero que o Papacapim tenha uma vida longa, Daisy 🙂
      A diferença entre missô claro e escuro, além dos diferentes ingredientes (uns são feitos com arroz, outros com soja, outros com cevada) é o sabor. Geralmente quanto mais escuro, mais forte o sabor e inversamente. Você pode usar qualquer missô pra fazer esse queijo, pois o mais importante aqui são as bactérias que vão fazer o trabalho de fermentação e elas estão presentes em todos os missôs, independente da cor. Eu até prefiro fazer queijo com missô clarinho (de arroz, amarelo claro), mas ele é mais difícil de encontrar e por isso acabo usando o outro. Já pra sopa acho melhor usar o missô escuro, justamente por conta do sabor mais forte. Mas nada te impede de usar o missô claro. O sabor vai ser mais delicado, mas isso não chega a ser um problema, principalmente se o seu missô for do tipo marrom claro (e não amarelo claro, que realmente é bem suave e ligeiramente doce, não sendo o ideal pra fazer sopas).

  35. Olá!
    Fiz a receita e usei no recheio de uma lasanha junto com tomates secos e abobrinha italiana. Adorei!
    Agora estou planejando rechear raviolli com ele!

    Obrigada por compartilhar essa deliciosa receita!

  36. Sandra, essa levedura está sendo um problema… No caso do queijo, seria uma NUTRITIONAL YEAST, para dar sabor mais próximo do laticínio? Ando buscando uma boa marca para comprar na Europa, atualmente na Espanha. Você pode esclarecer esse ponto e, também, sugerir alguma marca de boa qualidade? Sei que as brasileiras não são boas, mas só ouço elogios para a marca BRAGG (americana).

  37. Ahhh, entre os comentários, vi que vc faz manteiga/pasta de amendoim, gostaria muito de saber a receita, se puder compartilhar, por favor 🙂 por aqui é caro e difícil, e soube que é bem nutritivo…

  38. Sandra, já que a principal função do missô na receita são as bactérias para fermentação; queria saber se posso retirá-lo e adicionar o rejuvelac? Explicando melhor, no caso, eu colocaria o Rejuvelac não só no lugar do Missô, como também nessa água adicionada que permite o bater no liquidificador/processador.
    O motivo dessa “transgressão”, é que não tem o missô na minha cidade, infelizmente! Imagino que será necessários alguns cuidados:
    1. Não adicionar muito rejuvelac para não sair da textura de creme;
    2.Adicionar o rejuvelac só depois de muito tempo do creme batido para as bactérias não morrerem no calor do processo. Ou seja, acrescentar o rejuvelac no final.

    Esse pensamento que construí está indo numa boa direção? Você poderia comentar?

    Vi nos comentários, também, que algumas pessoas recomendam o uso de probióticos em capsulas… posso usar esta via de fazer; mas para mim o Rejuvelac seria mais possível.

    Beijos, aguardo seu comentário respostando!

    1. Pode usar o rejuvelac, sim! No lugar da água, pra não alterar a textura, como você sugeriu. Eu faço queijo de castanha com rejuvelac há anos e dá muito certo.

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